Novas demolições no Metrô-Mangueira deixam moradores desesperados pelo direito de moradia

No Rio On Watch

No dia 28 de maio, Lélio Fernandes veio correndo do supermercado onde trabalhava para ver funcionários da prefeitura demolirem parte de sua casa. Ele abriu a porta no segundo andar–onde um quarto e um banheiro costumavam ficar–e se deparou com um precipício que se abria em uma pilha de escombros. Os trabalhadores pararam de demolir a casa de Lélio depois que metade já havia sido derrubada porque haviam chegado ao fim do dia de trabalho.

Seu vizinho, Pedro Paulo, não teve tanta sorte: sua casa inteira foi destruída: “Quando cheguei aqui estava tudo no chão… Foi embora o meu negócio que tinha aqui, minhas roupas e muitas coisas que eu compro para revender”. (mais…)

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Filósofa Marcia Tiburi cria partido feminista: ‘Para mulheres, crise de representação sempre existiu’

A #partidA é um movimento e uma proposta de partido por e para mulheres, explica Tiburi: ‘questões concernentes aos direitos humanos, à solidariedade, à defesa das pautas do campo da esquerda entram no nosso feminismo’

Por Isabela Fraga, no Vozerio/Opera Mundi

Nas últimas semanas têm sido realizados encontros em várias cidades – Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre – para discutir a formação da #partidA, um partido feminista que pretende se embrenhar nas fissuras da política e torná-la democrática de fato. Conversamos com a filósofa Marcia Tiburi, uma das pensadoras do movimento, para entender: faz sentido misturar o feminismo nas práticas de governo tradicionais? (mais…)

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Não Dunga, eu não gosto de apanhar!

Por Michael Laiso Felix, especial para Diário da Manhã

O técnico da seleção brasileira de futebol, Carlos Caetano Bledorn Verri, mais conhecido como Dunga, proferiu a seguinte frase, para referir-se a seu histórico de vida, em que avalia ter sido muito sofrido: “Acho que sou afrodescendente de tanto que apanhei”.

Em um primeiro momento, a frase até poderia ser vista de forma positiva, ao identificar uma pessoa que reconhece que negros sofrem muito mais que não negros, em todas as fases de sua vida. O negro apanhou para ser trazido a força no período escravocrata. Apanhou durante todo o período de cativeiro. Apanhou para tentar se encaixar numa sociedade racista pós abolição formal. E apanha até os dias de hoje, para enfrentar o mito da democracia racial, que teima em apresentar um Brasil miscigenado, sem problemas e conflitos raciais. (mais…)

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Dois dias após ataque paramilitar, crianças Guarani e Kaiowá seguem desaparecidas em Mato Grosso do Sul

Nota: segundo a Procuradoria da República em Ponta Porã, haveria apenas uma criança desaparecida, Diego Pereira, de dez anos. Matias Rempel aponta outras duas crianças, entretanto. Em meio à angústia e à revolta, as informações continuam contraditórias. (TP)

Por Matias Rempel, Cimi Regional Mato Grosso do Sul

Passadas mais de 48 horas após um ataque violento, em ação paramilitar, contra um acampamento instalado pelos indígenas Guarani e Kaiowá na fazenda Madama, incidente sobre a terra indígena de Kurusu Ambá, as duas crianças indígenas seguem desaparecidas. (mais…)

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“A história de luta de Kurusu Ambá é isso!”

“Em vez da gente morrer um por um na beira da estrada, a gente veio aqui morrer tudo junto no nosso tekoha”. Que assim não seja!

No vídeo de menos de três minutos gravado no acampamento da retomada, liderança depõe brevemente sobre a história da luta. Para iluminar a revolta, podemos também ver crianças inventando brinquedos e se embalando nas redes rústicas. (Tania Pacheco) (mais…)

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