PE – Moradores da comunidade Zepelin protestam contra remoção de moradias

Foto: @GonzagaAryanna
Foto: @GonzagaAryanna

Os manifestantes bloquearam a entrada do bairro de Jardim São Paulo e, com isso, a Avenida San Martin e a Avenida Recife ficaram congestionadas

Do JC Online

Moradores da comunidade Zepelin, que fica no bairro do Jiquiá, Zona Oeste do Recife, realizaram mais um protesto na manhã desta terça-feira (6). Os moradores estão reivindicando que a Prefeitura do Recife pare com a remoção de moradias da localidade. A comunidade fica dentro de uma unidade de preservação que é o Parque do Jequiá. Os manifestantes bloquearam a entrada do bairro de Jardim São Paulo e, com isso, a Avenida San Martin e a Avenida Recife ficaram congestionadas.

Os moradores iniciaram a ocupação há quatro anos e nos dois últimos meses houve uma nova onda de invasões na área de preservação ambiental. Nessa segunda-feira (5), a PCR esteve na localidade para controlar a expansão da comunidade, para que o parque não seja mais invadido. Na ação, estiveram presentes policiais militares e a brigada do meio ambiente da Guarda Municipal do Recife. (mais…)

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Carta da Juventude Terena do Mato Grosso do Sul ao Papa Francisco

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Aldeia Ipegue, 21 de julho de 2013.

Nós jovens indígenas Terena participantes do 4º encontro de Jovens Indígenas Católicos, que teve como tema: SAÚDE E CULTURA INDÍGENA, realizado na Aldeia Ipegue, Municipio de Aquidauana, nos dias 18, 19, 20 e 21 de julho do ano de 2013, que contou com a participação das Aldeias Ipegue, Bananal, Água Branca, Imbirussú, Lalima, Cachoeirinha, Limão Verde e Buriti, relatamos as problemáticas que estamos vivenciando nas nossas comunidades Indígenas.

Desde a invasão do Brasil pelos portugueses que estamos sendo dizimados, exterminados das mais variadas formas. É fato que, quando Cabral chegou nesta terra chamada Brasil, nós já estávamos aqui, portanto temos direito da posse da nossa terra. Mas não é isso que o governo Brasileiro e nem o estado de Mato Grosso do Sul pensam, pois nos últimos meses usaram da reintegração de posse para cometer um genocídio com os nossos irmãos Terena. O último desses foi o assassinato do indígena Oziel Gabriel, Terena da Aldeia Buriti, na reintegração de posse onde o governo deu provas de que o direito a propriedade é maior do que o direito à vida, utilizando de policiais militares, tropa de choque, policiais federais, entre outros, que além de matar um, feriram vários outros, tendo inclusive um indígena ferido e com o risco de ficar paralítico. E até agora o crime de assassinato do Oziel não foi esclarecido. (mais…)

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TO – Auto Sustentação e Segurança Alimentar

Homens Apinajé em atividades de broca de roças familiares na aldeia Brejinho. (foto: Antônio Veríssimo. jul.2013)
Homens Apinajé em atividades de broca de roças familiares na aldeia Brejinho. (foto: Antônio Veríssimo. jul.2013)

PEMPXÀ – Aqui nas aldeias indígenas no norte do Estado do Tocantins, nesse período de junho a setembro, estão acontecendo atividades de broca, derrubada, queima, coivaras e a preparação final da terra para o plantio das roças tradicionais do povo Apinajé, que ocorrem sempre  no inicio da estação chuvosa; nos meses de outubro, novembro e dezembro.

Este ano estão sendo investidos recursos provenientes do PBA-Programa Básico Ambiental da UHE Estreito e todas as vinte e sete (27) aldeias Apinajé serão beneficiadas com pequenos projetos de roças familiares, casas de farinha, curral e realização de festas tradicionais. (mais…)

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“O governo tem que tomar posição”, cobram indígenas

Rezadora Terena tocando o chão da retomada da Fazenda Esperança, em Aquidauana (Ruy Sposati/Cimi)
Rezadora Terena tocando o chão da retomada da Fazenda Esperança, em Aquidauana (Ruy Sposati/Cimi)

