Doze instituições defendem, em carta, poder investigatório do MP

Texto afirma que retirar os poderes investigativos, na esfera penal, representa desrespeito à essência do modelo construído na Constituição

Para representantes de 12 instituições que participaram do seminário internacional sobre “O papel do Ministério Publico na investigação criminal – Visões brasileira, europeia e latinoamericana”, retirar os poderes investigativos, na esfera penal, do Ministério Público representa desrespeito à essência do modelo construído na Constituição Federal de 1988. Ao final do evento, realizado ontem e hoje, 11 e 12 de março, eles assinaram a Carta de Brasília, em que defendem o poder investigatório do Ministério Público. A Carta foi lida pela subprocuradora-geral da República Ela Wiecko.

O texto afirma que a retirada do poder de investigação do Ministério Público representa grave atentado à cidadania brasileira e que a participação da instituição na investigação criminal é indispensável ao cumprimento de seu dever constitucional de proteção dos direitos fundamentais de toda a sociedade.

A Carta lembra ainda que o Brasil assinou o Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, momento em que optou, no plano internacional, por um modelo de Ministério Público investigativo. Ao vedar o poder investigatório, desrespeitam-se princípios do direito internacional e cria-se um isolamento brasileiro em relação aos demais 120 países signatários do Estatuto.

Assinam a Carta as seguintes instituições:

  • Procuradoria Geral da República (PGR);
  • Movimento do Ministério Público Democrático (MPD);
  • Magistrados Europeus pela Democracia e Liberdades (Medel);
  • Federação de Associações de Juízes para a Democracia da América Latina e Caribe;
  • Colégio de Escolas Superiores do Ministério Público (CDEMP);
  • Colégio Nacional de Ouvidores dos Ministérios Públicos;
  • Colégio Nacional de Procuradores Gerais (CNPG);
  • Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp);
  • Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR);
  • Associação Paulista do Ministério Público (APMP);
  • Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP);
  • Escola Superior do Ministério Público de São Paulo (ESMPSP).

Leia aqui a íntegra da carta.

http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_geral/onze-instituicoes-defendem-em-carta-poder-investigatorio-do-mp

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