MS – MPF quer destinação de 30 hectares para índios acampados em Curral do Arame

Comunidade, localizada à beira da BR-463, perdeu, em 3 anos, 7 integrantes por atropelamento. Foto: MPF/MS
Comunidade, localizada à beira da BR-463, perdeu, em 3 anos, 7 integrantes por atropelamento. Foto: MPF/MS

Ação judicial pretende obrigar União a adquirir terra para a comunidade que vive à margem da BR-463

Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul

O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul ajuizou demanda na Justiça para assegurar a sobrevivência e a dignidade de índios guarani-kaiowá da comunidade Curral do Arame (Tekoha Apika’y). A ação ajuizada quer forçar a União a comprar área de 30 hectares – equivalente a um módulo rural – para acolher os indígenas até a demarcação definitiva da terra. A área a ser adquirida deve estar localizada dentre limites indicados pelos índios como território tradicional.

Na visão do MPF, medida busca sanar a omissão da União em iniciar os estudos demarcatórios; reduzir o conflito fundiário na região, concretizado em recorrentes ameaças de morte a membros da comunidade; e dar efetividade a direitos previstos na Constituição, como o direito à sobrevivência, ao bem-estar e à reprodução física e cultural dos índios “segundo seus usos, costumes e tradições”.  (mais…)

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Belo Monte: Justiça rejeita pedido para suspensão das obras

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MPF afirmava que tribos indígenas estavam com a estrutura social ameaçada

Jornal Energia

A Justiça Federal rejeitou o pedido do Ministério Público Federal para suspender as obras da hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW), na região do Xingu, no Estado do Pará, ou condenar a Norte Energia, construtora do empreendimento, a indenizar os índios das etnias Arara e Juruna, além dos ribeirinhos da Volta Grande do Xingu.

Segundo a ação do MPF, os Jurunas estariam com sua estrutura social ameaçada e os Araras enfrentariam dificuldades de acesso à água potável devido a um suposto [sic] rebaixamento do lençol freático. A sentença foi proferida pela 9ª Vara do Tribunal Regional Federal da 1ª Região de Brasília (DF), que considerou as alegações inconsistentes. (mais…)

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Área de conflito indígena tem reforço policial da Força Nacional e PM na BA

Força Nacional em Buerarema, no sul da Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Força Nacional em Buerarema, no sul da Bahia
(Foto: Reprodução/TV Bahia)

Segundo SSP, tropas assumirão comando operacional, que era do Exército. Região de disputa de terra abrange municípios de Buerarema, Una e Ilhéus

Do G1 BA – A Força Nacional e a Polícia Militar reassumiram o comando das operações policiais nas áreas de conflito entre indígenas e produtores rurais, no sul da Bahia, nesta segunda-feira (14). De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), a decisão tomada após reunião do Governo do Estado e o Ministério da Justiça.

Em março, o Exército assumiu o policiamento nos municípios de Buerarema, Una e Ilhéus, após o pedido de aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), feito pelo governador Jaques Wagner ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo a SSP, as tropas deixarão a região em definitivo nesta segunda-feira. No entanto, a assessoria de comunicação do Exército informou que a saída ainda está sendo avaliada, e que terá uma posição até a terça-feira (15).

Segundo a SSP, após reassumir o comando das operações, a Força Nacional, que já disponibilizava um pelotão nas regiões de conflito, irá incorporar mais um grupamento de policiais e reforço logístico. Já o efetivo da PM conta com 130 militares, distribuídos em regime de plantão. Eles irão atuar principalmente na zona rural dos municípios.

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Racismo em tempos de Copa fica mais evidente

Mônica Francisco* – Jornal do Brasil

O racismo institucional e o racismo cotidiano percebido e vivido no calor das relações entre os indivíduos são um fato que não devemos e não podemos ignorar de maneira alguma e agora em tempos de Copa ficam mais e mais óbvios, mas não menos ignorados. Aflorando logo que tem ocasião, mostrando como apregoava o tema de uma campanha realizada por algumas ONGs há anos atrás, onde cada um guarda seu racismo, e eu diria, para usá-lo em momento oportuno ou inoportuno também.

