Juventude indígena de Amajarí debate o tema “Preservação da Cultura, Meio Ambiente e Fortalecimento da Nossa Autonomia”

juventude amajaríAscom/CIR

Após a tradicional Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima, 11 a 14 de março, evento destinado aos tuxauas, com a participação de outras lideranças indígenas e convidados, agora, a juventude indígena segue também com as atividades e discussões, realizando os encontros regionais.

Para os próximos dias 4, 5 e 6 de abril será realizado o II Encontro Regional dos Jovens Indígenas de Amajarí, com o tema “Preservação da Cultura, Meio Ambiente e Fortalecimento da Nossa Autonomia”, na comunidade indígena Araçá, região do Amajarí. Conforme a informação da Coordenação do evento, jovens indígenas da regiões do Surumu, Baixo Cotingo, Taiano e Serra da Lua, se mobilizam para participar do Encontro.

Com a previsão da participação de 300 jovens indígenas de 18 comunidades da região do Amajarí, o evento vem debater diversos temas como, meio ambiente, cultura, autonomia, fortalecimento da juventude, política partidária e outros, de acordo com a programação planejada para os três dias de evento. (mais…)

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A energia eólica é mesmo limpa?

Ruben SiqueiraPor Ruben Siqueira*, em A Tarde

A energia eólica vem se impondo sob a reputação quase unânime de ser renovável e limpa. Ventos ines­gotáveis e sem emissão de CO2 bas­tariam como argumentos. Ignoram­-se os impactos socioambientais, da produção dos equipamentos à insta­lação dos parques eólicos, sobretudo do modo como fazem aqui. Reforça um modelo desenvolvimentista – reduzido a crescimento econômico – impositivo, desregulamentado, bancado pelo Estado, voltado à ex­portação, com graves impactos e ilusão, omissão ou conivência da sociedade. Só não é descaradamente autoritário, como o dos militares, há 50 anos.

Precisamos de energia. Mas quase ninguém se pergunta se precisamos mesmo de toda esta energia, para que, para quem, quem lucra de fato, quem paga os custos. Se não é para produzir bens de consumo excessi­vos e obsolescentes, ao revés da cri­se ecológica. Se não compromete o futuro. E se ao final das contas todas vale a pena.

Como sempre, são os mais po­bres a “pagar o pato”. No caso, as comunidades camponesas onde es­tão sendo instalados os gigantescos parques eólicos. Volta a grilagem de terra, surgem de todo lado “donos” das áreas escolhidas. Os contra­tos de arrendamento são sigilosos, abusivos, gritantemente favoráveis às empresas, os camponeses mal sabem o que assinaram. Preveem multas de até R$ 20 milhões e pra­zos de até 50 anos, com renovação automática. São pagos entre R$ 5 mil e 7,5 mil/torre/ano, o valor da energia gerada em poucas horas. Muitas destas comunidades são “fundos de pasto”, forma tradicio­nal de uso comum das caatingas, protegida por lei estadual. As torres espantam não só aves, mas também bodes e abelhas, prejudicando suas atividades produtivas das mais rentáveis e adaptadas. Os sertanejos, obstáculos a contornar, não são nem “sócios” menores do lucrativo em­preendimento em suas terras. Nem garantia de ter em casa uma energia a ser exportada. (mais…)

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Violência policial contra a população preta e pobre: a ditadura não acabou

Atila Roque/Facebook
Atila Roque/Facebook

Por Henrique Santana, dRevista Vaidapé

Poucos dias antes do cinquentenário do golpe militar, foi assinado pela presidenta Dilma Rouseff (PT) um decreto que autoriza o emprego das forças armadas dentro do complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. A ocupação, meio à ação conjunta da Polícia Militar, com a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), prova que as conquistas obtidas nos últimos 50 anos na instauração de um regime “democrático” servem, na realidade, apenas à uma pequena parcela da população.

Mal se iniciaram as ocupações e já emergiram insatisfações dos habitantes do complexo, com denúncias de abusos em abordagens policias. Em matéria publicada no site da revista “Exame“, moradores entrevistados fizeram alguns relatos: “Eles estão esquecendo que somos trabalhadores. Levaram uma televisão de 32 polegadas de uma senhora. Estragaram a fechadura da minha porta. Eu sou trabalhador. Estou revoltado por causa disso” conta João, que disse trabalhar como pedreiro.

