RJ – Ato em Copacabana pede rigor nas investigações do sumiço de Amarildo

Ato em Copacabana pede rigor nas investigações do sumiço de Amarildo Ajudante de pedreiro da Rocinha, no Rio, está desaparecido desde o dia 14. (Foto: Alessandro Buzas/Futura Press)
Ato em Copacabana pede rigor nas investigações do sumiço de Amarildo Ajudante de pedreiro da Rocinha, no Rio, está desaparecido desde o dia 14. (Foto: Alessandro Buzas/Futura Press)

Ajudante de pedreiro da Rocinha, no Rio, está desaparecido desde o dia 14. Dez manequins cobertos de tecido branco simbolizam desaparecidos.

G1 RJ – Um ato na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, protesta contra os casos de desaparecimento não esclarecidos pela polícia. Na manhã desta quarta-feira (31), dez manequins cobertos de tecido branco simbolizam os casos de desaparecimento registrados, que ainda não foram solucionados. Entre os casos citados pelos manifestantes está o do ajudante de pedreiro Amarildo Souza, morador da Rocinha, desaparecido desde 14 de julho, após ter sido levado por PMs da UPP para averiguação.

Voluntários do Rio de Paz, movimento que organizou o ato, estendem cartazes com o número de mortes violentas no estado. De acordo com os organizadores, a esposa, os filhos e outros parentes de Amarildo vão participar do ato. A expectativa é que o evento seja encerrado às 10h30,  com o enterro dos manequins, na Praia de Copacabana.

Câmeras não funcionaram

A empresa Emive, responsável pelas duas câmeras instaladas na UPP da Rocinha, Zona Sul do Rio, emitiu um relatório pedido pela Polícia Militar em que afirma que ambos equipamentos de filmagem no local deixaram de funcionar justamente no dia do sumiço do pedreiro Amarildo, dia 14. Segundo a família, ele está desaparecido desde que prestou depoimento na sede da Unidade de Polícia Pacificadora na comunidade. As informações são do RJTV.

No dia seguinte ao sumiço, um técnico da Emive constatou que o equipamento estava queimado. De acordo com a empresa, o equipamento estraga com frequência em redes elétricas instáveis. Apesar disso, das 80 câmeras da Emive na Rocinha, apenas as duas da UPP apresentaram problemas naquela noite.

A Polícia Civil informou que o delegado titular da 15º DP (Gávea), Orlando Zaccone, está analisando as imagens das câmeras instaladas em outros locais na comunidade da Rocinha e os GPS das viaturas da PM, na busca por pistas que levem ao paradeiro do pedreiro,

Na noite desta terça-feira (30), um corpo encontrado na localidade do Valão, na Rocinha, deixou a família de Amarildo apreensiva. Familiares foram ao local, mas informaram que o corpo era de uma mulher.

Entenda o caso

Amarildo Souza Lima, conhecido como “Boi”, sumiu logo depois de prestar depoimento a policiais da UPP no dia 14. Após vários protestos de moradores, que chegaram a fechar a Autoestrada Lagoa-Barra duas vezes, nos dias 17 e 19, e do início da investigação, a Polícia Militar informou o afastamento dos serviços operacionais de quatro PMs envolvidos no caso. Os afastados atuam na UPP da Rocinha e irão trabalhar administrativamente na Coordenadoria de Policia Pacificadora (CPP) até a conclusão do inquérito.

DH vai assumir investigação

De acordo com o delegado Zaccone, as investigações estão em andamento. Os policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, familiares e vizinhos de Amarildo já prestaram depoimento no inquérito que será remetido para a Divisão de Homicídios (DH) nesta quarta-feira (31), quando completa 15 dias do registro do desaparecimento. O caso deve ficar a cargo do setor de Descoberta de Paradeiro da DH.

Segundo Zaccone, os GPS das viaturas estão sendo analisados e as câmeras de segurança da Rocinha foram encaminhadas à perícia. Ainda segundo o delegado, na quinta-feira (25), os agentes da delegacia estiveram na localidade conhecida como Alto da Dioneia, na comunidade, onde havia informações que Amarildo poderia ter sido enterrado, mas nada foi encontrado.

Ainda nesta terça, agentes da 15ª DP (Gávea) realizaram, buscas ao corpo do pedreiro em um depósito da Comlurb, no Caju, na Zona Portuária do Rio, mas nada foi encontrado.

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