O herói insolente

Henrique Luaty da Silva Beirão, 33 anos, é o improvável herói de um movimento de democratização que cresce todos os dias, tirando o sono ao Presidente José Eduardo dos Santos. Estendido numa cama de um hospital-prisão, em Luanda, em greve de fome, Luaty Beirão está a mudar a História de Angola

por José Eduardo Agualusa – Buala

Luaty Beirão, 33 anos, irrompeu no universo político angolano como um vendaval poderoso, numa noite quente de fevereiro de 2011.

Vivia-se em todo o mundo, e em particular no continente africano, a euforia da Primavera Árabe. A 17 de dezembro de 2010 um jovem tunisino, Mohamed Bouazizi, suicidou-se, ateando fogo ao próprio corpo, em protesto contra a injustiça social. A morte de Bouazizi deflagrou uma série de protestos, levando o Presidente Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias mais tarde. O movimento democrático propagou-se depois pela Argélia e Egito. Durante alguns meses os democratas dos países africanos sujeitos a regimes autoritários viveram a ilusão de que a Primavera Árabe floresceria em todo o continente. (mais…)

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É proibido falar em Angola

A incrível história dos rappers acusados de tramar um golpe de Estado pelo governo de José Eduardo dos Santos. Um deles corre risco de vida após passar 85 dias na solitária

por ,  – Agência Pública

“Junto com o Luaty, eu estava escrevendo as últimas músicas do meu álbum”, conta o rapper Leonardo Kossengue numa tarde quente e empoeirada de agosto em Luanda, capital de Angola. “Preciso esperar ele sair da cadeia. Não quero terminar sem ele.” Ele falava às repórteres durante um encontro em um local cuidadosamente escolhido para garantir que não seríamos espionados. (mais…)

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Angola: Vigília pacífica em defesa dos presos políticos marcada por forte aparato policial

Uma centena de pessoas cumpriu a quarta vigília silenciosa em Luanda para exigir a libertação dos 15 presos políticos acusados de tentativa de golpe de Estado. Polícia angolana forçou desmobilização da concentração. Na quarta-feira decorre uma vigília na Praça do Rossio, em Lisboa.

Em esquerda.net

A manifestação deste domingo teve início às 18:00 (mesma hora em Lisboa) e às 19:30 reunia cerca de 100 pessoas, em protesto contra a detenção, desde 20 de junho, de um grupo de 17 ativistas (dois estão em liberdade), acusados de prepararem um golpe de Estado contra o Presidente José Eduardo dos Santos. (mais…)

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Um mundo opaco, um grito de dor…, por Elaine Tavares

Elaine Tavares, Palavras Insurgentes

De fato, por aqui, pelo menos por agora, não vivemos uma guerra de verdade, com bombas explodindo casas e gente matando gente sem qualquer razão plausível.  Mas, é certo que nesse nosso mundo estranho, das grandes cidades, temos muitos espaços em que a violência institucional é pão comido, realidade cotidiana, tão cruel quanto a realidade de uma guerra. As balas estouram nas casas e as pessoas morrem como moscas. E, a dita sociedade, de modo geral, vai se acostumando a essas cenas, como se elas se naturalizassem. Assim, de repente, uma chacina num bairro qualquer da grande São Paulo passa a ser só uma notícia na TV. Negros e pobres, “potencialmente marginais”, nada de mais. (mais…)

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Revoluções “Made in CIA” no norte da África e Oriente Médio provocam morte de migrantes em fuga

Por LBI-QI, no Diário Liberdade

A cena de um menino de dois anos morto por afogamento na costa turca chocou o mundo. Desgraçadamente ele é “apenas” um dos milhares de mortos que perdem a vida nas viagens de imigrantes desesperados para a Europa.

Contudo, estes não são acidentes, são crimes. Os imigrantes e os refugiados são forçados a esta realidade devido à política imperialista da OTAN, dos EUA e da UE, pela agressividade e intervenção na Líbia, Iraque, Mali, Iêmen, vendidas ao mundo como “revoluções”, assim como pelas políticas das transnacionais e pelo saque de recursos naturais na África e Oriente Médio, pela destruição e manipulação das economias dos países e, finalmente, pela política da União Europeia e seus governos contra os trabalhadores imigrantes. (mais…)

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Quais motivos levam refugiados a sair de seus países e fugir para Europa?