A presidenta de uma associação de moradores que se identificou como Andrea ainda apontou o descaso das políticas públicas na comunidade e a insatisfação com a entrada da polícia: “Estão entrando na casa dos moradores, estourando vidro de carro. Se damos bom dia, eles saem xingando. É muito abuso. A gente quer é políticas públicas aqui dentro. Que melhorem os serviços”. (mais…)

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Pesquisa da UFSCar aponta desigualdade racial na ação da PM em SP

racismo policialPesquisadores constataram que negros são maioria entre vítimas de mortes cometidas por policias, são mais presos em flagrante e mais visados em abordagens.

UFSCar

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos realizaram uma pesquisa inédita sobre o racismo na ação da Polícia Militar paulista. Os dados obtidos em entrevistas com policiais, observação das abordagens e análise de dados estatísticos mostram que os policiais matam e prendem mais pessoas negras do que brancas.

Coordenada pela Profa. Dra. Jacqueline Sinhoretto, do Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos do Departamento de Sociologia da UFSCar, a pesquisa analisou Inquéritos Policiais que versam sobre mortes cometidas por policias e que são acompanhados pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo e ainda dados obtidos junto à Secretaria de Segurança Pública. Além disso, foram entrevistados oficiais e praças da PM. (mais…)

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Golpe civil-militar. “Erro histórico”, diz CNBB

O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) aprovou no dia 1º de abril, declaração sobre os 50 anos do golpe civil-militar, intitulada “Por tempos novos, com liberdade e democracia”. O texto, assinado pela Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), alerta as “gerações pós-ditadura para que se mantenham atuantes na defesa do Estado Democrático de Direito”. Os bispos relembram “os 21 anos que fizeram do Brasil o país da dor e da lágrima” e reafirmam “o compromisso da Igreja com a defesa de uma democracia participativa e com justiça social para todos”. Eis a declaração

Por tempos novos, com liberdade e democracia

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB faz memória, neste 1º de abril, com todo o Brasil, dos 50 anos do golpe civil-militar de 1964, que levou o país a viver um dos períodos mais sombrios de sua história. Recontar os tempos do regime de exceção faz sentido enquanto nos leva a perceber o erro histórico do golpe, a admitir que nem tudo foi devidamente reparado e a alertar as gerações pós-ditadura para que se mantenham atuantes na defesa do Estado Democrático de Direito.

Se é verdade que, no início, setores da Igreja apoiaram as movimentações que resultaram na chamada “revolução” com vistas a combater o comunismo, também é verdade que a Igreja não se omitiu diante da repressão tão logo constatou que os métodos usados pelos novos detentores do poder não respeitavam a dignidade da pessoa humana e seus direitos. (mais…)

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Filha de Prestes pede revisão da Lei de Anistia: É um absurdo, um escândalo

335C08BC9EDE56D30DCADDC616EDB932718684BF3F7ABDAC0E2EC1E69E3CBCABPara Anita Leocádia Prestes, só revisão da Lei de Anistia e punição de culpados por crimes podem fazer do golpe de 64 uma página virada no País

Maurício Thuswohl – Carta Maior

Rio de Janeiro – Somente a revisão da Lei de Anistia promulgada em 1979 e a punição dos culpados pelos crimes cometidos à sombra do Estado durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985) poderão fazer com que o golpe que tirou do poder o então presidente João Goulart, ocorrido há 50 anos, possa se tornar de fato uma página virada da história nacional. Essa é a opinião da historiadora Anita Leocádia Prestes que, durante um debate sobre a ditadura militar promovido na terça-feira (31) pelo Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon) na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) no Rio de Janeiro, também criticou a Rede Globo e outros setores conservadores da sociedade por estarem aproveitando o aniversário do golpe para tentar construir novas teses e narrativas que justifiquem em certa medida a derrubada de Jango.

