Dona de restaurante nega racismo envolvendo criança em São Paulo

Segundo sócia, gerente ficará afastado enquanto caso é investigado

A dona do restaurante em São Paulo acusado de racismo ao retirar uma criança negra do local, enquanto os pais estavam pegando comida, negou racismo. Camila Pereira, sócia do estabelecimento, ainda afirmou que o gerente foi afastado como medida preventiva enquanto a situação é investigada. Ela, no entanto, acredita na inocência do profissional: “A criança não estava sentada. Estava no salão, onde é perigoso para crianças, por conta dos rechôs. Não teve isso de pegar pelo braço nunca”.

O garoto, de seis anos, foi expulso do restaurante, que fica na rua Abílio Soares, bairro Vila Mariana, na zona sul da capital paulista, na tarde de sexta-feira (29). A mãe adotiva dele, uma espanhola de 42 anos, contou à polícia que deixou o menino sozinho na mesa enquanto foi buscar comida e, quando voltou, ele não estava mais. Outros clientes contaram a ela que seu filho foi retirado do local pelo gerente.

Depois de encontrar o menino sozinho na rua, chorando, a mulher foi para a casa de parentes e voltou para questionar o que havia acontecido. De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 36º Distrito Policial, os funcionários negaram, à princípio, a expulsão, mas depois o gerente explicou que, como era dia de feira, muitas crianças vão ao restaurante pedir comida.

O menino, que é etíope e não fala português, não respondeu e o gerente o colocou para fora.

O boletim de ocorrência foi registrado inicialmente como constrangimento ilegal. De acordo com o delegado Márcio de Castro Nilsson, um inquérito foi aberto para investigar se o menino foi vítima de discriminação em razão de cor ou raça.

http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/dona-de-restaurante-nega-racismo-envolvendo-crianca-em-sao-paulo-20120104.html

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