Oficina sobre Avaliação de Equidade Ambiental como instrumento de promoção de justiça ambiental: dia 17

Vivemos um processo de permanente flexibilização da normativa ambiental, do qual o novo Código Florestal é, talvez, o exemplo que maior notoriedade. Esse processo se apóia na construção de uma retórica na qual a legislação ambiental e os procedimentos previstos em lei para o licenciamento de projetos representam “entraves ao desenvolvimento”. A oficina proposta pretende discutir, na contramão desse processo, a importância dos procedimentos de planejamento sobre o uso dos recursos naturais considerarem as desigualdades ambientais existentes nos territórios e corrigi-las, através da garantia de tratamento justo e de envolvimento efetivo dos grupos sociais nos processos de tomada de decisão acerca do território em que vivem e dos recursos naturais que acessam.

Para tanto, serão apresentados os resultados de cinco estudos de caso – desenvolvidos entre 2005 e 2009, através de uma parceria entre a FASE e o IPPUR/UFRJ – que acompanharam experiências concretas de licenciamento de projetos de desenvolvimento, que revelam que os processos de avaliação de impacto e de tomada de decisão tendem a não considerar, apropriadamente, a diversidade sociocultural das formas de apropriação do meio e a não incluir a perspectiva diferenciada dos grupos sociais potencialmente atingidos. (mais…)

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Tendas Temáticas na Cúpula: Egídio Brunetto

Egídio Brunetto (créditos: mst.org.br)

As tendas que ocuparão o Parque (Aterro) do Flamengo durante a Cúpula dos Povos para as atividades autogestionadas e plenárias receberam nomes de figuras importantes na luta pela igualdade e nas reivindicações por transformações sociais em todas as esferas.

Nós decidimos, então, aproveitar o espaço para tentar contar para vocês como cada uma destas pessoas contribuiu para a sociedade. Desta vez, apresentamos o brasileiro Egídio Brunetto, fundador da Via Campesina Internacional. Na tenda Egídio Brunetto, serão realizadas atividades autogestionadas de articulação.

Serão montadas, no total, cinco plenárias, 36 tendas de atividades autogestionadas e 14 tendas financiadas por entidades específicas (CUT, FBOMS, Rebea etc.).

História

Egídio Brunetto nasceu numa família de camponeses sem terra, trabalhou desde criança na roça e envolveu-se com a Pastoral da Terra na região de Xanxerê, em Santa Catarina. Foi na década de 1980 que Egídio tornou-se um militante. (mais…)

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Confira a programação do II Fórum Mundial de Mídia Livre

II Fórum Mundial de Mídia Livre acontece no campus da Praia Vermelha, nos dias 16 e 17 de junho

O campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Urca, vai abrigar o II Fórum Mundial de Mídia Livre. A mídia alternativa vai tomar conta do campus da UFRJ e a programação já está fechada! Você pode conferir as atividade aqui.

As atividades do Fórum ocorrem em torno de quatro eixos principais: direito à comunicação; políticas públicas; apropriação tecnológica e movimentos sociais.

Após três edições nacionais (Rio de Janeiro, em 2008; Vitória, em 2009; e Porto Alegre, em 2012), dois encontros preparatórios no Norte da África (Marrakesh, em 2011; e Tunis, em 2012), uma edição mundial (Belém, em 2009) e uma Assembleia de Convergência no Fórum Social Mundial (Dacar, em 2011), o Fórum de Mídia Livre volta ao Rio de Janeiro para contribuir com o fortalecimento da agenda em defensa dos bens comuns, agregando comunicação e cultura às pautas em prol da justiça ambiental e social.

