Um esclarecimento: recebemos ontem cedo de José Carlos, que também enviou a matéria abaixo, a íntegra da reportagem especial publicada pelo Estado de Minas. Optamos por não postá-la, já que vemos uma distância cada vez maior entre a Dilma nela presente e a de hoje. É possível que tenhamos errado, mas os links para ela podem ser encontrados ao final deste texto. TP.
Antes de deixar o Brasil ontem, rumo ao México, Dilma lê reportagem do EM sobre a violência sofrida por ela em Juiz de Fora. Matéria repercute entre setores do governo e da sociedade civil
Por Bertha Maakaroun, Denise Rothenburg e Renata Mariz
Logo de manhã, antes de deixar o Brasil rumo ao México, onde participa de reunião do G20, a presidente Dilma Rousseff leu a reportagem do Estado de Minas sobre a tortura por ela sofrida em Juiz de Fora (MG), em 1972, mas preferiu o silêncio. Entre setores do governo e da sociedade civil, entretanto, os relatos contundentes da mandatária do país foram motivo de muita repercussão. Secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia do Ministério de Justiça, Paulo Abrão destacou a importância de testemunhos como o de Dilma ao Conselho Estadual de Indenização às Vítimas de Tortura para desconstruir as verdades produzidas pela ditadura.
Em 20 mil dos 60 mil processos julgados, entre os 70 mil recebidos pela Comissão da Anistia desde 28 de agosto de 2001, quando foi instalada, cidadãos tiveram reconhecido o direito a indenizações no valor máximo de R$ 100 mil, que, juntas, somam R$ 2,4 bilhões.
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