Coordenador da Defensoria Pública da Paraíba é preso por suspeita de extorsão

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Só para registrar e avivar a memória dos esquecidos: a Defensoria Pública da Paraíba foi aquela que aproveitou os feriados de fim de ano para lançar o edital para escolha do seu ouvidor geral e, apesar dos protestos, ignorou a Lei Complementar Federal nº 132/2009. Agindo de forma ilegal e corporativa, ignorou que a indicação do/a Ouvidor/a Geral Externo/a é prerrogativa da sociedade civil e, em janeiro, botou no cargo um colega aposentado. Aliás, como a DP-RJ faria logo depois. (Tania Pacheco)

Ele e outro funcionário estariam cobrando de empresas para anular multas. Suspeito foi exonerado do cargo em ato publicado nesta quinta-feira (16).

Do G1 PB

O coordenador da Assessoria Técnica da Defensoria Pública da Paraíba foi preso na tarde de quarta-feira (15) por suspeita de extorsão. De acordo com a secretaria de Segurança Pública, ele foi detido junto com um ex-funcionário da Defensoria. Os dois estariam extorquindo empresas para retirar multas aplicadas pelo Procon. O coordenador foi exonerado do cargo por meio de um ato publicado nesta quinta-feira (16) no Diário Oficial do Estado.

A prisão preventiva foi feita durante uma ação em conjunto do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público. A ação aconteceu em um shopping de João Pessoa. Segundo a Segurança Pública, eles cobravam 10% do valor das multas aplicadas pelo Procon para poder extingui-las. Os detalhes da investigação serão apresentados em uma entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira.

goeoperacaodecimosO defensor público geral da Paraíba, Vanildo Brito, afirmou que assim que soube da prisão determinou a exoneração do coordenador. De acordo com ele, o outro detido atuava na assessoria jurídica da defensoria, mas já havia sido exonerado do cargo há cerca de dois meses. “A punição ao crime que ele (o coordenador) praticou começou com a exoneração. Agora, se a Defensoria sofrer alguma perda, vamos nos manifestar”, disse ressaltando que a princípio o órgão não foi citado na investigação. Ele disse ainda que ligações telefônicas do coordenador tentando extorquir um banco foram gravadas.

Vanildo informou ainda que o coordenador teria cometido um outro crime, o de falsificação. Segundo o defensor geral, ele apresentou um documento falsificado com uma inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, quando na verdade ele tinha registro apenas de estagiário. “Recebi a informação da possível falsificação, mandei que a Corregedoria da Defensoria checasse e nós confirmamos a irregularidade”, completou.

Enviada por Eduardo Fernandes para Combate Racismo Ambiental.

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