Equador – Na Amazônia, três anos de trabalho a partir dos conhecimentos tradicionais permitem a derrota dos agrotóxicos e a retomada da agricultura orgânica, da saúde e do “bem viver”

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Importante e tocante vídeo enviado para Combate Racismo Ambiental por David Sánchez, da Ecoescuela María Auxiliadora, sobre o trabalho desenvolvido ao longo de três anos junto aos agricultores indígenas de Wamaní, Amazônia Equatoriana, para libertá-los e a seu território dos terríveis efeitos da contaminação por agrotóxicos. Embora curto (sete minutos), o documentário mostra desde a chegada do jovem engenheiro ecológico ao povoado, levado por uma denúncia da Acción Ecológica sobre o alarmante índice de suicídios entre a população, até o momento atual.

O quadro por ele encontrado em 2009 incluía desde exemplos de manuseio indevido, como a guarda dos vidros do produto proibido (livremente vendido nas loja do País) debaixo das camas, a níveis de contaminação que já haviam atingindo não só o solo (onde não mais existiam micro-organismo, e as laranjas, cuja produção garantia a vida do povoado, cresciam doentes) como as pessoas (atacadas até por depressões que levavam ao crescente  número de suicídios, muitos deles pela ingestão do próprio agrotóxico).

Iniciado de imediato, o trabalho de David Sáchez  levou a população a retomar conhecimentos ancestrais sobre os ciclos da natureza e o  tratamento a ser dado à terra e chegou, finalmente, a um solo livre de venenos, no qual não só a produção de laranjas como as hortas comunitárias são totalmente orgânicas, e a saúde da população está refletida nos próprios sorrisos e na alegria com a qual saúdam, ao final, a importância do “bem viver”. Vale divulgar esse trabalho!

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