Uma em cada três mulheres é vítima de violência no mundo, mostra OMS

Uma em cada três mulheres no mundo é víima de abusos físicos Arquivo/Agência Brasil
Uma em cada três mulheres no mundo é víima de abusos físicos Arquivo/Agência Brasil

Da Agência Lusa

Uma em cada três mulheres é vítima de abusos físicos em todo o mundo, indica uma série de estudos divulgados hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre 100 milhões e 140 milhões de mulheres são vítimas de mutilação genital e cerca de 70 milhões se casam antes dos 18 anos, frequentemente contra a sua vontade.

Os dados indicam que 7% das mulheres correm o risco de sofrer violência em algum momento das suas vidas. (mais…)

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Para muita gente, basta saber que a outra pessoa é negra, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Aproveito o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quinta (20), para trazer um texto que já havia publicado aqui. Pois há amigos que nunca foram parados em uma blitz policial e continuam a estranhar os depoimentos dos que foram.

Normalmente, são brancos, caucasianos, bem vestidos, jeito de bom moço ou moça, com todos os dentes ou próteses bem feitas, dirigindo veículos que estão nos comerciais bonitos de TV. Aqueles anúncios com o relevo e a fauna características de nosso país, como montanhas nevadas e cervos.

Um deles, por exemplo, me explicou que pilota uma moto há tempos sem habilitação. “A polícia não para de jeito nenhum.” Enquadra-se perfeitamente na categoria acima descrita. Recentemente, um róseo conhecido foi parado em uma batida. Ficou transtornado. “Como se atrevem? Acham que sou um qualquer?”

Por outro lado, há aqueles que cansaram de cair na malha fina da polícia. Quase sempre, negros ou pardos.

De tanto ser parado, um colega negro já encara como hábito. Perguntei se isso não o revoltava. Explicou, com um certo cansaço, que, desde moleque, era sempre a mesma coisa. Então, se acostumou. Já chegou a cair em duas batidas na mesma noite. Procuravam um meliante.

Pesquisa do Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos da Universidade Federal de São Carlos, lançada neste ano, apontou que a mortalidade de negros devido à violência policial é três vezes maior que a de brancos no Estado de São Paulo – apesar dos negros serem minoria. (mais…)

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Mais de metade dos quilombolas adultos passam fome, mostra estudo

296x404x150.jpg.pagespeed.ic.8e1Rn7ZaYzAndreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Mais da metade (55,6%) dos adultos quilombolas estão em situação de insegurança alimentar no Brasil. Os dados estão no estudo Quilombos do Brasil: Segurança Alimentar e Nutricional em Territórios Titulados, lançado ontem (20) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). A publicação apresenta a pesquisa sobre a situação alimentar e nutricional em comunidades quilombolas e o acesso delas a serviços e programas governamentais, além do perfil socioeconômico das famílias e comunidades.

Entre crianças e adolescentes, 41,1% da população estudada estão na mesma situação de insegurança alimentar. Quando analisada por regiões, a maior taxa é encontrada no Baixo Amazonas (79,1%), e a menor em comunidades do Semiárido (15,9%). O estudo também engloba o nordeste paraense, com 43% das crianças vulneráveis, o norte maranhense (45,7%), o norte Semiárido (31,7%) e o Centro-Sul (18%).

“O quadro vivenciado pelo Baixo Amazonas é gravíssimo quando se constata que a cada cinco residências, quatro têm crianças com carência alimentar – fome. As regiões nordeste paraense, norte maranhense e norte Semiárido têm frequências elevadas, e no Semiárido e Centro-Sul os valores são expressivamente mais baixos, porém observa-se a existência dessa situação”, diz o estudo.

A coleta em campo foi realizada em 2011, em 55 municípios de 14 estados. Foram visitados 97 territórios quilombolas, nos quais vivem 40.555 pessoas, em 9.191 domicílios distribuídos em 169 comunidades. O levantamento leva em conta as comunidades que receberam o título de posse coletiva da terra, entre 1995 e 2009, e também apresenta dados sobre o estado nutricional das crianças menores de 5 anos. (mais…)

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Pará lança sistema de combate ao desmatamento para grilagem de terras públicas

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Por Andreia Verdélio, da Agência Brasil

O governo do Pará publica, desde ontem (20), a Lista do Desmatamento Ilegal (LDI) no estado, com base em imagens de satélite e autuações de fiscalizações estaduais e municipais. A grilagem de terras públicas é a principal causa de desmatamento ilegal no Pará e o novo sistema poderá embargar essas áreas e impedir acesso a crédito, licenças e autorizações por órgãos públicos.

O coordenador do Programa Municípios Verdes, Justiniano Netto, informa que a LDI começa com cerca de 200 áreas irregulares identificadas por imagens de satélite e já embargadas. Elas têm, em média, 300 hectares, e pelo tamanho, há a suspeita de que foram desmatadas para a prática de grilagem.

