PF vai indiciar por seis crimes responsáveis por retorno à Marãwaitsédè; prisões são avaliadas

Foto: José Medeiros/ Fotos da Terra
Foto: José Medeiros/ Fotos da Terra

Patrícia Neves, Redação Olhar Direto

A Polícia Federal de Mato Grosso deverá indiciar por seis crimes os responsáveis pelo fomento ao retorno de famílias à Terra Indígena Marãwaitsédè (em Alto Boa Vista, 1.060 km de Cuiabá). O delegado federal de Barra do Garças, Marcelo Xavier, informou que prisões não são descartadas e que já existe uma operação em andamento na área para remoção das famílias que retornaram à área.

O delegado explicou que mediante a identificação dos responsáveis eles serão indiciados pelos crimes de incêndio (artigo 250 do Código Penal) já que o posto da Funai instalado na área foi destruído pelo fogo pouco antes do retorno das famílias, incitação à prática de crimes (artigo 286), formação de quadrilha (artigo 288) e crime de desobediência (artigo 330) , além de invasão a terra pública (artigo 20 da Lei 4947/66) e ainda por crime ambiental (artigo 50 A, da Lei 9.605/98) .  (mais…)

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Indígena é assassinado e filho baleado em aldeia no sul da Bahia

Luto-300x225Agnaldo Oliveira Brás, 35 anos, estava jantando com o filho no momento do crime

Da Redação Correio 24h

Um índio da tribo pataxó foi morto a tiros na aldeia Imbiriba, em Porto Seguro, no sul da Bahia, na noite de segunda-feira (10). Agnaldo Oliveira Brás, 31 anos, estava jantando na sala de casa com o filho de 11 anos, quando foi surpreendido por um homem armado, por volta de 20h40.

Atingido na cabeça, Agnaldo morreu na hora. O filho dele também foi atingido em uma das pernas. A mulher do índio estava em outro cômodo e não ficou ferida.

Segundo o cacique Zeca Pataxó, coordenador do Movimento Indígena da Bahia (Miba), a família ainda não sabe o que pode ter motivado o homicídio. “Ele era uma pessoa muito tranquila e estava trabalhando para a Prefeitura como administrador da aldeia. A gente não consegue entender porque isso aconteceu. A polícia está trabalhando em cima disso. Estamos cobrando das autoridades mais agilidade possível”, diz o coordenador.

A Polícia Militar ainda realizou rondas na aldeia após o crime, mas nenhum suspeito foi localizado. O garoto foi levado para o Hospital Luís Eduardo Magalhães e está fora de perigo. A família aguarda liberação do corpo do índio pelo Departamento de Polícia Técnica de Porto Seguro. O sepultamento está marcado para as 17h desta terça-feira (11), na aldeia Imbiriba.

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17 de Abril – Día Internacional de las Luchas Campesinas en Defensa de las Semillas Campesinas

Afiche 17 de Abril - CpiaLlamado Internacional – La Vía Campesina

Las campesinas y los campesinos articulados en la La Vía Campesina convocamos este 17 de Abril, al día de acción y movilización global en defensa de las luchas campesinas con un énfasis en las semillas campesinas.

Las semillas tienen un lugar fundamental en la lucha por la soberanía alimentaria. De ellas depende, a cada ciclo de siembra, el alimento de los pueblos, cómo se cultiva y quién lo cultiva. Las semillas también transmiten la visión, los saberes, las prácticas y la cultura de las comunidades campesinas.

Desde hace 100 años nuestras semillas han sido agredidas por capitales quienes buscan privatizlarlas y estandarizarlas a favor de una agricultura industrial. En los últimos años se ha intensificado este despojo a través de nuevas ‘Leyes Monsanto’ que criminalizan a los campesinos por utilizar sus propias semillas a favor de semillas registradas o patentadas de la industria y través de los transgénicos. (mais…)

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SP – Mineração deixa destruição em Terra Indígena Piaçaguera

Foto: Carlos Penteado
Foto: Carlos Penteado

Índios de Piaçaguera sofrem com a falta de diálogo entre os órgãos responsáveis pela recuperação da área


Peruíbe (SP)
 – A Terra Indígena Piaçaguera, localizada em Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, foi alvo de exploração mineral por um longo período desde os anos 1950 até 2007. Os impactos dessa atividade para a vida e a cultura dos Tupi-Guarani são sentidos até hoje pela comunidade, que sofre também com a falta de informação e diálogo entre os órgãos responsáveis pela fiscalização e recuperação da área. Os índios souberam este ano, por intermédio da Comissão Pró-Índio de São Paulo, que o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) apresentado pela Mineradora Vale do Ribeira Indústria e Comércio de Mineração S/A foi aprovado pelo Ibama em 2008 e já se encontra em execução. Tampouco à Funai estava ciente do fato. (mais…)

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Longa-metragem gravado em acampamento tem estreia nacional

Foto: Talles Reis
Foto: Talles Reis

Por Talles Reis, da Página do MST

O Troféu Candango, premiação do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, é um dos mais cobiçados por atores, atrizes e profissionais de cinema de todo o Brasil.

