Unaids aborda racismo no enfrentamento da Aids

A Ministra da Seppir, Luiza Bairros, participou da reunião

Tema foi debatido em reunião que teve como desdobramento a formulação de um plano de enfrentamento à Aids e ao racismo a ser realizado conjuntamente por instituições parceiras e a sociedade civil

Aids e racismo. O tema será foco de um seminário que o GT Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS) realizará ainda este ano no Brasil. A ação, incorporada ao plano de trabalho integrado do programa, foi proposta durante reunião ampliada do GT Unaids, realizada em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Proposto para o biênio 2012/2013, o plano prevê a aplicação de US$ 3.254.000, provenientes de orçamentos das agências do Sistema ONU Brasil e de instituições parceiras.

Além do seminário, o plano apresentado pelo representante do GT Unaids, Pedro Chequer, propõe ações focadas no diagnóstico precoce, na violência de gênero e na redução da transmissão vertical. Segundo o gestor, entre as estratégias baseadas na resposta comunitária, o plano prevê a implantação de projeto piloto em comunidades baianas e no Quilombo Kalunga, no sertão de Goiás, visando a redução da vulnerabilidade desses grupos sociais. Em parceria com o Departamento de Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde (MS), a perspectiva é implantar a agenda nos municípios brasileiros.

A reunião no dia 10 de janeiro contou com a participação da Ministra da Seppir, Luiza Barrios, e de representantes da ONU, agências bilaterais de cooperação, setores de governo e sociedade civil.

Outro encaminhamento da 1ª reunião foi a formulação de um plano de enfrentamento à Aids e ao racismo a ser realizado conjuntamente pelo Ministério da Saúde, Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais e  outros setores governamentais e da sociedade civil, em parceria com o Sistema ONU. A idéia é que o plano vise à construção de estratégias e ações afirmativas de inclusão social para a redução de vulnerabilidades, estigmas e discriminações da população negra no país, que estão entre os fatores que limitam seu acesso aos serviços de saúde e outros.

O plano está sendo elaborado com participação da sociedade civil através da Rede Lai Lai Apejo – População Negra e Aids. Segundo a representante da entidade, Verônica Lourenço, entre as ações propostas estão a realização de um seminário sobre Aids e racismo e de uma oficina para elaboração de peças de comunicação sobre o tema. Lai Lai Apejo, que em iorubá significa “encontro para sempre”, tem como objetivo articular e fortalecer as organizações que integram a rede para o enfrentamento da epidemia de DST/Aids.

O encontro teve também uma apresentação do professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Paixão, que também é coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser). Paixão falou sobre Desigualdades de cor ou raça no acesso ao sistema de saúde e nos indicadores de morbimortalidade por Aids: uma abordagem a partir do Relatório das Desigualdades Raciais, documento que sistematiza e reflete sobre os avanços e recuos da equidade de cor ou raça e gênero no Brasil.

http://www.seppir.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2012/01/unaids-aborda-racismo-no-enfrentamento-da-aids

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