MPF/MA promove seminário sobre educação diferenciada para os índios Awá

IMG_1164 (Small)Encontro aconteceu nesta sexta-feira (28), com a participação da Funai, Cimi, Ufma e Seduc, além de representantes indígenas

Procuradoria da República no Maranhão

Nesta sexta-feira (29), o Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) promoveu um seminário sobre educação diferenciada para os povos indígenas Awá de recente contato. O objetivo principal do encontro foi ouvir as demandas da comunidade, para pensar em estratégias que garantam educação para o grupo indígena.

O seminário foi coordenado pelo procurador da República Alexandre Silva Soares, titular do ofício da defesa das populações indígenas. Além do MPF/MA e dos índios Awá e Guajajara, estavam presente no seminário representantes da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Conselho Indigenista Missionário Regional Maranhão (Cimi) e Secretaria de Estado de Educação do Maranhão (Seduc-MA). A Fundação Nacional do Índio (Funai) também participou do encontro, por meio de videoconferência.

Na ocasião, representantes do povo Awá relataram a experiência em educação diferenciada que foi iniciada com eles, pelo Cimi, destacando o interesse em aprender principalmente sobre a língua portuguesa e a cultura das cidades, ao mesmo tempo em que ensinam sobre a língua nativa e a cultura indígena. Dentre as principais demandas apresentadas, estão: continuidade do processo de escolarização, construção de prédio escolar adequado, recursos para manutenção da escola e formação para professores Awá que vão assumir novas turmas.

O procurador da República Alexandre Soares reforçou o interesse dos povos Awá quanto ao acesso à educação diferenciada, destacando a importância da atuação conjunta de órgãos ligados à educação, no atendimento das demandas dos indígenas.

A conselheira regional do Cimi, Rosana de Jesus Diniz, falou sobre o trabalho de educação diferenciada realizado em aldeias Awá do Maranhão, ao longo de 12 anos. Ela destacou que foram mais de 2000 dias de convivência com o povo indígena, que promoveram o intercâmbio de língua e cultura. No entanto, não foi possível dar continuidade ao projeto, por falta de recursos.

Já a Funai, ouviu todas as demandas apresentadas no seminário e expôs os tipos de projeto que desenvolve na educação indígena, para saber qual deles é de interesse dos povos Awá.

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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Madalena Borges Awá-Guajá.

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