Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental
Recebemos uma denúncia que parece demonstrar que, no chamado campo da ‘Saúde Indígena’, cada vez que se pensa ter chegado o fundo do poço, descobrimos que o buraco ainda pode ser maior. Agora, está rolando na internet um pedido de apoio para uma “petição pública em defesa da efetivação dos profissionais de saúde indígena”. Segundo o texto, são mais de 15 mil profissionais contratados pelas “entidades privadas conveniadas”, trabalhando principalmente na Amazônia Legal. Ou seja: onde se dá a maioria absoluta das reclamações e conflitos contra Dseis e Sesai! A efetivação se daria através de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a ser votada pelo insigne Congresso Nacional.
De acordo com os termos da petição, essa proposta teria sido aprovada na 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, realizada no início de dezembro de 2013, embora vá de encontro a todas as manifestações anteriores do movimento indígena, que luta por um Concurso Público Específico e Diferenciado, a ser construído no bojo de uma mobilização por autêntica autonomia, controle social e gestão participativa nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
Marcada com um ano de antecedência, em 2012, a Conferência, que deveria ter sido realizada de 26 a 30 de novembro de 2013, foi adiada, já no início do mês, para os dias 2 a 6 de dezembro. Embora tenha comparecido em peso, o Movimento Indígena estava bastante envolvido, na ocasião, com a crescente luta contra os ruralistas e a demarcação de suas terras. A ação culminou, inclusive, com a entre de uma Carta Pública dos Povos Indígenas do Brasil à presidenta Dilma Rousseff durante a V Conferência Nacional de Saúde Indígena.
Seja lá como for, a questão já está rolando. É urgente, pois, que as lideranças indígenas a respeito da tal Petição Pública, cujo texto segue abaixo: (mais…)
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