O fosso, quase intransponível, das políticas públicas no Maranhão

Mayron Régis

Um fosso, quase intransponível, formou-se ao longo dos anos entre as reais aspirações das comunidades do Baixo Parnaiba maranhense e o que realmente chega a ela vide via os canais legais e ilegais.

Esse fosso talvez nem exista de verdade, se é que a verdade prova qualquer coisa nessa região eivada de mentiras. Bem, do ponto de vista formal, nos anais do Baixo Parnaiba nenhuma obra de construção originou um fosso igual àqueles que lemos e vemos em livros históricos.

Por mais feudais que o Maranhão e especialmente o Baixo Parnaiba maranhense sejam, nenhum proprietário de terras circundou sua propriedade com algo parecido, disso não há dúvida. Nenhum proprietário se atreveu a tanto.

Por outro lado, o proprietário pagava capangas que queimavam roças como um aviso impresso no solo direcionado aos moradores. Tanto podia ser as claras como as escuras, a assinatura do proprietário se faria presente de qualquer jeito.

Como quase tudo no Maranhão e no Baixo Parnaiba maranhense, o fosso intransponível desaparece e reaparece de acordo com as modalidades esportivas e não esportivas que as elites maranhenses exercitam a seu bel-prazer.

A verdade não vale um vintém, ou melhor, um centavo quando ela se refere à execução de politicas públicas e programas governamentais por parte do governo do estado, principalmente, aqueles que rebatem nos setores agrários da sociedade maranhense.

Caso a verdade prove algo, os investimentos em modalidades esportivas granjeiam maior volume de recursos do que os investimentos na agricultura familiar.

Em algum devaneio regrado a alucinógenos, todas as crianças e todos os jovens maranhenses praticam alguma atividade esportiva em detrimento das suas atividades no meio rural ao lado da família. E claro com patrocínio da Suzano Papel e Celulose.

http://territorioslivresdobaixoparnaiba.blogspot.com/2012/02/o-fosso-quase-intransponivel-das.html

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