“Essa é a nossa inovação, a aplicação de embargo também em locais sem Cadastro Ambiental Rural. Temos áreas desmatadas no Pará que não se sabe quem é o responsável, quando a fiscalização chega já não tem mais ninguém. Agora, quando o responsável for tentar legalizar a propriedade perante qualquer órgão público, ele não vai conseguir, porque o embargo é sobre a área, a imagem de satélite, e não só sobre o proprietário”, disse Netto. (mais…)

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USP: as origens do impasse e uma possível saída

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Reacesa esta semana, com divulgação geral dos salários, crise da universidade está ligada a esforço para manter elitismo, quando sociedade exige democratização

Por Ana Castro, do Retrato do Brasil, parceiro editorial de Outras Palavras

Neste ano, a Universidade de São Paulo (USP) completa 80 anos. A merecida comemoração da maior universidade brasileira, entretanto, tem ficado em segundo plano frente à crise que enfrenta ao menos desde maio, quando uma greve de professores, funcionários e alunos parou parte de seus cursos e a colocou diariamente nas páginas dos jornais, questionando a sua própria razão de ser. Se o encerramento da greve, em fins de setembro, resolveu questões mais imediatas, há temas e decisões ainda no ar que refletem o embate de divergentes pontos de vista a respeito do presente e do futuro da USP.

A história dessa crise mais recente começa em janeiro passado, quando Marco Antonio Zago tornou-se reitor da USP contando com forte adesão da comunidade acadêmica. Mais votado pelo Conselho Universitário, com 49% das indicações, e preferido pela comunidade uspiana, segundo consulta interna, Zago, oriundo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, foi o primeiro colocado da lista tríplice enviada a Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, encarregado de nomear os reitores das universidades estaduais. Em sua campanha, Zago preconizou o diálogo interno, convidando “professores, servidores e estudantes” a reconstruir, junto com a reitoria, “relações civilizadas, que implicam diálogo, confronto de ideias, discordância, pressões legítimas, mas jamais discórdia e recurso à força física; respeito àqueles que discordam de nós, capacidade de reformular nossas propostas, de ceder, de convencer”. Sua candidatura parecia se contrapor à gestão anterior, de João Grandino Rodas (da qual Zago fez parte), acusada de autoritarismo, centralização e privatismo. (mais…)

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SEPPIR e PNUD lançam edital para a realização de Mapeamento dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana do Rio de Janeiro

A publicação está disponível desde ontem (20), Dia Nacional da Consciência Negra, no endereço eletrônico http://www.undp.org.br/licitacoes/ListarAvisos.aspx. O prazo para as instituições interessadas se inscreverem vai até às 17h do dia 22/12

SEPPIR

Foi publicado ontem (20), Dia Nacional da Consciência Negra, edital que visa selecionar entidades interessadas na realização de “Mapeamento Socioeconômico e Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana em 11 Municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – RJ”. As organizações têm até às 17h do dia 22 de dezembro de 2014 para se inscrever.

As propostas deverão ser enviadas em envelopes lacrados para o endereço “Setor de Embaixadas Norte (SEN) – Quadra 802 – Conjunto C – Lote 17 / Brasília, DF / CEP: 70800-400”, aos cuidados da Unidade de Compras e Contratos.

Confira o Edital. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (61) 3038-9300, telefax (61) 3038-9010, ou e-mail [email protected] .

Além da capital fluminense, serão contemplados os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Maricá, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, São Gonçalo, São João de Meriti, Japeri e Mesquita. (mais…)

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Aty Guasu encaminha carta aberta com decisão e reivindicações à Presidenta da República do Brasil

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Na Assembleia Geral em tekoha Guaiviry onde foi assassinado cacique Nisio Gomes, 3 anos cadáver ocultado, diante disso mais de 300 lideranças, representando 20.000 mil Guarani e Kaiowa relembram da luta do cacique Nisio e declaram e amplificam apoio à resistência Guarani e Kaiowa. “Custem o que custar vamos recuperar as nossas terras ancestrais, se for preciso morrer todos para recuperar as nossas terras, vamos resistir até morte” declaram e solicitam diálogo com Presidenta da República. Lideranças do Aty Guasu solicitam apoio solidário de todos(as), apoiem a nossa luta e resistência, tudo pela vidas mais dignas da nova geração Guarani Kaiowa. Segue o resumo de decisão e reivindicações na carta do Aty Guasu.

Aty Guasu

Tekoha Guaiviry-Aral Moreira-MS, 19 de novembro de 2014.
De: lideranças do Aty Guasu, Grande Assembleia do povo Kaiowa e Guarani
Para: Presidenta da República do Brasil, Excelentíssima Dilma Rousseff, Ministro da Justiça, Procurador Geral do Ministério Publico Federal/MPF, Presidente do Supremo Tribunal Federal/STF.
Assunto: Decisão do Aty Guasu e a solicitação de audiência com Presidenta da República do Brasil Dilma Rousseff

No dia 18 de novembro de 2014, completam 3 anos de assassinato de cacique Nisio Gomes. O cadáver de Nisio foi ocultado pelos fazendeiros, e demarcação está paralisada pelo Governo e Justiça Federal. Por essa razão, entre os dias 17 e 19 nós trezentos lideranças de Aty Guasu, representando mais de 20.000 mil povo Guarani e Kaiowa reunimos no tekoha Guaiviry para confraternização histórica, relembramos a luta de várias lideranças assassinadas pelos fazendeiros nos últimos 12 anos na luta pela recuperação das terras ancestrais, destacando cacique Nisio Gomes, líder Marco Veron, Rolindo Vera, prof. Genivaldo Vera, Dorival Benites, Dorvalino Rocha, Eduardo Pires, Rosalino Solano Lopes, entre outras. (mais…)

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