Dia triste para todos familiares de mortos e desaparecidos sob as ordens do ex-comandante do DOI-Codi. E para os que sobreviveram às torturas. Porque Ustra morreu num hospital e não na prisão
Por Tatiana Merlino, Ponte Jornalismo
Hoje é um dia triste. Morreu, nesta quinta-feira, (15/10), aos 83 anos, Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi, um dos maiores centros de tortura da ditadura civil-militar. Viveu 60 anos a mais do que meu tio, Luiz Eduardo da Rocha Merlino, a quem ele impediu de seguir sua vida ao comandar as intermináveis sessões de tortura que o levaram à morte, em 19 de julho de 1971. Ustra morreu de “morte morrida” e não de “morte matada”, como suas vítimas. (mais…)