Construção de barragem ameaça sítio arqueológico no Agreste da Paraíba

Imagem: G1 PB
Imagem: G1 PB

Pedra com inscrições rupestres pode ser submersa pelo reservatório. Obras de construção da barragem do Japi, em Cuité, estão paralisadas.

Do G1 PB com TV Paraíba

A construção de uma barragem na cidade de Cuité, no Agreste paraibano, está dividindo a opinião dos moradores do município, é que a obra para remediar os efeitos da estiagem pode resultar na destruição de inscrições rupestres em um sítio arqueológico. A pedra com as inscrições, era desconhecida até o início das obras, e com o achado, a construção da barragem do Japi está paralisada.

A ‘Pedra da Letra’ se destaca em meio a vegetação seca pela sua riqueza histórica, nela existem inscrições rupestres feitas pelos povos antigos há milhares de anos. Mas a construção da barragem na área do sítio arqueológico pode fazer toda essa riqueza desaparecer, pois a pedra com as inscrições ficará submersa quando o reservatório estiver cheio. (mais…)

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“Estamos hartos, decimos basta ya”

Miles de personas marchan por las calles del Distrito Federal / SAÚL RUIZ
Miles de personas marchan por las calles del Distrito Federal / SAÚL RUIZ

Decenas de miles de mexicanos exigen a Peña Nieto que ponga coto a violencia tras la tragedia de Iguala

Jan Martínez Ahrens, El País

Era ya de noche en el Zócalo cuando un inmenso clamor recorrió la plaza por la que México ha visto pasar su historia. Al enfurecido grito de “¡vivos se los llevaron, vivos los queremos!”, decenas de miles de personas unieron sus voces y también su dolor por la tragedia de los 43 normalistas. La petición de un retorno en el que ya casi nadie confía, con su mezcla de absurdo y esperanza, mostró en toda su crudeza el profundo malestar que embarga al país y que ha derivado en la mayor ola de protestas en años. Un sentimiento de insatisfacción y hartazgo contra la violencia que, desde la noche del 26 de septiembre en que los estudiantes de magisterio desaparecieron en Iguala (Guerrero), ha ido en aumento y que el jueves, justo coincidiendo con el aniversario de la Revolución Mexicana, alcanzó su cénit en el corazón de la Ciudad de México.

Convocados por los alumnos de la UNAM, la mayor universidad de Latinoamérica y alma histórica de la agitación en la capital, la multitud paralizó durante horas el centro de la megalópolis. La espina dorsal de la protesta, en contra de lo esperado, no la formaron los padres y compañeros de los normalistas, sino una multitud variopinta y transversal de ciudadanos movidos por la indignación. Divididos en tres columnas, salieron a media tarde de tres puntos cardinales de la ciudad: la Plaza de las Tres Culturas en Tlatelolco, el Ángel de la Independencia y el Monumento a la Revolución. En su avance fueron sumando miles de seguidores. La diversidad era enorme. A diferencia de manifestaciones anteriores, esta no solo atrajo a mucha más gente, sino también amplió el elenco social. Familias, ancianos, hipsters, intelectuales, profesionales… se sumaron a los estudiantes y activistas que hasta hace poco formaban el núcleo duro de la protesta. (mais…)

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Ypo’i: “Estamos aqui em homenagem aos cinco anos de passagem dos assassinatos de Rolindo e Jenivaldo Vera”

Crianças indígenas da comunidade Ypo'i
Crianças indígenas da comunidade Ypo’i

Tekoha Ypo’i – Guarani e Kaiowá

“Estamos nessa homenagem muito tristes de lembrar o que aconteceu no nosso tekoha, lembrar do que aconteceu é viver de novo o que aconteceu. É importante lembrar que, mesmo passados cinco anos dos assassinatos dos nossos dois professores guaranis dentro da nossa Tekoha Ypo’i, nenhum responsável foi punido”, escreve em carta a comunidade depois de encontro, no Mato Grosso do Sul, que lembrou os cinco dos assassinatos impunes dos professores Rolindo e Jenivaldo Vera.

