‘A Comissão da Verdade tem obrigação de ouvir todos os militares’

Por Gabriel Brito e Valéria Nader, do Correio da Cidadania

Retomando suas discussões sobre o andamento da Comissão Nacional da Verdade, o Correio da Cidadania entrevistou o jornalista Pedro Estevam Pomar, membro do Comitê Paulista pela Verdade, Memória e Justiça. Pomar retoma o processo que deu origem à Comissão da Verdade, desde a avaliação dos membros escolhidos para compô-la até o prazo definido para os trabalhos e o período a ser investigado.

Outro ponto que se procurou averiguar, agora que a Comissão já está em vigor há alguns meses, foi a efetividade de seus trabalhos e a participação dos envolvidos, familiares e militares. A despeito de considerar que tem havido avanços no processo, que vem dando voz a parentes de vítimas e àqueles que foram perseguidos e torturados nos anos de chumbo, o jornalista é assertivo em afirmar que ainda há um longo caminho a percorrer para intensificar a participação popular e o clamor social em torno à tão esperada Comissão.

Pomar acredita na possibilidade de instalação de processos criminais, mas alerta para o grave risco de não se culpabilizarem os generais, caso os militares não sejam todos ouvidos, desde as mais altas até as mais baixas patentes. Advoga, ainda, o jornalista pela revogação da Lei de Anistia. Assista, a seguir, à entrevista concedida ao Correio da Cidadania.

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