Garcia e Rony integram 4ª CEI contra gestão Barbosa Neto


Além de Joel Garcia (PP) e Rony Alves (PTB), a comissão conta com a participação do vereador da situação, José Roque Neto (PR)

Comissão vai investigar a compra de livros ‘racistas’ e a aquisição dos kits de uniformes escolares por meio de ‘carona’ de licitação

A Câmara Municipal de Londrina aprovou nesta quinta-feira à tarde (23) a abertura da quarta Comissão Especial de Inquérito (CEI) contra a administração do prefeito Barbosa Neto (PDT).

Os escolhidos para integrarem a CEI da Educação são os vereadores Joel Garcia (PP), Rony Alves (PTB) e José Roque Neto (PR). Eles têm cinco dias para iniciar os trabalhos. Os parlamentares terão 90 dias para finalizar as investigações. O trio se reuniu após o anúncio e já decidiu pela composição da comissão. Alves será o presidente, Garcia o relator e Roque Neto vai ser o membro.

Barbosa deve enfrentar dificuldades durante os trabalhos da nova CEI. O petebista foi o autor do pedido de abertura da comissão. Já Garcia é adversário político do prefeito. O único parlamentar da situação que integra o grupo é Padre Roque. O vereador, que chegou a ser prefeito interino de Londrina no início de 2009, é cotado para ser o vice de Barbosa, caso ele se candidate à reeleição no pleito de outubro.

Votação

Aprovada com 17 votos, a CEI da Educação vai investigar a compra da coleção “Vivenciando a Cultura Afro-Brasileira e Indígena” e a aquisição dos kits de uniformes escolares por “carona” em uma licitação com a prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).

Os únicos parlamentares que não votaram pela abertura da CEI foram o vereador Sebastião dos Metalúrgicos (PDT), que se absteve da votação, e Eloir Valença (PHS), ausente no plenário.

O vereador Rony Alves (PTB), integrante da CEI e autor de seu requerimento, afirmou que a investigação é necessária para apurar a compra dos materiais. Ele lembrou que a coleção de livros – considerada racista por entidades de Londrina – apresentava um valor considerado acima do preço e que o Ministério da Educação disponibilizava material de melhor qualidade pedagógica na internet. O município investiu R$ 621 mil em 13,5 mil exemplares e ainda não teve o dinheiro devolvido pela Editora Ética, da Bahia.

Além disso, Alves argumentou que a Controladoria do Município deu parecer contrário à compra dos uniformes utilizando “carona”, o que justifica a apuração. Por meio da modalidade, o município adquiriu 34 mil uniformes com um gasto de R$ 6 milhões. O vereador ainda acusou a prefeitura de não distribuir o kit a todos os alunos da rede municipal, o que será investigado na CEI.

O autor do requerimento ainda rechaçou as acusações de que a CEI da Educação tenha motivações eleitoreiras por causa do pleito municipal em outubro. “Se fosse em 2009, 2010 ou 2011, eu pediria a abertura da CEI”, rebateu Alves.

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