Danilo Emerich, do Hoje em Dia
Apesar da fiscalização de Minas Gerais ser umas das mais abrangentes do país, não há efetivo suficiente para vistoriar as aproximadamente 530 mil propriedades rurais do Estado, segundo o último censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito em 2006. Ao todo, o IMA realizou 5.472 operações em 2011, representando 41% das incursões pelo Brasil. Foram flagradas 101 irregularidades em Minas.
Entre as 185 análises laboratoriais realizadas em verduras, legumes e frutas, no último ano, foram encontrados 26 produtos inadequados para o consumo humano. Em pior situação ficou o alface, com 31% das 29 amostras consideradas impróprias para o consumo. O morango, o pimentão e o tomate também apresentaram agrotóxicos proibidos ou em excesso.
Segundo o fiscal agropecuário do IMA Rodrigo Carvalho Fernandes, é comum, por exemplo, detectar agrotóxico autorizado para tomate em pepinos. As irregularidades são punidas com multas que variam de R$ 300 a R$ 35 mil, além de processo administrativo e, em casos extremos, a destruição da lavoura. Ele diz que é impossível fiscalizar toda a produção em Minas, o sexto maior consumidor de agrotóxicos do país – 46 mil toneladas por ano. No Estado, 452 profissionais atuam em 11 centrais e 54 postos de vistoria.
Resta o trabalho de conscientização dos agricultores. No último ano, foram abordadas 19 mil pessoas. “A maioria das falhas ocorre por desconhecimento da legislação”, afirma Fernandes.
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