Defensora direitos humanos perseguida por não vender terras para mineradora

maximaAdital – A defensora de direitos humanos Máxima Acuña Chaupe continua sendo perseguida, ameaçada de morte e intimidada por oficiais da Divisão de Operações Especiais da Polícia Nacional do Peru (Dinoes), denuncia a Rede ULAM. A situação perdura desde 2011 porque Máxima se nega a vender suas terras, localizadas em Tragadero Grande, Distrito de Sorochuco, Cajamarca, norte de Peru, para a mineradora Yanacocha, responsável pelo polêmico projeto Conga.

As investidas criminosas contra ela e sua família haviam diminuído, no entanto foram retomadas agora que a mineradora entrará com um novo processo legal acusando-os de usurpação. Este será o segundo processo a que Máxima responderá.

Sua rotina, muitas vezes, é gravada e policias espreitam de longe o que ela e sua família estão fazendo. No último dia 30 de janeiro, Máxima recebeu ameaças de morte pelo telefone. A ligação veio de um número privado e a ordem foi de que ela saísse de sua propriedade, caso contrário iria morrer. Horas depois, quando trabalhava no campo com sua filha, Máxima foi abordada por policiais do Dinoes, que alertaram que ela não deveria cultivar, pois as terras não eram suas.

Nesse mesmo dia, outros policiais retornaram e tentaram fazer um despejo forçado, avisando que todos deveriam sair das terras imediatamente. Contudo, ao constatar que Máxima estava denunciando o caso à rádio local, os policiais foram embora. Poucos dias antes, em 24 de janeiro, a defensora de direitos humanos havia sido ameaçada por uma vizinha, Berta Albareda, conhecida por ser defensora da mina.

Máxima vive isolada e não sai de casa, pois acredita que se deixar sua propriedade, mesmo que por apenas alguns momentos, oficiais do DINOES e trabalhadores da mineradora Yanacocha aproveitarão a oportunidade para destruir sua casa e seus cultivos.

Uma petição está sendo divulgada a fim de denunciar as investidas criminosas contra Máxima e sua família. A intenção é recolher o máximo de adesões possíveis e enviá-la ao Ministério do Interior, Ministério de Minas e Energia e à Defensoria do Povo. A petição pode ser assinada aqui. Os interessados em ajudar também podem compartilhá-la para que mais pessoas assinem.

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