Sindicato Institui Comissão da Verdade dos Jornalistas na Paraíba

Por Haceldama Borba

Com a missão de resgatar a verdade, a memória, a justiça e trazer à tona nomes de pessoas que participaram no período da Ditadura Militar da prática de torturas, perseguição, censura e crime contra os profissionais da imprensa, foi instituída na noite da última sexta-feira (03), pelo Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, a Comissão de Verdade dos Jornalistas do Estado da Paraíba.

A Comissão da Verdade dos Jornalistas paraibanos que funcionará nos mesmos moldes da Comissão Nacional da Verdade foi composta pelos jornalistas João Manoel de Carvalho ( Editor do Jornal Contraponto), Tâmara Duarte (Assessora de Imprensa do IPHAEP), pelos professores da UEPB, Eduardo Fernandes, e da UFPB, Anelsina Fiqueiredo, além do próprio presidente do Sindicato, Rafael Freire.

Conforme Freire, a Paraíba foi o 28º Estado a constituir sua Comissão e deverá assim como as outras já constituídas no país apurar as perseguições sofridas pelos profissionais de comunicação, a censura aos veículos e eventuais colaborações dos meios de comunicação com a ditadura.

Ao final dos trabalhos será elaborado um relatório que será entregue à Comissão Nacional da Verdade. “Vai ser um trabalho árduo e minucioso, mas pretendemos com muito empenho, esforço resgatar essa parte da história tão nefasta da política brasileira. Esperamos contar com a colaboração dos colegas profissionais da imprensa na elaboração desse documento. A comissão não terá o poder punitivo, mas vamos trazer à execração pública os nomes daqueles que praticaram diversos crimes contra os jornalistas e ficaram impunes ao longo do tempo”, explicou.

Lançamento

Paralelo aos debates sobre a instituição da Comissão da Verdade dos Jornalistas da Paraíba foi lançado o livro “As duas guerras de Vlado Herzog”, do jornalista Audálio Dantas (ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de SP e da Fenaj; ex-deputado federal) e instalação da Comissão Estadual da Verdade dos Jornalistas.

Sob a luz da razão, Adáulio conta a verdadeira historia da morte do jornalista Vlado Herzog que foi torturado e assassinado, em São Paulo, em outubro de 1978, pelos aparelhos de repressão do regime militar, o chamado DOI/CODI. Na época, Audálio Dantas era presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e Vladimir Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura.

Enviado por Rodrigo de Medeiros para Combate Racismo Ambiental.

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