Anna Beatriz Lisbôa, Correio Braziliense
Nos últimos dois anos, o país viu crescer em 15% o número de conflitos ambientais decorrentes de ocupações territoriais e da expansão de atividades econômicas poluentes e pouco sustentáveis. O Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a ONG Fase, aponta 343 casos onde houve piora significativa da qualidade de vida das populações locais decorrente de atividades industriais, agropecuárias, mineradoras e de obras de infraestrutura, entre outras. Ausente das listagens feitas até agora, o Distrito Federal será incluído ainda este ano no mapa, com o problema do Lixão da Estrutural. O conflito com os índios que ocupam uma a área do Setor Noroeste também deve integrar levantamentos futuros.
O estudo destaca que a queda da qualidade de vida das comunidades é a principal consequência dos conflitos ambientais, e se reflete no aumento da incidência de doenças crônicas — como câncer e enfermidades respiratórias —, da insegurança alimentar e da violência. São Paulo registra o maior número de disputas ambientais, com 34 casos, seguido de Minas Gerais, com 27 registros, e do Rio de Janeiro, com 21.
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Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.
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