Índia: Adolescente se suicida após ter sido pressionada pela polícia a abandonar queixa de estupro

Há dez dias a Índia está envolta em protestos pela forma com que as autoridades tratam crimes sexuais

Agência Efe

Uma adolescente indiana de 17 anos vítima de um estupro coletivo se suicidou depois que policiais a pressionaram a abandonar o caso e a se casar com um de seus agressores, informaram a polícia e parentes nesta quinta-feira (27/12).

Em meio a mobilizações sobre o estupro coletivo de uma outra estudante em um ônibus em Nova Délhi no começo desse mês, que gerou protestos e confrontos por todo o país, este caso colocou novamente em evidência o modo como a polícia lida com crimes sexuais.

Neste segundo caso, um policial foi demitido e outro suspenso pela conduta depois do ataque durante o festival de Diwali, no dia 13 de novembro, na região de Patiala no Punjab, de acordo com fontes oficiais.

A adolescente foi encontrada morta na noite de quarta-feira (26), após ter ingerido veneno.

O inspetor-geral, Paramjit Singh Gill, disse que a adolescente “ficou andando de um lado para o outro para que seu caso fosse registrado”, mas os policiais não abriram um inquérito formal.

“Um dos policiais tentou convencê-la a retirar a queixa”, Gill, chefe policial da área, disse à agência de notícias France Presse.

Antes de sua morte, não houve prisões sobre seu caso, apesar de três pessoas terem sido detidas na quinta. Duas delas eram os supostos estupradores e uma terceira era uma mulher suspeita de ser cúmplice.

A irmã da vítima contou à rede de televisão indiana “NDTV” que propuseram à adolescente aceitar uma quantia em dinheiro como acordo ou se casar com um de seus agressores.

A Press Trust of India também relatou que um policial foi suspenso por supostamente se negar a registrar uma queixa de estupro no estado de Chhattisgar (norte).

A irmã da vítima levou o caso ao oficial local de maior patente e foi iniciada uma busca por seu agressor.

Já a estudante indiana de Fisioterapia de 23 anos, vítima de um estupro coletivo dentro de ônibus quando voltava para casa após ir ao cinema, continua em estado crítico, e foi levada para um hospital em Cingapura. Segundo testemunhos, ela teria sofrido a agressão de seis homens. Além do estupro, foi agredida com uma barra de ferro e jogada para fora do veículo. Seis homens foram presos suspeitos pelo caso, incluindo o motorista do ônibus.

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