Violência de Estado Islâmico, Boko Haram, Al Shabab e dos próprios governos motivam milhões de pessoas a fugirem de seus países – Síria, Afeganistão, Eritreia, Nigéria e Somália – e arriscarem suas vidas na tentativa de chegar à Europa

Jaime Sevilla Lorenzo | El Diario, no Opera Mundi

Guerra, prisões arbitrárias, torturas, violência sexual, repressão… Pelo menos seis em cada dez pessoas que chegaram à Europa pelo mar Mediterrâneo nos primeiros oito meses de 2015 vêm de países em que as violações de direitos humanos são constantes. Na Síria, milhares de pessoas estão presas, sequestradas ou desaparecidas e cerca de 250 mil civis vivem em estado de sítio. O conflito no Afeganistão deixou 4.853 vítimas mortais no primeiro semestre de 2014. Na Eritreia, as liberdades de expressão, associação e religião não são respeitadas. (mais…)

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Umoja, el pueblo donde los hombres están prohibidos

Solo las mujeres están permitidas en Umoja, Kenia, una comunidad que nació como refugio para supervivientes de la violencia sexual

ABC.es

Umoja, situado en el país africano de Kenia, fue fundado en 1990 por un grupo de 15 mujeres supervivientes de violaciones de soldados británicos. El número de habitantes de esta villa ha crecido desde entonces y hoy día acoge también a mujeres que huyen de matrimonios concertados, violencia doméstica, mutilación genital y abusos sexuales. Todas estas prácticas son habituales en la zona en la que se ubica Umoja, en Samburu, al norte de Kenia. (mais…)

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Papa: ”Escutemos o grito das vítimas das minas”

IHU – Todo o setor da mineração, indubitavelmente, é chamado a fazer uma mudança radical de paradigma para melhorar a situação em muitos países.” Esse é o alerta lançado pelo Papa Francisco na mensagem enviada nessa sexta-feira, 17, ao Pontifício Conselho Justiça e Paz, por ocasião da abertura do dia de reflexão sobre o tema “Unidos em Deus, ouvimos um grito”, promovido e organizado pelo dicastério com os representantes de comunidades afetadas por atividades de extração provenientes de países da África, da Ásia e da América, e em particular com a rede latino-americana Iglesias y Minería.

A reportagem é de Gianni Cardinale, publicada no jornal Avvenire. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A essa “mudança de paradigma”, acrescentou o pontífice, “podem fazer a sua contribuição os governos nos países de origem das sociedades multinacionais e daqueles em que estas operam, os empresários e os investidores, as autoridades locais que supervisionam o desenvolvimento das operações de mineração, os operários e os seus representantes, as cadeias de fornecimento internacionais com os vários intermediários e aqueles que atuam nos mercados dessas matérias, os consumidores de mercadorias para a realização das quais nos servimos de minerais”. (mais…)

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Seppir e Agência ABC discutem internacionalização das políticas de igualdade racial

Segundo a ministra Nilma Lino Gomes, intensificar as ações internacionais, principalmente no continente africano, está entre os eixos dessa gestão

SEPPIR

A ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, recebeu o ministro da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Paulo Amora, nesta sexta-feira (19). Entre as pautas, internacionalização das políticas de igualdade racial, com uma maior aproximação dos países africanos, sobretudo os de língua portuguesa. (mais…)

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Mulheres e meninas estão “ficando para trás” na luta contra HIV na África

Relatório da ONU mostra que na região Subsaariana doenças relacionadas à Aids foram as principais causas de morte entre mulheres e meninas em idade reprodutiva; em 2013, as meninas representaram 74% das novas infecções de HIV entre adolescentes

Por Edgard Júnior, da Rádio ONU, em População Negra e Saúde

Um novo relatório da ONU em parceria com a União Africana mostrou que apesar dos avanços globais na luta contra a Aids, mulheres e meninas na África estão ficando para trás no combate à epidemia. (mais…)

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