Os Guarani e Kaiowá cobram ainda a demarcação de terras, lembram do assassinato de Marinalva Manoel e denunciam mais um caso de discriminação e racismo no município de Paranhos. A vítima foi o cacique Ilson Soares, do tekoha Y’Hovy, oeste do Paraná. Leia na íntegra:

***

Direcionado aos órgãos CNJ, FUNAI, SDH, MPF, STF, AGU, Casa Civil e 6ª Câmara:

Nós da comunidade Ypo’i, nhanderu e lideranças, junto com outras várias comunidades, Potrero Guasu, Pirajuí, Paraguasu, Arroio Korá e Tekoha Y´Hovy do Paraná, reunidos nos dias 30, 31 de outubro e 1º de novembro no Tekoha Ypo’i, no estado do Mato Grosso do Sul, estamos aqui em homenagem aos cinco anos de passagem dos assassinatos dos 2 professores guaranis, Rolindo Vera e Jenivaldo Vera, que morreram em função da luta pela nossa terra. Estamos nessa homenagem muito tristes de lembrar o que aconteceu no nosso tekoha, lembrar do que aconteceu é viver de novo o que aconteceu. É importante lembrar que, mesmo passados cinco anos dos assassinatos dos nossos dois professores guaranis dentro da nossa Tekoha Ypo’i, nenhum responsável foi punido. Mas sabemos que aqueles que continuam a nos ameaçar são também aqueles que não querem que nos continuemos no nosso tekoha e, por isso, eles já mostraram e continuam a mostrar que estão dispostos a fazer qualquer coisa para nos tirar da nossa terra. Mas nós guaranis, não vamos sair da nossa terra porque essa terra é nossa, nossos pais, avós já moravam aqui há muitos anos, e nos pediram para voltar para nosso lugar, e já perdemos muitas lideranças, por isso já é mais um motivo para continuar resistindo. Porque a terra não é dos fazendeiros, a terra pertence aos Guarani. (mais…)

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O racismo começa onde acaba a cultura?

Paz, 'The Zionist Series',de Mario Macilau (Maputo)
Paz, ‘The Zionist Series’, de Mario Macilau (Maputo)

por Mamadou Ba – Buala

De todas as antigas potências coloniais, Portugal continua a ser um dos países colonialistas onde o debate sobre o racismo é ainda dos menos clarificadores, porque está instalado numa quimera histórica em que o luso-tropicalismo, também construído na base de um embuste histórico, segundo o qual o colonialismo português teria sido, em comparação com as restantes violações coloniais, o mais generoso e menos violento. Esta premissa assente numa falácia histórica, minada por um misto de hipocrisia e cinismo políticos, vai ganhando sedimentação ideológica e dificultando um debate sério e frontal sobre o racismo. Em Portugal, o racismo e a sua negação são estruturais no confronto ideológico sobre o lugar da diferença numa sociedade potencial e estruturalmente racista, porque estrutural e historicamente coloniais.

Na presente edição da agenda 2015 do SOS pretende discutir a diversidade e pluralidade de eixos temáticos, não apenas para analisar a cultura do racismo, mas também e sobretudo, como o racismo cultural se socorre de outros instrumentos teóricos e políticos para ganhar legitimidade social e política.

Da convicção que o racismo não é nem fatalidade nem característica natural imutável contra a qual nada se pode fazer, parte o nosso compromisso de o combater em todas as suas formas de expressão. (mais…)

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Ebook sobre projeto de uso compartilhado do ambiente Marinho tem apoio da CPRM

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por Serviço Geológico do Brasil (CPRM)

A Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), com o apoio do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e patrocínio da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), lançaram o ebook Legislação Federal – Uso compartilhado do ambiente Marinho, organizado pela coordenadora executiva do Departamento de Geologia da CPRM (DEGEO), Dra. Claudia Maria Rezende de Souza.

O livro é uma compilação da legislação federal brasileira sobre matérias que envolvem a zona costeira e os oceanos. O primeiro capítulo do ebook, intitulado Parte Geral, apresenta artigos da Constituição Federal e a relação das leis, decretos e tratados internacionais ratificados e promulgados pelo Brasil, sobre as matérias comuns aos demais capítulos e outras que não contam com capítulos próprios, todos com seus respectivos links de acesso. Os capítulos seguintes trazem as ementas, com seus respectivos links, das leis, dos tratados e decretos em vigor sobre: defesa nacional, respostas às emergências e segurança da navegação; biodiversidade marinha e costeira; biotecnologia marinha; propriedade intelectual; pesca e aquicultura; petróleo, gás e energias renováveis; e prospecção e exploração mineral costeira. (mais…)

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Goiás: Um Massacre Anunciado

MSTCedac

A 100 km de todos os poderes máximos do Brasil, no município de Corumbá na próxima segunda feira, dia 24 de novembro de 2014, poderá ocorrer o maior confronto entre 3.000 famílias trabalhadores rurais sem terra e 5 mil policiais militares do estado de Goiás que estão sendo deslocados para a execução do despejo. O MST fez a ocupação da Fazenda Santa Mônica no dia 31 de agosto de 2014, cujo proprietário é do Senador Eunício de Oliveira. Que foi o Candidato mais rico do Brasil e concorreu a governador do Estado do Ceará.   Conforme sua declaração à justiça eleitoral ele é proprietário de 88 fazendas na região.

