Chuva ameniza fogo na Terra Indígena Caru, no MA, mas situação ainda é crítica

Com as TIs Caru e Awá – onde habitam indígenas dos povos Guajajara e Awá Guajá e há grupos de Awá Guajá isolados – já são cinco os territórios indígenas que sofreram queimadas em 2015 no Maranhão. O caso mais grave foi o da TI Arariboia, que teve 45% de seu território devastado pelo fogo

No Cimi

Depois da chuva que caiu ontem na Terra Indígena (TI) Caru, no Maranhão (MA), os focos de incêndio que ameaçavam mais diretamente o grupo de indígenas Awá Guajá isolados na área foram controlados. Ainda assim, muitas áreas de caça e coleta, indispensáveis à sobrevivência dos indígenas, foram queimadas, e outros focos ainda resistem em outras partes deste e de outros territórios tradicionais. Apesar da chuva, ação reduzida do Estado no combate ao fogo coloca matas e povos indígenas em risco. (mais…)

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De quantas tragédias ambientais e humanas 2015 precisa pra terminar?

Por Luiz Cláudio Brito Teixeira

Desde agosto as florestas do Maranhão estão pegando fogo. Em outubro os incêndios atingiram seu momento mais dramático, nas terras indígenas Araribóia, Caru e Alto Turiaçu. Essas terras, juntas com a Rebio do Gurupi (reserva biológica do rio Gurupi, na fronteira entre o Pará e o Maranhão), formam um dos maiores corredores de biodiversidade do Maranhão e do Brasil e concentram os últimos remanescentes de floresta Amazônica no estado.

Um violento processo de destruição da vida foi posto em curso por madeireiros e fazendeiros. Muitas vezes um é “pai” do outro e o Estado pouco tem feito para coibir a ação dos criminosos. Caso da Terra Indígena Alto Turiaçu, onde vive o povo Ka’apor, e uma aldeia Guajá. Esses incêndios seriam uma represália à ação dos Ka’apor em expulsar os madeireiros dos seus territórios. (mais…)

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Nota denúncia do Conselho de Gestão Ka’apor sobre incêndio criminoso na T.I. Alto Turiaçu

“A nossa luta continua! Não foi caminhões, nem tratores, nem Moto-serras e nem os incendios que vão impedir nós de proteger e viver em nossa verdadeira casa, a floresta”

Desde maio de 2013 até março de 2015 fechamos todos os ramais de entrada de madeireiros que invadiam e destruiam nossa floresta, nossa casa. Até esse periodo criamos 08 Ka’a usak ha, ou Áreas de Proteção para recuperar, proteger, viver de forma sustentavel em nosso territorio. Depois de iniciar muito forte a fiscalização, limpeza de nossos limites, encontramos madeireiros, fazendeiros, estaqueiros, caçadores e posseiros que usavam nosso territorio sem autorização da gente.
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Devastada pelo fogo, mata da Chapada Diamantina só se recuperará ‘daqui 15 anos’

Por Adriano Brito, da BBC Brasil em São Paulo

Enquanto Minas Gerais e Espírito Santo lidam com os impactos do rompimento da barragem de Mariana, a vizinha Bahia enfrenta outra tragédia ambiental: as consequências de uma das piores séries de incêndios já registradas na Chapada Diamantina, um dos símbolos do Estado e onde nascem alguns dos principais rios que abastecem a população baiana.

Depois de um mês de chamas, as chuvas que começaram a cair na última quarta-feira finalmente acabaram com o fogo, de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia. Nesta sexta, não eram mais verificados focos de incêndio, afirmou à BBC Brasil o secretário Eugênio Spengler. (mais…)

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