Ecumenismo a partir da Obra Lucana

Gilvander Luís Moreira*, para Combate ao Racismo Ambiental

Iniciando a reflexão.

Pode parecer anacronismo falar em ecumenismo nas primeiras comunidades cristãs a partir de Atos dos Apóstolos, mas se justifica, pois não existiu somente uma Igreja Primitiva, mas várias Igrejas Primitivas. Várias igrejas foram se constituindo a partir da igreja-mãe de Jerusalém: igrejas da Samaria, de Cesareia, de Antioquia, de Roma, de Corinto, de Tessalônica, de Roma e muitas outras. Igrejas que cultivavam o respeito ao diferente nas suas relações internas e também na sua relação com outras igrejas que, mesmo sendo cristãs, tinham ensinamento e práticas distintas. Assim sendo podemos dizer que segundo a obra de Lucas – Evangelho de Lucas (Lc) e Atos dos Apóstolos (At) -, as primeiras comunidades cristãs, eram, por excelência, ecumênicas. Costuravam uma unidade entre elas com base na diversidade e na pluralidade e regiam-se por um projeto de inclusão, de comunhão, de convivência fraterna, de fração do pão e oração. Em Atos dos Apóstolos há uma valorização da alteridade, do outro. É a partir do outro e, especialmente, do outro que é injustiçado que se analisa a realidade e atua de forma transformante. O Espírito Santo está em nós como está no outro (At 10,44-45).

Identificamos nove posturas ecumênicas nas primeiras comunidades-Igrejas cristãs. Ei-las, abaixo. (mais…)

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Preço da terra agrícola subiu 227% em dez anos, quase o dobro da inflação

Comprar áreas rurais foi investimento mais rentável do que aplicações em dólar, renda fixa, ações e ouro no período entre 2008 e 2012

Márcia de Chiara – O Estado de S.Paulo

Puxado pelo aumento das cotações da dobradinha soja/milho no mercado internacional, o preço médio de um hectare de terra destinado ao agronegócio mais que triplicou em dez anos no Brasil, superando de longe a inflação. Além disso, em cinco anos, entre 2008 e 2012, a terra se valorizou num ritmo mais acelerado que o dólar, aplicações em renda fixa, ações e até mesmo o ouro, o “queridinho” dos investidores em períodos de crise.

Uma pesquisa sobre o mercado de terras feita pela consultoria Informa Economics/ FNP mostra que, entre o primeiro bimestre de 2003 e o último bimestre de 2012, o preço médio da terra no Brasil aumentou 227%. A cotação média do hectare, que engloba áreas para agricultura, pecuária e reflorestamento, saltou de R$ 2.280 para R$ 7.470. Nesse período, o preço da terra subiu 12,6% ao ano, quase o dobro da inflação média anual, de 6,4%, medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).

Bimensalmente, os preços das terras são coletados com corretores e engenheiros agrônomos pela consultoria, que integra o maior grupo de informações sobre o agronegócio no mundo. As cotações da terras se referem a preços pedidos ou a negócios fechados no País em 133 regiões classificadas com o mesmo tipo de terra. (mais…)

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Contaminada por metano, área em São Paulo ameaça explodir

Agência Estado

Os cerca de 1.200 sem-teto que ocupam uma área contaminada por gás metano, na Cachoeirinha, zona norte de São Paulo, sabem que vivem sobre um barril de pólvora. Eles moram no mesmo terreno de uma escola e uma creche municipais que foram desativadas em 2010, após um laudo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) atestar risco de explosão. Nem por isso deixam de acender centenas de fogões ao mesmo tempo diariamente na hora das refeições.

A Cetesb realizou a última vistoria em 11 de janeiro e constatou que “a situação é preocupante e a área deve ser desocupada”. A Prefeitura foi notificada, mas ainda não retirou os moradores.

Os sem-teto são ligados à Frente de Luta por Moradia (FLM). A líder da ocupação, Geni Monteiro, de 42 anos, afirma que só descobriu que o local estava contaminado depois que todos já estavam morando lá. “A Prefeitura veio aqui e falou que só tínhamos 24 horas para sair. Mas falamos que queríamos uma alternativa de moradia e acabou ficando por isso mesmo. Não voltaram mais”, afirma. (mais…)

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Dilma: governo investe R$ 30 bilhões para ampliar oferta de água no Nordeste

Paula Laboissière* – Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (4) que o governo está investindo um total de R$ 30 bilhões na tentativa de ampliar a oferta de água na Região Nordeste até 2014 – mais de R$ 24 bilhões em obras estruturantes, como barragens, adutoras, canais, estações de tratamento e redes de abastecimento, e R$ 5 bilhões aplicados no Água para Todos.

No programa semanal Café com a Presidenta, ela destacou que já foram instaladas 260 mil cisternas em municípios e povoados do Semiárido brasileiro. A meta é entregar mais 240 mil até o final de 2013. Dilma citou também medidas emergenciais, como a contratação de 4.624 carros-pipas para distribuir água em 750 cidades atingidas pela seca este ano.

A presidenta falou sobre a visita que fará hoje ao Canal das Vertentes Litorâneas, na Paraíba. Segundo ela, a obra pretende levar as águas do Rio São Francisco a um total de 38 municípios. Outra obra citada por ela é o Eixão das Águas, no Ceará, que vai levar água do açude Castanhão até Fortaleza, percorrendo 260 quilômetros (km). (mais…)

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É bem-vinda a parceria entre prefeitura e governos estadual e federal para a produção de moradias no centro de São Paulo

Raquel Rolnik*

A imprensa paulistana noticiou ontem a assinatura de um protocolo de intenções entre a Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado para a produção de 20 mil moradias na região central da cidade, utilizando inclusive a reforma de edifícios vazios. O governo federal entrará no projeto com os financiamentos do Programa Minha Casa Minha Vida, e os governos estadual e municipal com recursos complementares para viabilizar essa produção.

