Folha de S.Paulo – Em cinco anos, milícias que exploram serviços clandestinos de segurança, vans, venda de botijões de gás e TV a cabo ampliaram sua área de atuação nas favelas do Rio.
De 2005 a 2010, triplicou o número de pessoas que vivem em áreas sob o domínio desses grupos, aponta pesquisa.
Em 2005, as milícias estavam estabelecidas em favelas que, juntas, tinham 100 mil moradores; em 2010, ocupavam áreas com 300 mil habitantes. A população de favelas do Rio é estimada em 1,2 milhão de pessoas.
As informações são de um estudo do Observatório de Saúde Urbana da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) e do Nupevi (Núcleo de Pesquisa das Violências) da Uerj.
“Em 2009, as milícias já tinham passado o Comando Vermelho [facção criminosa] em territórios ocupados. É o único grupo que tem projeto político de eleger vereadores, deputados, candidatos próprios”, explica a coordenadora do Nupevi, Alba Zaluar.
“O grande conflito que vem aí é a UPP contra a milícia”, afirma o pesquisador Christovam Barcellos, da Fiocruz.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.