Dos cabelos do David Luiz aos insultos a Camilo Zúñinga após lesionar o jogador Neymar, o racismo se manifesta em suas multifacetadas formas e ações. Falando em David Luiz, ao assistir em uma emissora os repórteres que estavam no local de concentração da Seleção Brasileira falando sobre o jogador, um deles disse à outra repórter que dividia com ele a transmissão, que uma criança de seu prédio achava que o jogador David Luiz não era, pasmem se puderem, “DE VERDADE”, por causa dos cabelos. A criança achou que era um bonequinho de comercial famoso e brindes de ocasião.

Isso para alguns talvez passe como um comentário engraçadinho e inocente de criança, o que, por isso mesmo, gerou muitas risadas dos repórteres citados e dos apresentadores do jornal, mas sabemos que na sutileza das situações está a maior perversidade deste que é um de nossos casos mais mal resolvidos na nossa história como nação.

Em que mundo esta criança se percebe vivendo e qual o conceito de sociedade e diversidade que se está construindo, é um dos questionamento que devemos fazer. São elas que vão compor fileiras de justiceiros amanhã, por não reconhecerem como iguais aqueles que sequer percebem como humanos. Isso deve gerar uma disposição mental, pelo menos equivocada e que de alguma forma vai acompanhar estes indivíduos ao longo de sua existência. É uma questão muito séria. (mais…)

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“Los que dicen que el homosexual es un enfermo son los que están enfermos”

Raúl Vera, obispo de Saltillo. / SAÚL RUIZ
Raúl Vera, obispo de Saltillo. / SAÚL RUIZ

“Legalizar la prostitución es legalizar la explotación femenina”

Jan Martinez Ahrens – El País

Raúl Vera (Acámbaro, Guanajuato, 1945) es el obispo más amenazado de México. Un prelado que ha salido vivo de más de un atentado y cuyo trabajo en favor de los desaparecidos, migrantes, menores, indígenas, prostitutas y parias de todo tipo le ha granjeado odios feroces, incluido la letal enemistad del narco. Pero las amenazas no parecen hacerle mella. Ingeniero de carrera e hijo intelectual del Mayo del 68, se ha forjado una leyenda de indomable. Su primer pulso llegó en 1995 cuando Juan Pablo II le envió como coadjutor a Chiapas, en plena efervescencia zapatista. Tenía como misión poner orden en la diócesis de san Cristóbal de las Casas, dirigida por el carismático Samuel Ruiz, un adalid de las tesis indigenistas y la teología de la liberación. Al poco de llegar, aquel comisario político al que todos consideraban un conservador y cuyo destino era quitarle la mitra a Ruiz, acabó apoyando al clero local. Roma no olvidó. Cuatro años después fue enviado, como castigo, al árido obispado de Saltillo, en Coahuila, al norte del país. De poco sirvió. Desde ahí volvió a la trinchera. Ha plantado cara a los desmanes del Gobierno y también al terror de Los Zetas. (mais…)

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Cuba tem 6,7 médicos per capita, o que corresponde a três vezes a taxa dos EUA, segundo reportagem da Globo News

A propósito da reação dos médicos e de parte da população brasileira à vinda dos médicos cubanos, Jorge Pontual fala sobre a entrevista que fez, para a Globo News, com a socióloga estadunidense Julie F. Silver, que há mais de 30 anos estuda a Medicina de Cuba. E conta como ela foi (re)construída, uma vez que pós Revolução ficaram apenas três mil médicos e 14 professores universitários no País. A opção então foi investir no setor e, como resultado, transformou Cuba no país que “tem índices de saúde comparáveis ou até melhores que os Estados Unidos e países da Europa”, além deter “o maior índice de médicos per capita, 6,7″, o que corresponde a “três vezes a taxa americana”.

A gravação tem um ano, mas acho que vale divulgá-la, inclusive porque dificilmente ela terá sido apresentada na tevê aberta. (TP).

