Capital, desigualdades e branquidade: Um alfabetário heterodoxo

racismo-mãoracismo-maoPor Nilma Bentes*

É quase certo que conceituar fragmentariamente o capital só reforça o capitalismo que muitas de nós combatemos, porque reforça hierarquias, competição exacerbada, o consumismo, o desemprego/ desocupação, a busca de lucro progressivo e incessante – mesmo que com prejuízos ecológico -, a privatização de bens públicos, em síntese, a valorização do ter e da aparência, à luz de conceitos e ideologias euro-hegemônicos. Em todo caso, pode caber um certo glossário, para estimular reflexões sobre sinergias negativas, ligadas às questões de gênero, raça e condição socioeconômica. Tanto no plano individual quanto no coletivo, destaco os vínculos:

a) Capital afetivo: Aqui, trata-se da questão de orientação sexual, então, a heterossexualidade/heteroafetividade é absolutamente hegemônica e é, portanto, privilegiada; fica a homo e transsexualidade com ‘capital afetivo’ baixo.

b) Capital ambiental: Nas cidades, os que habitam as áreas de melhor infraestrutura urbana detém maior fatia desse tipo de capital e as famílias brancas o concentra – racismo ambiental.

c) Capital ´ascendestista´: A ascendência europeia é de maior capital. Assim, brasileiros/as que têm fenótipo euro-branco e até (apenas) sobrenomes alemães, italianos, ingleses, franceses, holandeses e portugueses têm sido privilegiados . Alguns sobrenomes orientais e indígenas têm um certo capital ´ascencentistas´ . Porém os ´dos Santos´, ´dos Anjos, ´da Silva´, ´da Conceição´ , ´de Souza´ os quais têm baixo ´status´, e alguns, de alguma forma, estão ligados à escravidão negra, têm baixíssimo capital ´ascendentista´. (mais…)

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Para baixar: “Crónicas del estallido. Viaje a los movimientos que cambiaron América Latina”

cronicas del estallido

ABYA YALA

Ya está libre para la descarga el libro Crónicas del estallido. Viaje a los movimientos que cambiaron América Latina, escrito por Emma Gascó y Martín Cúneo, en cuya publicación participaron el periódico Diagonal, el OMAL y la CODPI. Les invitamos a leerlo, difundirlo y compartirlo entre sus contactos.

Hasta finales de los noventa parecía que nadie podría hacer frente a la expansión del neoliberalismo. Pero en América Latina la historia fue otra. Millones de desempleados, trabajadores informales, campesinos y pueblos indígenas, tumbaron gobiernos neoliberales, frenaron privatizaciones, echaron para atrás recortes y leyes antisociales, expulsaron multinacionales y crearon alternativas de vida para millones de personas. Ésta es la historia que cuenta este libro, un libro sobre las victorias de los movimientos sociales en América Latina, una crónica basada en los testimonios de más de doscientos activistas, entrevistados durante un viaje de quince meses, 10.000 kilómetros hacia el norte por la carretera Panamericana, desde Argentina a México. (mais…)

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Participação social, Baader-Meinhof Blues e o despotismo esclarecido na República das Bananas

Abril Indígena. Foto: Valter Campanato, 2013
Abril Indígena. Foto: Valter Campanato, 2013

Por Pedro Pulzatto Peruzzo, em Justificando/União – Campo, Cidade e Floresta

Numa das minhas músicas prediletas da banda Legião Urbana, Baader-Meinhof Blues, o Renato Russo canta: Não estatize meu sentimento. Pra seu governo, o meu estado é independente. Essa ideia de estatizar sentimentos (e tudo o mais) sempre se fez presente em Estados de tradição colonial. Colonizar os sentimentos, dizer o que é bom pro outro, dizer o que é belo, dizer o que é certo e o que é errado é uma mania muito presente no Brasil e, em razão disso, eu gostaria de pensar essa parte da canção que tanto me apetece tendo como pano de fundo o Decreto 8.243/14, que institui a Política Nacional de Participação Social.

