Casos de malária aumentam entre indígenas da região do Médio Solimões, no Amazonas

Grupo de índios katukina. Foto: Arquivo Opan
Grupo de índios katukina. Foto: Arquivo Opan

Por Elaíze Farias

Os casos de malária voltaram a crescer entre os povos indígenas de comunidades localizadas na região do Médio Solimões e rios afluentes, no Estado do Amazonas.

Um surto de malária vem sendo registrado entre os indígenas do povo deni do rio Xeruã, afluente do rio Juruá, no município de Itamarati. A doença também aumentou entre os indígenas katukina, no município de Jutaí, e os maku, da aldeia Nova São Joaquim, no município de Japurá.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (20) pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), com sede no município de Tefé.

Até o mês de julho o CIMI, junto com organizações indígenas e a Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas de Tefé, inicia um levantamento do quadro da saúde indígena.

A assessoria de imprensa do CIMI Norte I disse que a entidade não tem dados precisos sobre o número de pessoas afetadas pela malária, mas alerta que há muitos doentes em várias aldeias da região.

Na comunidade Morada Nova funciona o pólo base da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão responsável por prestar assistência à saúde dos povos indígenas.

De acordo com o CIMI, a Sesai encontra muitas dificuldades para atender as mais de 150 comunidades na área de abrangência do Distrito Sanitário Especial (Dsei), de Tefé, que é formado por 10 municípios do Médio Solimões.

“Falta combustível, falta barco, as equipes multidisciplinares não são bem preparadas e não são completas. Faltam medicamentos, além de outros problemas mais graves que precisam ser investigados”, diz Raimundo Nonato Filintro de Freitas, coordenador da equipe do Cimi de Tefé.

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