Clique aqui para conhecer a programação do II Fórum Mundial de Mídia Livre (II FMML).

http://cupuladospovos.org.br/2012/06/confira-a-programacao-do-ii-forum-mundial-de-midia-livre/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+CupulaDosPovosNaRio20+%28C%C3%BApula+dos+Povos+na+Rio%2B20%29

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Convergência de Meios de Comunicação dos Movimentos Sociais: Boletim #4

Na 4ª  edição do Boletim de Convergência de Meios de Comunicação dos Movimentos Sociais, apresentamos o documento de posicionamento da Via Campesina; os povos do mundo frente aos avanços do capitalismo; o posicionamento da CAOI para a Rio+20; a profundidade da economia verde;  e as ações realizadas no Dia Mundial do Mundial do Meio Ambiente.

Veja aqui o Boletim #4 da Convergência de Meios de Comunicação dos Movimentos Sociais da Cúpula dos Povos (em espanhol).

http://cupuladospovos.org.br/2012/06/boletim-4-convergencia-de-meios-de-comunicacao-dos-movimentos-sociais/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+CupulaDosPovosNaRio20+%28C%C3%BApula+dos+Povos+na+Rio%2B20%29

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Por un nuevo paradigma civilizatorio: Buen Vivir en armonía con la Madre Tierra para garantizar la vida

Los pueblos indígenas andinos y sus organizaciones nos dirigimos a los Estados miembros de las Naciones Unidas, a sus representantes en la Conferencia sobre Desarrollo Sostenible Río 20, a las instituciones financieras internacionales, a las empresas multinacionales, a los movimientos indígenas y movimientos sociales del mundo, para plantear nuestras propuestas, sustentadas en nuestros saberes y prácticas ancestrales del Buen Vivir como alternativas a la crisis climática y a la crisis de civilización que sacuden el planeta; para decir que es indispensable y urgente que Río 20 signifique la ruptura con el capitalismo desarrollista depredador y la adopción de un nuevo paradigma civilizatorio sustentado en el diálogo y la armonía con la Madre Tierra.

Estamos convencidos de que en el marco del sistema capitalista no es posible hallar soluciones a la crisis climática. Los Estados toman acuerdos en las conferencias internacionales para luego hacer exactamente lo contrario en sus países. Entre su obligación de proteger derechos y salvaguardar la vida y servir a los intereses de las corporaciones multinacionales, optan por lo segundo.

En la Cumbre de la Tierra Río’92, 178 países aprobaron la Agenda 21, un conjunto de medidas a aplicarse en todos los ámbitos en los que los seres humanos afectan a la Madre Tierra. Veinte años después, los Estados, antes de tomar nuevos acuerdos, deben evaluar autocríticamente cuánto se ha cumplido de la Agenda 21. (mais…)

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O Sala de Convidados, do Canal Saúde / Fiocruz, desta sexta-feira (15), às 11h debaterá a situação de crianças que vivem em extrema pobreza no Brasil

Você sabia que no Brasil, 16 milhões de pessoas ainda vivem em situação de extrema pobreza, entre elas três milhões de crianças? O programa Sala de Convidados desta sexta-feira (15) irá abordar a situação dessas crianças e debater as políticas públicas que pretendem mudar esta realidade. O programa será exibido, ao vivo, às 11 da manhã. O público pode participar enviando perguntas e sugestões através do site do Canal Saúde (http://www.canal.fioruz.br) e do telefone 0800 701 8122.

Para debater o tema, estarão no estúdio do Canal Saúde: Ricardo Paes de Barros – Secretário de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e Sulivan Mota – Professor da Universidade Federal do Ceará e Presidente do IPRED – Instituto de Promoção da Nutrição e Desenvolvimento Humano.

 Acesse canalsaude.fiocruz.br e participe. Se preferir, antecipe a participação pelo [email protected].

Mais informações clique aqui.

Comunicação Social | Canal Saúde

http://www.canal.fiocruz.br/

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Cúpula dos Povos no Rio de Janeiro e em Rio Grande (RS)

A luta ecológica pela arte, no Forum Global 92, no aterro do Flamengo, em 1992. Foto Antonio Soler/CEA

Para discutir temas que estarão em pauta na Cúpula dos Povos: por justiça social e ambiental, organizado pela sociedade civil, no Rio de Janeiro/RJ, evento paralelo à Conferencia da ONU conhecida como Rio + 20, a exemplo do Fórum Global 92, evento concomitante a Eco 92, não é necessário estar presente no Aterro do Flamengo, na capital carioca.