“A Lei de Anistia é um absurdo, um escândalo. No continente latino-americano, os nossos vizinhos estão há muito tempo processando e condenando esses torturadores, como é o caso da Argentina, onde até ex-presidentes ditadores foram condenados à prisão perpétua. No Brasil, os criminosos da ditadura estão morrendo de velhice, de morte natural, sem sequer serem processados”, afirmou a filha do histórico líder comunista Luís Carlos Prestes. (mais…)

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Chile: Solicitan intervención de Relator de la ONU ante fraudulentos reglamentos de consulta

mapuches

Consideran que transgreden derechos fundamentales de los pueblos indígenas

Servindi – A fin de lograr la derogación de dos reglamentos inconsultos, representantes de organizaciones mapuches del centro y sur del país solicitaron al Relator de la ONU de los Pueblos Indígenas, James Anaya, su intermediación ante el Estado chileno y en particular ante el gobierno de Michelle Bachelet.

Mediante una carta, las organizaciones solicitaron a Anaya sus buenos oficios a fin de conminar al Estado para que avance en la implementación objetiva del Convenio núm. 169 de la Organización Internacional del Trabajo (OIT). (mais…)

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Iraq será el primer país del mundo en legalizar la pedofilia

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Foto: Getty

El proyecto de ley Incluye condiciones que deberán respetar las mujeres que amamantan a sus hijos, y la niña, sólo se podrá divorciar de su marido, para estar con otro hombre

Terra – Siguiendo los preceptos más estrictos de la ley islámica, la Sharía, el gobierno de Bagdad ha presentado al Parlamento un proyecto de ley que permitiría el matrimonio a cualquier edad. En éste sólo existiría la autorización de divorciarse a los 9 años, y solo, para unirse a otro hombre, en el caso de las mujeres.

Dentro del escandaloso proyecto se adjuntan condiciones como la que dice que mientras una mujer amamante a su bebé, el hombre polígamo puede pasar noche tras noche con cualquiera de sus mujeres.

Una eventual aprobación, fragmentaría aún más las posiciones religiosas. Aquellos cristianos de Iraq, desde el comienzo de la invasión norteamericana y luego de la posterior guerra civil, han sufrido una auténtica hecatombe, víctimas de los ataques terroristas y del exilio. Ellos, oponentes a esta ley, temen por los derechos de las niñas y su seguridad, ya que consideran violación que una niña de cinco años (edad estimada para contraer nupcias) tenga relaciones con un hombre mayor.

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“O medo é a maior lembrança desse período”, por Cândido Grzybowski

Cândido Grzybowski* – Ibase

Lembrar e, mais até, descobrir a verdade são necessidades da vida humana. Afinal, somos sujeitos de história, queiramos ou não, é nossa sina como humanos. Trata-se de agir, e no agir significar, seja pelo objetivo que buscamos, seja pelas convicções que nos movem ao agir. Conscientemente, nada escapa ao crivo ético que carregamos dentro de nós, ao menos quando sabemos que somos responsáveis pelo que fazemos ou deixamos de fazer. Ou, ainda pior, pelo que aceitamos fazer o que outros nos impõem de algum modo.

Nas lembranças e buscas sobre os 50 anos da ditadura militar, que nos foi imposta em 31 de março de 1964, sinto muito conforto com várias muitas revelações e significados publicados sobre tal momento e suas consequências. As análises me dão o contexto de um momento que, ao menos nos primeiros anos, me fugia ao alcance. Eu era um jovem de 19 anos, recluso num seminário capuchino, muito influenciado pelos nascentes movimentos libertários no seio da Igreja do Vaticano II. Não tinha acesso a jornais, a novata televisão nem pensar, só havia o rádio, na maioria das vezes captado por aparelhos improvisados, feitos de pedra galena, buscando a emissora mais próxima. A necessidade faz a gente ficar inventivo. Eu estava no seminário de Garibaldi, pequena cidade da serra gaúcha, predominantemente de colonos italianos produtores de uva e vinho. Eu era o único descendente de colonos de origem polonesa, em meio àquela “italianada”.

Por sinal, as emissoras de rádio eram mais pró-golpe do que pela democracia. Minha participação externa, nos embates que aconteciam na rua, com todas as suas contradições, era quase nula por causa das normas de uma instituição corporativa, semelhante às instituições militares, como é muitas vezes a Igreja. Porém, os sonhos de revolução daquela geração jovem furavam todas as barreiras e eram o caldo de debates, muitas vezes escondidos, entre seminaristas e alguns poucos dos padres professores. (mais…)

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