A sociedade clama por justiça, é inconcebível que as autoridades permitam novamente que se repita o massacre ocorrido na desocupação do Parque Oeste Industrial, em 2005, onde houve um confronto entre 1500 famílias e dois mil policiais. Imaginem as proporções que podem alcançar uma ação com Cinco mil policiais armados até os dentes para despejar três mil famílias que ocupam a área e reivindicam a desapropriação pela falta de cumprimento de sua função social.

Não podemos permitir que a defesa da propriedade seja maior que as vidas que poderão ser perdidas.  Alertamos sobre a responsabilidade do estado para com as famílias que vivem esta situação de insegurança ocasionada pela falta de uma ampla reforma agrária no estado, até mesmo, com risco de mortes. Assim, pedimos formalmente que as autoridades estaduais e federais se solidarizem no pedido de garantia de vida destas 3mil famílias.

O Cedac – Centro de Desenvolvimento de Agroecológico do Cerrado vem a público manifestar o seu repúdio e indignação contra esse ato de barbárie. E o apoio incondicional aos sem terra na sua luta por terra, território e vida digna.

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Brasil eleva emissões sem aumentar riqueza, diz Observatório do Clima

A economia brasileira, praticamente estagnada, está crescendo pouco mas emitindo muitos gases-estufa. O motivo é o aumento nas taxas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado, além do uso maior de combustíveis fósseis na matriz energética. As emissões brasileiras de gases-estufa aumentaram 7,8% em 2013 em relação ao ano anterior e bateram em 1,5 bilhão de toneladas de CO2. É a primeira vez que aumentam desde 2008

Daniela Chiaretti – Valor

Esses dados fazem parte das estimativas anuais de emissões do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima. O SEEG é uma ferramenta desenvolvida em 2013 para calcular anualmente as emissões brasileiras e identificar sua origem. O Observatório do Clima, por sua vez, é uma rede de entidades da sociedade civil que estuda a mudança do clima no seu contexto brasileiro.

Embora desaquecida, a economia brasileira ficou menos eficiente em relação às emissões de gases de efeito estufa – está mais “carbonizada”, como se diz no jargão. Em uma conta estimada feita por Tasso Azevedo, coordenador técnico do SEEG, produzir na economia de baixo carbono seria conseguir R$ 40 mil por tonelada de CO2. “Estamos bem longe de termos uma economia de baixo carbono”, disse ele no seminário em que se divulgaram as novas estimativas.

A relação das emissões brasileiras de gases-estufa com o PIB era de R$ 3.251 em 2012 e passou a R$ 3.090 em 2013. Dito de outra forma, o dado demonstra que se criou menos riqueza emitindo-se mais.

“O aumento nas emissões não é nada desprezível. Todos os setores da economia emitiram mais em 2013”, diz Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. Segundo ele, o aumento de 2013 representa uma reversão na tendência de queda que acontecia desde 2005, puxada pela redução nas taxas anuais de desmatamento. Em 2012, as emissões brasileiras chegaram a seu menor valor, com 1.454 milhão de toneladas de CO2 equivalente (medida que equipara os outros gases estufa ao CO2). O dado exato de 2013 é 1.568 milhão de toneladas. (mais…)

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Professores evangélicos são entrave a ensino de cultura afro, diz pesquisadora

Professora da UFBA aponta que falta de formação e religião atrapalham ensino de cultura afro-brasileira nas escolas

Por iG São Paulo*

Publicada em janeiro de 2003, a lei 10.639 tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas brasileiras. Apesar de ver avanços, a pesquisadora Ana Célia da Silva, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), diz que a atuação de professores evangélicos é um entrave para a realização da lei.

Em entrevista ao Portal EBC, a professora apontou a religião e a falta de formação dos professores como principais problemas para que o ensino do tema avance.

