ES – Pescadores denunciam despejo de veneno no rio Riacho pela Evonik Degussa

Flavia Bernardes

Os pescadores artesanais da Barra do Riacho estão solicitando maior fiscalização do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEma) na região. Segundo eles, desde a instalação da empresa Evonik Degussa, nota-se na região a diminuição de peixes, siris e até caranguejo no manguezal da região. A empresa é produtora de uma substância tóxica chamada peróxido de hidrogênio.

Neste contexto, os pescadores cobram que o esgoto não seja mais despejado no rio para evitar a degradação que já vem ocorrendo na região. A informação é que a empresa tem licença do Iema para despejar seus efluentes líquidos no rio, porém, isso vem sendo feito indiscriminadamente.

“A atividade da empresa exterminou por completo a fauna e hoje não se encontram mais peixes e siris. O manguezal está sem caranguejo e até um caranguejinho de puã grande, muito abundante nas margens dos rios, e os aratus sumiram totalmente. Em outra época os pescadores e moradores tinham este rio como fonte complementar de alimentos e lazer para a sua família”, diz o documento protocolado no Iema pela Associação de Pescadores Artesanais da Barra do Riacho (ASPEBR).

Eles alertaram que um rio sem poluição é local de desova de peixes nobres como robalo. Camarões, siris e mariscos, segundo os pescadores, são uma fonte inesgotável de nutrientes que servem de alimentos para os filhotes de peixes do mar.

“Não admitiremos que em pleno século XXI seja autorizado pelas autoridades responsáveis jogar esgoto em um rio, inclusive, por se tratar de uma fabrica de peróxido de hidrogênio, que é tóxico”, disse Sebastião Vicente Buteri, presidente da ASPEBR.

Os pescadores cobram que a empresa também seja responsável pela despoluição do rio e o repovoamento da fauna prejudicada com a poluição.

No Brasil, a Evonik atua desde 1953 na área química, possui sede administrativa na capital paulista e duas fábricas: peróxido de hidrogênio, em Barra do Riacho, em Aracruz (ES) e catalisadores químicos, em Americana (SP). Mantém ainda o centro técnico de poliuretanos e o laboratório de colorantes, em Americana, e o laboratório de nutrição animal em Guarulhos. Além disso, conta com três centros de distribuição situados em Cascavel (PR), Guarulhos (SP) e Itajaí (SC).

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