Ruy Sposati, de Dourados (SP) – Campanha Guarani

Foi adiada a reunião do grupo de trabalho de indígenas, fazendeiros e poder público, criado para encontrar saídas para os conflitos fundiários em Mato Grosso do Sul. O governo federal havia anunciado que nesta segunda-feira, 5, apresentaria um conjunto de propostas para solucionar a não-demarcação de terras indígenas no estado. O encontro, articulado pela Secretaria Geral da Presidência da República, foi remarcado para quarta-feira, 7, em Brasília. Indígenas Terena, Kadiwéu, Kaiowá e Guarani reforçam que ainda esperam uma proposta positiva do Governo Federal. (mais…)

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Incra reconhece território quilombola em Macaíba, RN

Portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta terça (6). Área reconhecida tem 906 hectares da Comunidade Capoeiras

Fernanda Zauli – Do G1 RN

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu e declarou como terras das Comunidades Remanescentes de Quilombos Capoeiras uma área de 906 hectares, situada no município de Macaíba, na Região Metropolitana de Natal. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.

De acordo com a assessoria do Incra no RN, o reconhecimento é mais um passo para que as terras passem a ser de propriedade das famílias que lá residem. Na comunidade Capoeiras moram 260 famílias. Um levantamento realizado pela Fundação Palmares estima que o RN tenha 30 comunidades remanescentes de quilombo. Destas, segundo o Incra, 17 são reconhecidas.

“Hoje existem 17 processos abertos para regularização de territórios quilombolas. Os mais adiantados são os das comunidades de Jatobá, no município de Patu; e Acauã, em Poço Branco”, informou a assessoria do Incra.

Após o reconhecimento da área como terras das Comunidades Remanescentes de Quilombos Capoeiras, o Incra no RN pode começar o trabalho de desapropriação para fins de reforma agrária e em seguida é iniciada a imissão de posse às famílias que residem no local. Ao término de todo esse processo essas famílias passam a ter a propriedade de fato, documentada, das terras.

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Contexto histórico da Parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37)

Gilvander Luís Moreira[1], para Combate Racismo Ambiental

O início da vida pública de Jesus foi marcado por uma grande e crescente receptividade ao seu projeto[2] pelo povo empobrecido. A princípio, ele fascinava a todos — “As multidões acorriam para Jesus” (Lc 6,17-19) —, mas, pouco a pouco, Jesus foi aprofundando sua postura, foi radicalizando sua opção pelos pequenos, marginalizados e excluídos da sociedade (Lc 4,18-19). A “lua de mel” com todos, a era de “paz e amor”, durou pouco. Começaram a surgir conflitos com poderosos (Lc 13,31), pois sua prática incomodava os interesses dos que viviam explorando o povo. Jesus descobriu que precisava formar com mais profundidade seus discípulos e discípulas, pois percebeu que a adesão popular inicial era “fogo de palha”. Os conflitos com os poderosos da economia, da política e da religião aumentavam cada vez mais. Em seus últimos dias, os embates[3] de Jesus com as autoridades judaicas e grupos religiosos e políticos de renome se intensificaram.

Por razões históricas, reinava entre judeus e samaritanos um grande ódio. Alguns motivos aparecem nas escrituras. Os samaritanos fizeram resistência à reconstrução do templo de Jerusalém, após o retorno do exílio babilônico (cf. 2Rs 17,24-41 e Esd 4,1-5). Em Eclo 50,25-26 os samaritanos são considerados “um povo estúpido”.[4] Uma interpretação rabínica de Ex 21,14 diz expressamente que os samaritanos não são “próximos”. (mais…)

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Gravuras rupestres somem de sítios arqueológicos da Amazônia

600x380xP1020052-600x380.jpg.pagespeed.ic.ZYFPypJgIFPesquisadores e índios denunciam a retirada de camadas de rochas, com pinturas com mais de 3 mil anos, segundo estimativas de cientista; o objetivo seria vendê-las

Elaíze Farias – A Pública

Um sítio arqueológico localizado em terra indígena no município de São Gabriel da Cachoeira, na região do Alto Rio Negro, no norte do Estado do Amazonas, vem sendo alvo de depredações e, possivelmente, de furtos para atender demandas de colecionadores ou de comercialização de gravuras rupestres (petróglifos) em outras regiões do país ou no exterior.

