Campanha “Selo de Sangue”: contra empresas e órgãos que desrespeitam os Direitos Humanos

O Projeto Selo de Sangue é um case de ações para divulgação e defesa dos direitos humanos e ambientais, das comunidades atingidas por grandes empresas, privadas ou públicas, que por intermédio de suas atividades vêm impactando negativamente a vida de pessoas, povos e comunidades inteiras, pelo Brasil e no Mundo.

Durante um encontro, o pescador artesanal Alexandre Anderson, do Grupo Homens do Mar da Baía de Guanabara, propôs a criação de um Selo de Sangue, procedimento que já existe em alguns países, para qualificar as empresas que por  suas atividades indiscriminadas vêm causando grandes sofrimentos às populações originárias e tradicionais, as quais, por sua origem e por viverem onde existe um ecossistema que ainda é limpo, além de riquezas como minérios e matas, são tratadas como entraves para o dito progresso.

Na Baía de Guanabara, Baía de Sepetiba, Maricá e Barra de São João, dentre outras localidades no Rio de Janeiro, diversos pescadores artesanais vêm sendo expulsos por “megaempreendimentos” promovidos por estatais ou empresas autorizadas pelo governo. São banidos, sem qualquer compensação ou alternativa oferecida pelo poder público, do local que habitam há mais de 100 anos.

Estamos presenciando um desenvolvimento e progresso à custa de muito sangue e sofrimento. Há relatos de que muitas desocupações de famílias de pescadores foram realizadas pela Polícia Militar e pela Marinha do Brasil. Os espaços, ilhas e pesqueiras estão sendo tomados aos poucos.

A criação de um “Selo de Sangue” vem para qualificar as empresas que cometem esses crimes: Selo de Sangue para a TKCSA; Selo de Sangue para a Aracruz; Selo de Sangue para a Petrobras; Selo de Sangue para a Vale; Selo de Sangue para os serviços da LLX. Selo de Sangue, enfim, para denunciar que aquele produto custou a vida de pescadores artesanais, indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais que sempre viveram em harmonia com um meio ambiente saudável e de forma sustentável.

O projeto está sendo lançado através do Facebook, em https://www.facebook.com/selode.sangue.

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