Em Rio Grande/RS, numa promoção do Observatório de Conflitos Urbanos e Socioambientais no Extremo Sul do Brasil, iniciou ontem, 11.06, o seminário integrante da programação da Semana do meio ambiente integrada à cúpula dos povos daqui – Rio Grande e região, no Campus Carreiros, da FURG, envolvendo os movimentos ambientais/ecológicos, os movimentos sociais, o Poder Público, a academia e a sociedade em geral.

O evento acontecerá na FURG (Campus Carreiros – Pavilhão 4) entre os dias 11 e 15 de junho, com a previsão de uma caminhada, no dia 17 de junho, com os movimentos socioambientais e coletivos participantes (concentração no Balneário do Cassino, às 14 horas, em frente ao CineArte). (mais…)

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Coisas nada civilizadas ocorrem quando um país prepara um megaevento

por Raquel Rolnik

A edição nº 52 da Revista da Adusp (publicação da Associação dos Docentes da USP) traz uma entrevista comigo sobre os impactos da realização de megaeventos esportivos no Brasil. Confiram abaixo.

“Coisas nada civilizadas ocorrem quando um país prepara um megaevento”

“Um megaevento é uma situação paralisante do ponto de vista político, especialmente a Copa do Mundo, porque, em se tratando de futebol, mobilizase um elemento cultural fortíssimo na cultura brasileira. Nós amamos o futebol: sofremos, sentimos, faz parte da alma brasileira. Em seu nome, vale tudo. Constitui-se um verdadeiro Estado de Exceção, um Estado de Emergência, onde direitos acabam não acontecendo”. A autora do comentário é a professora Raquel Rolnik, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e relatora, na Organização das Nações Unidas (ONU), do direito à moradia adequada.

Responsável por um relatório temático sobre o impacto dos megaeventos, nesta entrevista Raquel descreve incisivamente como são decididas, no Brasil, as transformações urbanas que já vêm afetando negativamente as condições de moradia de milhares de pessoas de baixa renda: “As operações da Copa não passam pelo Ministério das Cidades. O processo decisório ocorre nos gabinetes de prefeitos e governadores envolvidos, e na rede empresarial envolvida na viabilização desses empreendimentos. Os projetos com os quais o governo federal está envolvido são os projetos de mobilidade — e o BNDES financia a construção dos estádios. Mas não há nenhuma instância no governo federal, participativa ou aberta, onde isso tenha sido debatido”. (mais…)

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Pinheirinho: Ato Público de denúncia à OEA sobre as violações de direitos humanos ocorridas na desocupação

Juristas denunciam desocupação do Pinheirinho à Comissão Interamericana de Direitos Humanos

A desocupação do Pinheirinho, ocorrida no dia 22 de janeiro último, constituiu-se em brutal violação dos mais elementares direitos da pessoa humana. Aproximadamente 6 mil pessoas foram atingidas, grande parte delas perdendo todos os seus bens de uso pessoal, documentos e o mínimo necessário para a sobrevivência. Até o presente o Estado não ofereceu condições para que essas pessoas retomassem suas vidas com um mínimo de dignidade. Foram e continuam sendo tratados como brasileiros de segunda classe.

Para que fatos como esse nunca mais se repitam, para que jamais o Estado, beneficiando um único proprietário, por meio de uma ordem judicial ilegítima, atinja tão duramente homens, mulheres, crianças de todas as idades, idosos e enfermos, apresentamos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos uma denúncia.

Pedimos medidas legislativas e políticas públicas urgentes para que o Direito brasileiro não permita mais episódios como esse.

Pedimos indenizações materiais e morais para todas as vítimas da brutalidade do Estado. (mais…)

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