Em São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), 90% da população é indígena, pertencente a 23 etnias. Ali estão  alguns dos mais relevantes sítios arqueológicos do Brasil, formados por rochas ribeirinhas, sazonalmente submersas, com gravuras rupestres com mais de 3 mil anos, segundo arqueólogos. Os indígenas consideram as áreas das gravuras rupestres um local sagrado e de forte relação com a sua cosmologia e ancestralidade. (mais…)

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Bens do relator do Código da Mineração aumentaram oito vezes em oito anos

Alceu Castilho – Outro Brasil

O relator do Código de Mineração na Câmara, o advogado e economista Leonardo Quintão (PMDB-RJ), teve uma trajetória econômica bem-sucedida desde 2002, quando foi eleito deputado estadual, até 2010, quando foi reeleito deputado federal. Seus bens saltaram de R$ 314 mil para R$ 2,6 milhões. Um aumento de 828%.

Em 2002, quando disputou e ganhou uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, pelo PSB, ele tinha R$ 314 mil. Declarou-se economista. O bem mais significativo era uma loja, doada por Sebastião de Barros Quintão, seu pai, ex-prefeito de Ipatinga, no valor de R$ 131 mil.

(O empresário e fazendeiro Sebastião Quintão renunciou à candidatura a vice-prefeito de Ipatinga em 2012, após ter o pedido indeferido pela Justiça Eleitoral. Ele declarou possuir R$ 1,7 milhão. Foi cassado duas vezes quando prefeito, acusado de crime eleitoral. Em 2004 foi alvo de denúncias de trabalho escravo, e teve de fechar um acordo com o Ministério Público do Trabalho. Dono de cartório de registro de imóveis, ele já foi condenado por improbidade administrativa e usava sempre um chapéu de fazendeiro). (mais…)

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Uruguai abre ao público debate sobre outorgas de TV digital

image_previewPela primeira vez foi realizada uma audiência pública para tratar da autorização de novas outorgas de televisão aberta. Depois de 50 anos com os mesmos operadores, a digitalização proporcionará maior diversidade na TV uruguaia

Por Bruno Marinoni* – Intervozes / CartaCapital

O dia 31 de julho foi marcado no Uruguai pelo que, para alguns, já pode ser considerado um feito histórico. O leitor deve estar pensado que nos referimos à legalização da produção e do consumo de maconha, inegavelmente um marco na luta antiproibicionista no mundo. Trata-se, porém, de outro fato, praticamente ignorado pela mídia brasileira, por motivos óbvios.

Pela primeira vez naquele país foi realizada uma audiência pública para tratar da autorização de novas outorgas de televisão aberta. Seis propostas para explorar a chamada “TV digital terrestre” (diferenciando-se da TV por assinatura por satélite e por cabo) no Uruguai foram analisadas e discutidas de forma transparente pela sociedade. Todo e qualquer cidadão e cidadã pôde dirigir suas questões e tirar suas dúvidas junto às candidatas, num evento que foi transmitido ao vivo pela internet. (mais…)

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Vasta documentação sobre a ditadura será disponibilizada na Internet

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Na próxima sexta-feira, 09 de agosto, o Projeto Brasil Nunca Mais Digital, que disponibilizará na Internet documentos relacionados às prisões políticas durante o regime militar brasileiro. O site onde estará armazenada toda a documentação será divulgado no ato de lançamento. Coordenado pela Arquidiocese de São Paulo o Projeto de Pesquisa “Brasil Nunca Mais” produziu, desde 1979, um volumoso estudo. Tem em vista o risco de apreensão do material por parte da repressão, ainda no começo do anos 1980 grande parte da documentação foi enviada ao exterior.

Segundo informações do Grupo Tortura Nunca Mais RJ (GTNM/RJ). com o objetivo de juntar provas documentais da repressão política no país, superando a desconfiança que se criava quanto aos próprios testemunhos das vítimas, a pesquisa “Brasil Nunca Mais” (BNM) passou a estudar a repressão exercida pelo regime militar a partir de documentos produzidos pelas próprias autoridades encarregadas dessa tarefa. Reuniu as cópias da quase totalidade dos processos políticos que transitaram pela Justiça Militar brasileira entre abril de 1964 a março de 1979. (mais…)

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