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O verdadeiro humor dá um soco no fígado de quem oprime

As piadas não são isentas e carregam consigo os discursos dos preconceitos. Como se a humilhação diária e a recusa a cidadania já não fossem suficientes

por Djamila Ribeiro – Carta Capital

Assim como houve pensadores como Sartre, que criticava a arte pela arte, propondo uma arte engajada, Henfil, grande cartunista brasileiro, foi adepto de um humor engajado politicamente, não o humor pelo humor, como o próprio definiu: “Procuro dar meu recado através do humor. Humor pelo humor é sofisticação, é frescura. E nessa eu não tou: meu negócio é pé na cara”.

Visivelmente, o cartunista tinha uma posição de embate ao poder instituído. Infelizmente, não é o que vemos na grande mídia, salvo raras exceções. O que se vê é um humor rasteiro, legitimador de discursos e práticas opressoras e que tenta se esconder por trás do riso. Sendo a sociedade racista, o humor será mais um espaço onde esses discursos serão reproduzidos. Não há nada de neutro, ao contrário, há uma posição ideológica muito evidente de se continuar perpetuando as opressões.

Alguns humoristas, quando criticados, dizem estar sendo censurados. Há que se explicar para eles o que é censura. Primeiro, eles dizem e fazem coisas preconceituosas. Quem se sentiu ofendido, reclama. Onde está a censura nisso? Incomodam-se pelo fato de, cada vez mais, muitas pessoas denunciarem e gritarem ao ver suas identidades e subjetividades aviltadas; é como se dissessem “nem se pode mais ser racista, machista em paz”.

Acreditam ter uma espécie de poder divino de falar o que querem sem serem responsabilizados. Atualmente, pululam humoristas com esse viés. Comportam-se como semideuses, como Danilo Gentili, que chamou de macaco um moço que discordou dele. Marcelo Marrom, infelizmente, é um homem negro que faz piadas vergonhosas ridicularizando a si mesmo e pessoas negras. Age como uma espécie de neocapitão do mato, tentando caçar nossa dignidade, nossa autoestima, que há anos lutamos para ter. Capitão do mato do humor para entreter a casa grande. Que a ancestralidade tenha misericórdia dele. (mais…)

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Compensaciones de carbono son “cómplices” de acaparamiento genocida de tierras

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Organizaciones no gubernamentales denuncian complicidad de Banco Mundial y esquema REDD+ de las Naciones Unidas. Grave situación del pueblo Sengwer en Kenia revela cómo las compensaciones de carbono potencian la recolonización corporativa del Sur

Por Nafeez Ahmed* – Servindi

Entre 2000 y 2010, unos dos millones de kilómetros cuadrados de tierras en Asia, África y América Latina y el Caribe fue adquirido o negociado bajo acuerdos firmados en nombre de gobiernos extranjeros o empresas transnacionales.

Muchos de esos acuerdos se orientan hacia la producción de cultivos o biocombustibles para su exportación a países ricos y desarrollados – con la consecuencia de que los pequeños agricultores son desplazados de sus tierras y pierden sus medios de vida, mientras las comunidades locales pasan hambre. (mais…)

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El BNDES, la industrialización de sudamérica y la biodiversidad como prioridad

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¿Cuál es el rol del Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social (BNDES) de Brasil en la región de sudamérica? ¿Cuál es su responsabilidad social y ambiental en los megaproyectos que financia? ¿Cuáles son los estándares ambientales que se deben forjar en la región? Estos y otros temas aleatorios son examinados en el siguiente artículo por Oscar Guerrero Bojorquez.

El BNDES, la industrialización de sudamérica y la biodiversidad como prioridad

Por Óscar Guerrero Bojorquez*

Servindi, 14 de julio, 2014.- Inmersos en una época caracterizada por el avance desenfrenado de las tecnologías de punta y la expansión de los grupos monopólicos más allá de sus fronteras de origen, los planes de integración regional retoman vigencia apareciendo como la única alternativa encaminada a hacer realidad el sueño desarrollista de Suramérica. En este contexto y ante la necesidad de hacer frente a la nueva arquitectura del poder mundial nació la Unión de Naciones Suramericanas (UNASUR). Desde el punto de vista de la geopolítica la concepción de la UNASUR es por demás atinada entendiendo que en la actualidad los destinos de los habitantes del planeta son regidos por un mundo multipolar donde la idea misma del progreso cuenta con diversas interpretaciones. (mais…)

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