As primeiras discussões sobre esse Decreto assumiram uma posição de crítica à proposta de participação social e, pra variar, tiveram grande repercussão, como toda crítica reacionária que os déspotas esclarecidos de plantão costumam fazer contra toda e qualquer proposta que considere a vontade e o gosto do povo pobre, negro, indígena, imigrante, homo/transexual nos espaços de tomadas de decisão sobre o futuro do país. Enfim, esse “outro” que não foi “capaz” de ocupar os restritos espaços de poder sempre acaba sendo considerado como o detentor dos piores costumes. (mais…)

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Em decisão unânime, Conselho da APA de Açucena diz NÃO ao mineroduto da Manabi!

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Movimento Fora Manabi* – No dia 22 de julho de 2014, após cinco reuniões debatendo os impactos ambientais do mineroduto proposto pela Manabi e mediante um amplo debate com a sociedade Açucenense, o Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental (APA) de Açucena tomou uma decisão histórica.

De maneira UNÂNIME, disse NÃO PARA O MINERODUTO da Manabi!

Em mais um mega empreendimento minerário proposto para Minas Gerais, a empresa Manabi pretende cortar 23 municípios dos Estados de Minas Gerais e Espirito Santo para escoar minério de ferro para um Porto que pretende construir em Linhares (ES). (mais…)

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Luta Guarani!

Registro do ato “O Jaraguá é Guarani!”

Coletivo ReVira-Lata – As aldeias Guarani da cidade de São Paulo sofrem com o descaso do poder público. Enquanto aguardam a assinatura do ministro da Justiça, os Guarani foram as ruas para protestar contra a ameaça de serem retirados de sua terra no Jaraguá.

Para saber mais, entre na página da Comissão Guarani Yvyrupa.

Coletivo ReVira-Lata es el resultado de los esfuerzos colectivos de cineastas independientes que se unieron para producir documentales y registros periodísticos sobre cuestiones importantes que no se hablan en los grandes medios de comunicación comerciales.

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CIDH publica informe “Pueblos indígenas en aislamiento voluntario y contacto inicial en las Américas”

Organización de los Estados Americanos

Washington, D.C. – La Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) publicó hoy el informe “Pueblos indígenas en aislamiento voluntario y contacto inicial en las Américas”, que aborda la situación de los pueblos que no fueron colonizados y que no tienen relaciones permanentes con las sociedades nacionales prevalecientes en la actualidad. Muchos de estos pueblos han desaparecido, y los pocos que sobreviven hoy se encuentran en una situación única de vulnerabilidad, ya que no pueden abogar por sus propios derechos. Adicionalmente, hay una demanda alta y creciente en forma permanente de los recursos naturales que se encuentran en sus territorios, tales como maderas, hidrocarburos, combustibles fósiles, minerales y recursos hídricos. Esta demanda genera incursiones de personas no indígenas en sus territorios, que ponen en riesgo su existencia. Si no logramos asegurar su protección contra estas incursiones, enfrentamos el riesgo de ser testigos de la desaparición completa de los pueblos indígenas en aislamiento voluntario y contacto inicial en las Américas.

En el continente americano se sabe de la presencia de pueblos indígenas en situación de aislamiento voluntario o contacto inicial en Bolivia, Brasil, Colombia, Ecuador, Paraguay, Perú y Venezuela. También hay indicios de su presencia en Guyana y Surinam, en las zonas fronterizas con Brasil. Los Estados de la región han reconocido, en diferentes términos y con diferentes niveles de protección, más de 9 millones de hectáreas a favor de pueblos indígenas en aislamiento voluntario o contacto inicial. A pesar de estas protecciones jurídicas, en la práctica las prohibiciones de acceso a estas áreas no siempre son respetadas, ni se realizan acciones para hacerlas cumplir. Esto permite contactos directos e indirectos que derivan en violaciones al derecho a la vida e integridad de estos pueblos, lo cual a su vez genera el riesgo de que desaparezcan por completo. Una de las razones para proteger los derechos de los pueblos indígenas en aislamiento voluntario es la diversidad cultural, ya que la pérdida de su cultura es una pérdida para toda la humanidad. (mais…)

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Convocan a Jornadas de Acción Global por la Autodeterminación

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Servindi, 30 de julio, 2014.- Desde Asia el Movimiento de los Pueblos Indígenas por la Libertad y Autodeterminación convoca a emprender una jornada de acción global de los pueblos indígenas por la autodeterminación del 6 al 14 de agosto. Invita a participar con acciones de movilización, capacitación, denuncias, intercambios y participación en las redes sociales.

