RS – Polícia cumpre mandados em residências de ativistas do Bloco de Luta na Capital

1378110_521918751217511_610495269_nAção policial tem a ver com os protestos pelo passe livre no transporte público

Zero Hora – A Polícia Civil cumpriu, nesta terça-feira, mandados de busca e apreensão em residências e locais de reunião de manifestantes suspeitos de praticar atos de vandalismo durante protestos e passeatas entre junho e julho em Porto Alegre.

Conforme o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, uma investigação foi iniciada após os atos de vandalismo que ocorreram durante a manifestação do dia 27 de junho e que culminaram na depredação de vidraças do Palácio do Tribunal de Justiça:

— Existe um grupo de agentes que se infiltram nesses movimentos para cometer crimes. É um dever do Estado e uma obrigação da polícia civil buscar autoria desses fatos — afirmou Michels em coletiva de imprensa.

Durante a tarde de terça-feira, a polícia realizou a busca e apreensão de documentos em sete locais. Um deles foi o apartamento de Matheus Gomes, coordenador-geral do Diretório Central dos Estudante (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), integrante do Bloco de Luta pelo Transporte Público e ligado ao PSTU.

Ele não estava na residência quando os policiais chegaram, por volta das 13h, mas o pai do estudante conseguiu telefonar para o jovem e informar sobre a situação. Gomes foi para casa e, revoltado, afirmou que foram apreendidos um notebook, documentos políticos, livro de teoria marxista e um caderno.

— Isso é uma perseguição clara aos ativistas que estiveram à frente das manifestações, uma tentativa de coagir, de criminalizar o nosso movimento — reclamou o estudante de História.

Agentes também estiveram no apartamento do estudante de Ciências Sociais Lucas Maróstica, filiado ao PSOL e integrante Coletivo Juntos. Maróstica disse que não estava em casa e não soube revelar o que foi apreendido. Ele disse que vai se pronunciar sobre o caso às 10h30min de amanhã, em uma entrevista coletiva na bancada do PSOL na Câmara de Vereadores da Capital.

Em coletiva de imprensa, o delegado Marco Antônio de Souza, do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), responsável pelas investigações, afirmou que foram apreendidos somente documentos que possam auxiliar a investigação e apontar os responsáveis pelos atos de vandalismo.

— Se as pessoas investigadas tem alguma vinculação político-partidaria, isso nao é objeto do inquerito — destacou.

O delegado afirmou que até o momento há uma pessoa indiciada e outros suspeitos.

Agentes também estiveram no apartamento do estudante de Ciências Sociais Lucas Maróstica, filiado ao PSOL e integrante Coletivo Juntos. Maróstica disse que não estava em casa e não soube revelar o que foi apreendido. Ele disse que vai se pronunciar sobre o caso às 10h30min de amanhã, em uma entrevista coletiva na bancada do PSOL na Câmara de Vereadores da Capital.

A revista nas casas — e no espaço cultural anarquista Moinho Negro, conforme ativistas — revoltou as agremiações envolvidas. O PSTU divulgou nota em que compara a ação à época da ditadura militar.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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