Movimentos reivindicam posse de imóvel para Comunidade Dandara

No dia 03/04/2012, cerca de 500 pessoas das Comunidades Dandara, Zilah Sposito-Helena Greco (de Belo Horizonte) e Vila da Fé (de Vespasiano) acamparam na porta da Prefeitura de Belo Horizonte durante o dia inteiro cobrando do prefeito Márcio Lacerda a desapropriação do imóvel onde hoje se encontra cerca de mil famílias da comunidade Dandara. Na parte da tarde houve mais uma Audiência Judicial, mas, infelizmente, o prefeito Márcio Lacerda, o Governador Antonio Anastasia e a Construtora Modelo não deram passos concretos rumo a um processo de negociação. Continuam insensíveis aos clamores do povo e parece que apostando em transformar Dandara em um Pinheirinho 2.

 

Movimentos sociais cobram de autoridades governamentais a desapropriação do terreno onde se encontra a Comunidade Dandara, em Belo Horizonte. A ação permitiria a permanência de cerca de 5 mil pessoas no local.

A região é alvo de disputa judicial com a Construtora Modelo. Em nota, Brigadas Populares e a Rede de Solidariedade à Comunidade Dandara apresentam razões que justificam a imediata desapropriação do imóvel. Entre elas, o fato da empresa ter uma dívida de IPTU superior a 2 milhões de reais.

Os movimentos sociais argumentam que essa quantia poderia ser perdoada e revertida como valor da indenização pela desapropriação do terreno. Alegam ainda que o governo estadual de Minas Gerais não construiu nenhuma unidade habitacional nos últimos dez anos, podendo assim alocar recursos para a ação.

O governador Antônio Anastasia (PSDB) disse aceitar ser coadjuvante e auxiliar na resolução do problema. Entretanto, afirmou que não há verba para realizar a desapropriação do terreno. Já o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), ainda não se manifestou sobre o caso.

Nesta última terça-feira (3), moradores da Comunidade Dandara realizaram uma manifestação em frente à prefeitura de Belo Horizonte. Eles contaram com apoio de outras comunidades populares de professores da rede municipal, que estão em greve há três semanas.

Além da manifestação, foi realizada uma audiência pública para alcançar uma conciliação acerca da posse do terreno. Porém, a Construtora Modelo não aceitou negociar e continua tentando promover a desocupação da área.

Durante o evento, além do advogados da Comunidade Dandara, a Defensoria Pública e o Ministério Público de Minas Gerais defenderam a desapropriação do terreno em favor dos moradores da Comunidade Dandara como única saída viável para a solução do conflito.

http://www.brasil.agenciapulsar.org/nota.php?id=8704

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