Comitê do Pró-Equidade de Gênero e Raça da Câmara Federal publica livro sobre direitos humanos e racismo

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A cada 17 denúncias de racismo no Brasil, apenas uma vira ação penal. Dessas ações, 92% são enquadradas como injúria, não como racismo. Essas informações constam do livro “Direitos Humanos e as Práticas de Racismo”, do sociólogo Ivair Augusto dos Santos adaptado de sua tese de doutorado na Universidade de Brasília, em 2009. O estudo se baseou na análise de processos e sentenças judiciais de 18 capitais, no período 2005 a 2007.

A obra foi editada pela Câmara Federal como parte das ações do órgão no programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM). A iniciativa tem como objetivo promover a igualdade entre mulheres, homens e grupos raciais priorizando a gestão de pessoas e a cultura organizacional das empresas ou organizações participantes.

“Esse tipo de análise é sempre bem-vinda, tendo em vista que sabemos que essa ainda é uma realidade no mundo do trabalho. A publicação faz uma análise detalhada dos processos e sentenças judiciais relacionadas ao racismo. Esses dados, com certeza, trazem a constatação de que essa luta precisa ser cada vez mais apoiada e fortalecida”, disse Lourdes Bandeira, secretária-executiva da SPM, em  Brasília.

Para o diretor de Recursos Humanos da Câmara Federal, Luiz César Lima Costa, a publicação estende “para além das fronteiras organizacionais, a compreensão sobre o racismo institucional”. Segundo Lima Costa, a obra colabora para a “ampliação do diálogo sobre as consequências dessa prática desumanizante, que se revela corriqueira e não assumida por indivíduos e instituições”.

A primeira edição da obra foi publicada pela Fundação Cultura Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura.

Acesse aqui a íntegra do livro!

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