“O desafio maior hoje é a atuação das igrejas evangélicas através dos professores evangélicos que, em sua grande maioria, demonizam tudo em relação a história e cultura afro-brasileira. Porque a história e cultura afro-brasileira parte da religiosidade, da cultura, e eles acham que tudo é demônio”, disse.

De acordo com ela, “uma pesquisa feita por uma aluna aqui de Salvador mostrou que os professores recebem os livros do MEC e escondem da diretora para não levar para a sala quando tem uso do demônio, como eles chamam”. (mais…)

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Binaridades não ajudam a entender as relações sociais manifestadas nas eleições. Entrevista especial com Berenice Bento

Foto: ensaiosdegenero.wordpress.com
Foto: ensaiosdegenero.wordpress.com

“Agora que o debate sobre democracia e justiça social apareceu com cores um pouco mais fortes, se fala em divisão. O que era democrático, agora aparece como negativado”, critica a socióloga

IHU On-Line – “Precisamos de um pouco mais de tempo para entender realmente o que está acontecendo”, diz Berenice Bento à IHU On-Line ao comentar o resultado das eleições após uma série de manifestações que ocorreram no país desde Junho de 2013. Para ela, as tentativas de explicar o resultado das eleições, as disputas políticas e as manifestações através de “binaridades não nos ajudam a compreender as dinâmicas das relações sociais”.

Na entrevista a seguir, concedida por telefone, Berenice Bento comenta as “reações de ódio” aos nordestinos após a reeleição de Dilma e lembra que “o preconceito aos nordestinos não é algo inventado nestas eleições. Em São Paulo, falar que alguém fez uma ‘baianada’ é o mesmo que qualificá-lo como portador de pouca inteligência. No Rio de Janeiro, o ‘baiano’ é transmutado em ‘paraíba’. Então, a desqualificação das pessoas, tomando como referência a região, é algo recorrente”.

Contudo, a reação durante as eleições é explicada pela socióloga como um preconceito contra o ex-presidente Lula. “O Partido dos Trabalhadores tem como grande líder um nordestino, de origem pobre, com pouco estudo e que não se envergonha de falar disso, que não fez concessão à elite intelectual, no sentido de performatizar um conhecimento acadêmico que não tem. (…) O ódio ao nordestino, nesse contexto, tem outro texto: O ódio de classe que encontra no PT e no Lula a materialização de um medo profundo de perder os privilégios seculares baseados na exploração da força de trabalho”, afirma.

Berenice enfatiza ainda que é sem sentido identificar o voto à Dilma com pessoas sem formação. “Quase 100% dos reitores das universidades votaram pela reeleição da Dilma (e não apenas os reitores das universidades nordestinas), a elite intelectual do Brasil, a que faz pesquisa, que produz, que coloca o Brasil nos periódicos científicos nacionais e internacionais e que participa de eventos, não vou dizer 100% porque seria um absurdo da minha parte, mas a grande maioria votou no PT. Por que isso? Porque obviamente é um voto de interesse. Parte importante da classe média alta, como, por exemplo, muitos professores de universidade com salários na faixa dos 10 mil a 15 mil reais, votou na Dilma. Portanto, aqui há outro erro em identificar a classe média brasileira como eleitora do PSDB. Parte considerável desta classe votou no PT.” (mais…)

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Chile: Carabineros dejan inconsciente a menor mapuche

Juan Huentecol, menor mapuche golpeado por los carabineros   (Imagen: Lof Wentekol La Alta Frontera)
Juan Huentecol, menor mapuche golpeado por los carabineros (Imagen: Lof Wentekol La Alta Frontera)

Servindi – Un menor de edad mapuche de la comunidad Mallekoche, en la provincia de Malleko, región de la Araucanía, fue brutalmente agredido por la policía tras ser detenido en una protesta al interior de un fundo contra una empresa que afecta recintos ceremoniales indígenas.

Así lo denunció un comunicado emitido hoy por la citada comunidad que describe lo ocurrido el martes 18 de noviembre, cuando tres de sus miembros fueron al fundo El Fiscal a exigir a la empresa Serviterra que detenga “el grave daño y deterioro irreparable” a un cementerio mapuche antiguo y al río Malleko.

Dicha delegación lo conformaba el líder Mirko Collio, junto a Fabiola Llanca y el menor Juan Huentecol, de catorce años de edad. (mais…)

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