Ditador argentino Reynaldo Bignone é condenado à prisão perpétua

Da Redação*

A Justiça argentina condenou nesta terça-feira (12) Reynaldo Bignone, o último presidente da ditadura militar do país, à prisão perpétua por crimes cometidos contra 23 pessoas no centro de detenção clandestino de Campo de Maio. Dentre as vítimas estariam sete mulheres grávidas que tiveram seus filhos enquanto presas e continuam desaparecidas. Bignone esteve no poder entre os anos de 1982 e 1983.

No julgamento, realizado pelo tribunal federal de San Martín, também receberam a pena máxima o ex-comandante Santiago Omar Riveros e os ex-repressores Luis Sadi Pepa, Eduardo Oscar Corrado e Carlos Tomás Macedra. Foram condenados ainda Carlos del Señor Garzón e María Francisca Morill, a 15 e 12 anos de reclusão, respectivavemente; Carlos José Somoza, a 25 anos; e Hugo Castagno Monge e Julio San Román, a 20 anos.

Os acusados foram julgados por crimes realizados na Operação Condor, uma aliança dos regimes militares da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai para reprimir grupos de oposição. Muitos dos sequestrados na época permanecem desaparecidos ou foram encontrados mortos.

O julgamento dos 25 acusados pelos crimes começou no último dia 5 e deve durar cerca de dois anos. É a primeira vez que repressores são julgados em conjunto por cooperarem na perseguição e assassinato de opositores nas décadas de 70 e 80. O ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla, assim como outras figuras importantes do último governo militar, já está preso.

*Com informações do Globo.

http://www.sul21.com.br/jornal/2013/03/ditador-argentino-reynaldo-bignone-e-condenado-a-prisao-perpetua/#.UT_lavJD47U.gmail

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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