Além de reformar imóveis abandonados ou sem uso, o projeto prevê a criação de imóveis mistos, através de PPPs (parcerias público-privadas), com comércio no térreo e moradia nos demais andares. De acordo com reportagem do Estadão, das 20 mil unidades, 12 mil devem ser destinadas a famílias que ganham até cinco salários mínimos. Também seria reservada uma cota aos movimentos sociais de moradia. Estão incluídos na área do projeto os bairros Santa Cecília, Barra Funda, Bom Retiro, Pari, Brás, Mooca, Belém, Cambuci, Liberdade e Bela Vista.

Sem dúvida a iniciativa é muito positiva e poderá beneficiar milhares de pessoas que trabalham na região central e hoje moram em locais distantes, gastando horas de deslocamento entre a casa e o trabalho. Mas há alguns desafios – nada simples – que precisam ser enfrentados para que a implementação dessa intenção declarada de fato dê certo. (mais…)

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Poema de Dom Pedro Casaldáliga*

Para reflexão pós-renúncia do papa

Deixa a Cúria, Pedro
Desmonta o sinedrio e as muralhas,
Ordene que todos os pergaminhos impecáveis sejam alterados
pelas palavras de vida, temor

Vamos ao jardim das plantações de banana,
revestidos e de noite, a qualquer risco,
que ali o Mestre sua o sangue dos pobres

A túnica/roupa é essa humilde carne desfigurada,
tantos gritos de crianças sem resposta,
e memória bordada dos mortos anônimos. (mais…)

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Quo vadis Carlos Minc? Quo Vadis INEA?

por Marcos Pedlowski

No dia 01 de Fevereiro, o sempre serelepe (des) secretário estadual do Ambiente e ex-ambientalista Carlos Minc reuniu a imprensa para dar conta das punições que seriam aplicadas ao Grupo EBX pela salinização causada nas águas superficiais do V Distrito de São João da Barra no processo de construção do estaleiro da OS (X) (Aqui!).

Naquele dia, Carlos Minc indicou duas medidas que seriam tomadas e que até hoje não se tem notícia de quando serão executadas:

1. contato com o Laboratório de Ciências Ambientais da UENF para iniciar um processo de monitoramento conjunto do processo de salinização, e

2. pagamento de um valor ainda não definido aos produtores rurais locais impactados pela salinização. (mais…)

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Empresas fazem mais de 4,5 mil pedidos para explorar de ouro a cobre em terras indígenas

Requerimentos estão concentrados em 17 reservas na Amazônia Legal, como as dos ianomamise dos caiapós. Entre as empresas interessadas estão gigantes, como a Vale, e até multinacionais, como a anglo-sul-africana Anglo American

Danielle Nogueira

Enquanto o governo corre contra o tempo para tirar do papel o polêmico substitutivo ao projeto de lei 1610/96, que regulamenta a mineração em terras indígenas, solicitações para pesquisa mineral nessas áreas não param de chegar ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM). Levantamento feito a pedido do GLOBO revela que existem 4.519 requerimentos de pesquisa em terras indígenas aguardando o aval do Congresso. Eles estão concentrados em 17 reservas na Amazônia Legal, como as dos ianomamis (RR) e dos caiapós, e têm como alvo desde ouro e cobre até níquel e estanho. Entre as empresas interessadas estão gigantes, como a Vale, e até multinacionais, como a anglo-sul-africana Anglo American.

Organizações defensoras dos direitos indígenas temem que a atividade provoque danos ambientais e comprometa os costumes de povos tradicionais, tornando-os dependentes de recursos financeiros externos. Também criticam o substitutivo por não dar poder de veto às comunidades e não resguardar áreas dentro das reservas para cultos, cultivo de grãos e moradia. Após grita do movimento indígena, a Funai fixou um calendário de audiências públicas, de forma que os grupos étnicos afetados pudessem ser ouvidos. A primeira está prevista para a próxima quinta-feira, em Rio Branco (AC). (mais…)

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Casa Civil decide liberar papéis da ditadura militar

Rubens Valente e Matheus Leitão – de Brasília

A assessoria da Casa Civil da Presidência da República informou na tarde deste domingo (3) que o órgão decidiu enviar para o Arquivo Nacional, vinculado ao Ministério da Justiça, os documentos produzidos durante a ditadura militar (1964-1985) que estão em seu poder, cuja existência foi revelada na edição da Folha de ontem.

Segundo a assessoria do órgão, “a Casa Civil da Presidência determinou que os documentos citados sejam preparados e organizados para envio para o Arquivo Nacional, onde ficarão disponíveis para consulta pública”.

Folha informou neste domingo que milhares de páginas produzidas por integrantes do primeiro escalão da ditadura estão retidos em salas da Esplanada dos Ministérios, fora do alcance imediato de pesquisadores e do controle do Arquivo Nacional e da Comissão da Verdade.

São memorandos, cartas, ofícios, avisos, exposições de motivos e telegramas confeccionados pelos então ministros de pelo menos nove áreas: Marinha, Exército, Aeronáutica, Agricultura, Justiça, Trabalho, Relações Exteriores, Fazenda e Casa Civil. Com exceção das Relações Exteriores, os órgãos não dispõem de estrutura própria para pesquisa e leitura. (mais…)

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