Chávez nega massacre de ianomânis por garimpeiros do Brasil

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, entrou nesta quarta-feira na polêmica sobre o suposto massacre de indígenas ianomânis por garimpeiros brasileiros ao afirmar que não há “rastros ou testemunhos” do ataque, que teria ocorrido na região da fronteira entre Brasil e Venezuela.

“Por nenhum lado apareceram rastros ou testemunhos, nem mesmo de indígenas, sobre este massacre”, disse Chávez em entrevista coletiva. O presidente garantiu que a comissão enviada pelo governo para investigar o caso percorreu “todos os povoados” da região e “conversou com os líderes indígenas”.

“Andamos pela região, apesar das condições adversas”, afirmou Chávez, assinalando que determinou uma investigação do caso imediatamente após a denúncia realizada pela Horonami Organização Yanomami (HOY).

Na terça-feira, a Coordenação de Organizações Indígenas do Amazonas (Coiam) denunciou que a comissão enviada pelo governo para apurar o massacre não visitou a comunidade de Irothateri, onde teria ocorrido o ataque, “razão pela qual não pode afirmar que não há evidências” do crime.

Segundo Itirio Hoariwe, vice-presidente da HOY, “a comissão não chegou ao local do massacre”, que teria ocorrido no dia 5 de julho passado, quando “garimpeiros brasileiros queimaram uma oca onde aproximadamente 80 pessoas moravam”, na região de fronteira entre Brasil e Venezuela. No ataque, os garimpeiros teriam utilizado armas de fogo e explosivos contra a comunidade indígena, disparados de um helicóptero.

Na segunda-feira, o governo em Caracas já havia informado não ter encontrado “qualquer evidência” do massacre, após a visita à região da comissão formada por membros do Ministério Público, da polícia e do Exército venezuelanos.

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