A continuación el comunicado en español:

Días de Acción Global de los Pueblos Indígenas por la Autodeterminación

– Del 6 al 14 de agosto de 2014.

Las Naciones Unidas declararon al 9 de agosto como Día Internacional de los Pueblos Indígenas en 1994. Ese día, con los anteriores y posteriores, el Movimiento de los Pueblos Indígenas por la Libertad y Autodeterminación (IPMSDL) celebra el Día de Acción Global por la Autodeterminación. (mais…)

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‘Estou sendo ameaçado de morte’, diz líder indígena Davi Kopenawa, em RR

Líder Yanomami Davi Kopenawa diz que sofre ameças de morte e afirma que vai procurar ajuda da Organização das Nações Unidas (Foto: G1 RR)
Líder Yanomami Davi Kopenawa diz que sofre ameças de morte e afirma que vai procurar ajuda da Organização das Nações Unidas (Foto: G1 RR)

Associação indígena protocolou documentos no MPF, PF e Funai. ‘Também vou procurar ajuda na ONU’, afirma líder Yanomami

Emily Costa – Do G1 RR

O líder indígena Davi Kopenawa está sendo ameaçado de morte, conforme um relatório da Hutukara Associação Yanomami (HAY) divulgado nesta segunda-feira (28), em Boa Vista. Segundo o documento, as ameaças são feitas por garimpeiros e fazendeiros e seriam represálias às operações policiais realizadas na Terra Indígena Yanomami. Após a publicação do relatório na página da Hutukara, Kopenawa protocolou documentos no Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e Fundação Nacional do Índio (Funai). (mais…)

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É suspenso o julgamento dos recursos de apelação dos assassinatos do casal José Claudio Ribeiro e Maria do Espirito Santo

José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva
José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva

Ecos de Carajás – A desembargadora Nadja Meda suspendeu o julgamento do recurso de apelação da decisão que isentou o mandante dos assassinatos do casal de extrativistas José Claudio e Maria do Espirito Santo. 

Aconteceu pela manhã de ontem (29/07) na 1ª Câmara Criminal de Belém o início das leituras de recursos de apelação envolvendo os executores e mandantes do crime.

Um dos argumentos foi a existência de falhas da defesa ao redigir de forma diferente o nome do apelado Alberto Lopes, um dos executores e condenados pelos assassinatos.

A apelação do julgamento envolve três recursos. Um deles foi proposto pela acusação, liderada pelo Ministério Público e pela assistente de acusação, a Comissão Pastoral da Terra, que são contrários à absolvição do acusado de ser mandante do crime, José Rodrigues. Os outros dois recursos são propostos pela defesa, representada por duas equipes de advogados dos réus executores condenados e que cumprem presos suas penas.

Novo julgamento deve ser agendado pelo Tribunal de Justiça para a próxima semana, visto que julgamentos de recursos de apelação acontecem todas as terças-feiras.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Patricia Guitti.

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“A mineração causa o maior impacto aos direitos humanos”, afirma militante mexicano

Por Iris Pacheco e Madalena Silva
Para Página do MST

A atuação das empresas transnacionais de mineração na América Latina tem causado grandes impactos e graves danos socioambientais, assim como inúmeros casos de violações dos direitos humanos.

O Brasil está em 3º lugar no mundo em conflitos ambientais tendo a mineração como uma das principais causas. A empresa brasileira de mineração, a Vale, segunda maior do ramo e eleita em 2012 a pior do mundo, está envolvida em disputas por disputas por terras e reservas minerais não só no Brasil, mas na Colômbia, Peru, Chile e Moçambique.

Em entrevista para a Página do MST, Gustavo Castro, integrante da organização Otros Mundos, com sede no estado de Chiapas, México, aponta que o “caso da mineração impacta os direitos humanos, além da apropriação do território por essas corporações ser enorme”. 

No México, 95 milhões de hectares foram destinados à mineração, o que equivale à metade do território. Em Chiapas, região montanhosa e rica em bens comuns naturais, prevalece a mineração metálica do ouro e da prata. São 1,5 milhões de hectares (16% do território) para mineração.

Castro enfatiza as medidas e reformas legislativas tomadas pelos governos em países da América Latina submetidos aos acordos comerciais que garantem o investimento das empresas em seu território.  (mais…)

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