Por Maurício Thuswohl
Rio de Janeiro – A polêmica que cerca a presença da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) às margens da Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, voltou a ganhar força nos últimos dias. Com menos de um ano de operação – sua primeira chapa de aço foi produzida no dia 7 de setembro de 2010 – o empreendimento liderado pela empresa alemã ThyssenKrupp já acumula duas multas (R$ 1,8 milhão e R$ 2,8 milhões) impostas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Por duas vezes, as falhas de operação da CSA ao descartar o ferro-gusa em poços de emergência provocaram o vazamento de uma fuligem branca que cobriu casas e carros em diversas localidades da Zona Oeste do Rio e provocou alergias e doenças respiratórias em dezenas de moradores.
O problema de saúde pública, aliado ao impacto que a siderúrgica vem causando na atividade pesqueira da baía desde o início de sua construção, em 2007, faz com que a presença da CSA na região seja motivo de constante tensão social. Ciente dessa realidade, o governo estadual, além das multas, impôs à direção da CSA a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sem o qual a licença de operação definitiva da siderúrgica não será concedida pelo Inea. Preocupações quanto ao conteúdo desse TAC e sua aplicação prática, no entanto, têm provocado novas movimentações políticas em torno do tema. (mais…)