SP – Com menção honrosa do Prêmio Portugal Telecom “na bagagem”, Kucinski participa da Feira de Livros de Resistência Política neste sábado

Ganhador de menção honrosa do juri da décima edição do Prêmio Portugal Telecom de Literatura por seu romance de estreia, K., Bernardo Kucinski participará da Segunda Feira de Livros de Resistência Política, que será realizada neste sábado, 1º de dezembro, em São Paulo.

Sediada no Memorial da Resistência, antigo prédio do DOPS, a Feira reunirá diversas editoras e autores, contando também com espaços de debate e outras atividades culturais. Edições de K., juntamente com outros livros da Expressão Popular, estarão sendo vendidas, e o autor estará disponível para autógrafos.

Vencedor principal do Portugal Telecom 2012, o angolano radicado em Portugal Walter Hugo Mãe disse que esperava que K. fosse o grande vencedor da noite: “Ele levanta uma questão muito digna e por isso achei que ele deveria ganhar. As pessoas precisam ler K.”, declarou ao O Estado de S.Paulo.

O Memorial da Resistência de São Paulo situa-se na Rua Largo General Osório, 66 -Bairro da Luz/SP. Antigo prédio do DOPS. Perto da Estação da Luz.

Trecho de resenha sobre K., por Maria Victoria de Mesquita Benevides:

“Ditadura militar, 1974. Um jovem casal, ela química, professora na Universidade de São Paulo, ele físico trabalhando em uma empresa, desaparece sem deixar o menor sinal. Pânico na família e nas amizades, buscas incansáveis, qualquer fiapo de informação reacendendo esperanças, sofrimento indizível com a agonia da incerteza. Mais tarde a realidade se impôs, trágica e definitiva: eram militantes da resistência e tinham sido sequestrados, torturados e assassinados. Talvez na “Casa da Morte”, em Petrópolis? Nada foi confirmado e eles continuam na lista dos “desaparecidos”.

Desaparecidos, mas não olvidados. Este livro não veio para registrar fatos do terrorismo do Estado, mas, sim, para nos colocar dentro da dor e da memória. O senhor K. é o protagonista, dilacerado em seu amor paterno e os sentimentos de culpa: como não percebera o que acontecia com a filha, ele que também fora um resistente judeu na Polônia natal? Na leitura, convivemos com as providências desesperadas da família, apelando no país e no exterior e aqui tendo que lidar com agentes da repressão, com informantes, com extorsões, com a mentira, o escárnio, a humilhação, a covardia, a crueldade. (…)”

http://editora.expressaopopular.com.br/livro/k

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