MA: Pescadores reclamam de interrupção nas atividades do Rio Mearim por destroços metálicos da Vale

Rio está cheio de toneladas de ferro da ponte que cedeu há 20 dias. Embarcações estão paradas e famílias recorrem a outros ofícios

Por: G1 MA com informações da TV Mirante

Desde que a ponte ferroviária de Carajás caiu, há aproximadamente 20 dias, a navegação no Rio Mearim está interrompida. Com o problema, famílias que vivem da pesca e que usam embarcações como meio de transporte, reclamam de prejuízos. “Muitas embarcações estão paradas; as que carregavam peixes, que transportavam pessoas, tudo parado”, disse o pescador Raimundo Aurindo.

A estrutura de ferro da ponte, localizada nas proximidades do Povoado Arraial, estava sendo construída para a melhoria no tráfego da ferrovia Carajás. Ao ceder, toneladas de ferro foram despejadas no rio Mearim. Na localidade, está uma das comunidades mais prejudicadas com o incidente.

Para garantir o sustento da família, alguns pescadores estão exercendo outras atividades. “Cada dia que passa está ficando mais difícil. Tive que arrumar um bico, mas pra ir até lá tenho que ir de bicicleta ou andar 15 km, já que moto também não tá passando”, afirmou o pescador Raimundo Lopes.

A Vale, empresa responsável pela Estrada de Ferro, colocou uma van e uma caminhonete à disposição para o transporte de passageiros, do pescado e de outras mercadorias. Segundo os moradores, a Vale teria garantido indenizar os pescadores. Cada família receberia um salário mínimo e quatro cestas básicas por mês. O valor é baixo se comparado à produção mensal de cada um.

Por causa da elevação do nível do rio nos últimos dias e as barreiras de contenção colocadas em um trecho de 200 metros no Rio Mearim, a vegetação arrastada pela correnteza tem se acumulado na base da ponte. Uma empresa contratada pela Vale começou, nesta semana, a fazer a retirada das plantas. A empresa informou que o serviço depende das condições naturais do rio, a exemplo da correnteza, da maré e chuvas.

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Enviada por Edmilson Pinheiro.

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