ESPECIAL: De Porto Velho, Ricardo Albuquerque informa sobre a prisão e situação atual dos Tenharim

Foto: internet
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Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

São todos Tenharim os cinco indígenas presos ontem pela Polícia Federal, na reserva cortada pela Transamazônica, e levados para Porto Velho, onde estão em cela separada dos demais prisioneiros. São eles: Gilvan e Gilson, filhos do falecido cacique Ivan; Domiceno, cacique da aldeia Taboca; Valdinar e Simião, da aldeia Marmelos.

O momento da prisão foi acompanhado por Ricardo Alburquerque, advogado dos Tenharim e dos Jiahui, que ressaltou a importância da presença de servidores da Funai de Humaitá e de Ji-Paraná, durante toda a operação e mesmo em Porto Velho, onde eles estão desde o final da noite de ontem, garantindo os direitos dos indígenas.

A Justiça Federal de Manaus também foi extremamente cuidadosa ao expedir a ordem de prisão temporária, explicitando a importância de ser respeitada a cultura indígena e da presença do advogado dos Tenharim e da Funai, antes que qualquer medida fosse tomada. Segundo Ricardo Albuquerque, isso foi garantido inclusive em termos de cuidado para com os demais integrantes da aldeia, principalmente mulheres e crianças:

“Para evitar a entrada e o choque da prisão dentro da aldeia, a Polícia Federal inventou que o carro estava quebrado na estrada, pedindo ao grupo que fosse ao até lá, de forma a evitar um trauma maior. Assim, as prisões puderam ser efetuadas sem violência e, na medida do possível, sem maiores agravos para as demais pessoas da aldeia”.

Ricardo fez questão de frisar que as acusações contra os cinco Tenharim são testemunhais e, por isso mesmo, muito superficiais.

Teoricamente, eles podem ser mantidos presos por um período de até 30 dias, enquanto todos os testemunhos e materiais colhido são analisados.

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