Água que mata: reportagem investiga causas do surto de diarreia em Alagoas

 

Ministério da Saúde atribui causa de surto à qualidade da água distribuída
Ministério da Saúde atribui causa de surto à qualidade da água distribuída

TNH1

O surto de diarreia continua a preocupar a população alagoana. Já chegou a 70 mil o número de pessoas infectadas e já foram registradas 37 mortes no estado só em 2013. O uso irregular de carros-pipas chegou a ser oficializado como a causa da pior de epidemia de doenças diarréicas em Alagoas desde 1993, mas a origem do problema não é bem este. É o que mostra a investigação da equipe da TV Pajuçara sobre o problema, que começou a ser exibida na série de reportagem “Água que mata”.

O Ministério da Saúde atribuiu a causa da epidemia à qualidade da água distribuída em carros-pipas, mas a série mostra que um conjunto de problemas, como chuvas e falta de saneamento, levaram a essa situação. O surto de diarreia começou em Palmeira dos Índios e logo se alastrou por 27 cidades alagoanas. Outros 40 municípios estão em estado de alerta.

Uma comparação com os casos registrado em 2012 mostra a dimensão da epidemia enfrentada nessas regiões. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), nas primeiras 23 semanas do ano passado foram 34 mil casos da doença. No mesmo período de 2013, esse número subiu para 54 mil.

Ainda segundo a Sesau, 37 pacientes infectados morreram. Só em Palmeira dos Índios, foram dez mortes. “Geralmente esses pacientes são crianças ou idosos, que devido à desidratação violenta vem a óbito”, disse Maria Elisabeth, diretora da Vigilância Ambiental de Saúde.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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