Vídeo: Maria da Penha fala da luta das mulheres do campo e lembra de preconceito do judiciário

Lei que leva seu nome pune agressão doméstica e familiar contra as mulheres

Do R7 – Presidente do Instituto que leva seu nome, Maria da penha, comenta em vídeo a manifestação realizada durante o Encontro das Mulheres Camponesas e fala do preconceito que sofreu no judiciário durante o processo para punir seu agressor.

— A mulher do campo é a menos assistida pelo Estado em relação à violência doméstica. E o que mais prejudica a verdadeira aplicação da lei é o machismo da sociedade brasileira presente nos tribunais e em outras instituições. Ser vítima de violência doméstica não era considerado crime e não havia o interesse em julgar.

Ela se refere à lei que também leva seu nome, sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pune de maneira severa agressões contra a mulher quando ocorridas no ambiente doméstico ou familiar.

Maria da Penha Maia Fernandes é uma biofarmacêutica que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Com 67 anos e três filhas, hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.

Em 1983, seu marido, o professor colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou simulando um assalto, e na segunda tentou eletrocutá-la.

Por conta das agressões sofridas, Penha ficou paraplégica. Nove anos depois, seu agressor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso por dois anos. Solto em 2002, hoje está livre.

Seu caso foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica. Hoje, Penha é também coordenadora de estudos da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência.

Enviada por Janele Melo para Combate ao Racismo Ambiental.
http://noticias.r7.com/brasil/video-maria-da-penha-fala-da-luta-das-mulheres-do-campo-e-lembra-de-preconceito-do-judiciario-23022013

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