Marinha afasta militares envolvidos na prisão de quilombolas de Rio dos Macacos, BA

Lideranças do Quilombo Rio dos Macacos foram espancadas e presas pela Marinha em Aratu, Salvador (Margarida Neide | Ag. A TARDE)
Rose Meire e Ednei: lideranças do Quilombo Rio dos Macacos foram espancadas e presas pela Marinha em Aratu, Salvador.  Foto: Margarida Neide – Ag. A Tarde

Nota: ontem, dezenas de entidades, organizações e movimentos repudiaram a agressão e cobraram atitudes imediatas em Manifesto: Prisão de lideranças da Comunidade Quilombola de Rio dos Macacos pela Marinha de Guerra do Brasil foram ilegais, violentas e arbitrárias. TP.

A Tarde

A Marinha decidiu afastar os militares envolvidos no episódio da prisão de dois moradores da comunidade quilombola Rio dos Macacos na última segunda-feira, 6. O comando do 2º Distrito Naval informou, por meio de nota, que o afastamento acontece como medida preventiva.

Para apurar as circunstâncias a Marinha instaurou um Inquérito Policial Militar e afirmou que as demandas do Ministério Público Federal (MPF) também serão atendidas.

Confira na íntegra a nota da Marinha

A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 2º Distrito Naval, esclarece que, em decorrência do episódio envolvendo a detenção de dois moradores da chamada “comunidade Rio dos Macacos”, no último dia 6 de janeiro, instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar os fatos, as circunstâncias e as responsabilidades pelo ocorrido.

O procedimento investigativo contará com a assistência do Ministério Público Militar e será conduzido com transparência e imparcialidade.

Como medida preventiva, os militares envolvidos no episódio foram afastados dos postos de serviço na Vila Naval da Barragem.

Registra-se que as demandas do Ministério Público Federal sobre o tema serão atendidas tempestivamente.

Cabe ressaltar que a MB é uma Instituição secular, com longa tradição no cumprimento de tarefas em apoio às necessidades da população, estando permanentemente comprometida com o Estado Democrático de Direito e com o respeito à dignidade humana, repudiando, portanto, quaisquer atos de violência.

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