MPF de RR recomenda reforma de escola em comunidade indígena

Escola Indígena José Alamano fica na Comunidade Indígena Maturuca. Desde 1996 nunca foi reformada e apresenta precariedades na estrutura.

Do G1 RR

O Ministério Público Federal em Roraima recomendou que a Secretaria Estadual de Educação implemente medidas administrativas e operacionais para reforma da escola Indígena José Alamano, localizada na Comunidade Indígena Maturuca. A Secretaria terá 40 dias para informar ao MPF/RR acerca do cumprimento da recomendação e apresentar cronograma de execução da obra.

O MPF/RR abriu inquérito civil público para apurar as precárias condições na escola José Alamano relatadas pela Comunidade Indígena Maturuca. Conforme foi apurado, a escola desde de sua inauguração, no ano de 1996, nunca foi reformada e atualmente apresenta precariedades em sua estrutura física, de modo que, torna-se inviável o seu uso para lecionar aulas.

Ainda conforme o Ministério Público, a Secretaria de Infraestrutura do Estado de Roraima (SEINF) realizou vistoria no prédio da escola, elaborou todos os procedimentos de engenharia relacionados à reforma e os encaminhou à Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Desportos – SECD para que fosse aberto processo licitatório. Porém, a Secretaria informou por meio de ofício que não existe procedimento para atender a escola Indígena José Alamano.

De acordo com o procurador da República Gustavo Kenner Alcântara, a recomendação deverá ser atendida imediatamente devido a urgência do tema, que reflete diretamente na qualidade do ensino prestado à comunidade indígena Maturuca. “A reforma da Escola Estadual Indígena José Alamano possibilitará a adequada prestação de serviço educacional para as crianças, jovens e adultos da Comunidade Maturuca” afirmou.

O descumprimento da recomendação poderá resultar em ações judiciais (incluindo ações de improbidade), visando à defesa da ordem jurídica e de interesses sociais e individuais indisponíveis, bem como à reparação de danos causados pelas condutas ilícitas, sem prejuízo da apuração da responsabilidade civil e criminal individual de agentes públicos.

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