Muitos Candangos foram distribuídos nas quarenta e seis edições deste festival, um dos principais do país. Porém, nenhum ocupa uma casa tão simples e modesta como o que está com Elayne de Moura, no bairro Parque Capibaribe, na periferia de São Lourenço da Mata, região metropolitana de Recife.

Elayne ganhou o Candango de Melhor Atriz Coadjuvante no 45º Festival de Brasília, ocorrido em 2012, por sua atuação no longa-metragem “Eles Voltam”, do diretor Marcelo Lordello, que somente agora chega aos cinemas brasileiros (Confira o trailer do filme no final da matéria). (mais…)

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Garimpeiros se aproveitam de políticas governamentais ineficientes e conseguem ‘reabrir’ garimpo de diamantes na reserva Cinta-Larga

Garimpo 6Há dez anos, 29 garimpeiros foram assassinados na região em meio a desentendimentos com os índios

Valor Econômico – Numa porção da floresta Amazônica onde pode estar uma importante jazida de diamantes, índios e garimpeiros refizeram uma lucrativa parceria para extrair e vender as pedras de maneira ilegal.

A atividade foi retomada no fim do ano passado na Terra Indígena Roosevelt, uma área que se estende por Rondônia e Mato Grosso.  Há dez anos, 29 garimpeiros foram assassinados na região em meio a desentendimentos com os índios por causa do tesouro que aflora nessas terras.

O que sai da região tem um destino conhecido de autoridades: o comércio internacional ilegal de diamantes.  As suspeitas são de que as pedras de Roosevelt acabem chegando às mãos de compradores na Bélgica, Emirados Árabes Unidos, EUA, Índia e Israel, centros de lapidação e comércio de diamantes.  É uma longa cadeia ilícita, da qual em geral participam doleiros, contrabandistas, empresas de fachada e, por vezes, agentes da lei.  (mais…)

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Mais de três mil camponeses ocupam o pátio do MDA em Brasília

mcp_1Do MCP

Desde as 5 horas da manhã de hoje (11), mais de três mil camponesas e camponeses, organizados no Movimento Camponês Popular, montaram acampamento no pátio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília.

A atividade integra a “Jornada de Luta em Defesa da Produção de Alimentos Saudáveis e pelos Direitos das Mulheres Camponesas”, realizada hoje (11) e amanhã (12), e conta com uma série de marchas, ocupações e audiências, motivadas pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres.

A data é marcada por mobilizações das organizações do campo e da cidade como forma de ecoar as vozes, de tantas mulheres lutadoras, nas praças, ruas e avenidas.

Camponesas e camponeses mobilizam-se, pois o Brasil está cada vez mais dependente da importação de alimentos básicos, enquanto exporta soja e outras commodities. (mais…)

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Justiça manda hidrelétricas do Madeira refazerem estudos de impacto ambiental em Rondônia

A Justiça Federal determinou nesta segunda-feira (10) que os consórcios Santo Antonio Energia e Energia Sustentável do Brasil, responsáveis pela construção das hidrelétricas do Rio Madeira, em Porto Velho (RO), refaçam o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) considerando todos os impactos decorrentes da vazão e volume histórico do maior afluente do Rio Amazonas

Altino Machado – blog Amazônia/Terra

Por causa da cheia do Rio Madeira, mais de 10,5 mil pessoas deixaram suas casas em Rondônia. A BR-364 teve que ser fechada para ônibus e e automóveis porque alguns trechos estão inundados. Apenas caminhões podem trafegar durante o dia na rodovia federal, que é a na única via de acesso terrestre do Acre ao restante do país. O Acre enfrenta problemas de abastecimento de insumos para construção civil, alimentos perecíveis, combustível e gás de cozinha.

De acordo com a decisão do juiz federal Herculano Martins Nacif, da 5ª Vara Ambiental e Agrária, os aspectos mais relevantes que devem ser considerados pelos consórcios com o novo EIA-RIMA envolve a ictiofauna de todo o rio, o tamanho dos reservatórios a montante e os reflexos a jusante, o que abrange curva de remanso, populações afetadas, estradas alagadas, patrimônio histórico, reservas ambientais afetadas, desbarrancamento e movimentação de sedimentos. (mais…)

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50 anos do golpe. Uma ferida que sangra sempre

“O golpe militar de 1964 marcou minha vida e da minha família para sempre. Três palavras me guiaram para enfrentar a vida: lembrar e resistir sempre”. O comentário é de Maria Amélia Teles da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, que se dedica à responsabilização dos agentes do Estado pelos crimes cometidos durante a ditadura, em artigo publicado por Carta Capital. Eis o artigo

IHU On-Line – Aquele dia 31 de março de 1964, era uma terça-feira. Voltei para casa, depois de um dia de trabalho na Companhia Siderúrgica Mannesmann, no Barreiro de Baixo, periferia de Belo Horizonte. O clima político andava nervoso, conflitos constantes. Havia comentários de todo o tipo na rua; “provocações” de pessoas estranhas, assim como gente que torcia para as reformas políticas prometidas darem certo.

Cheguei cansada e pensava nos acontecimentos violentos ocorridos depois de 13 de março, data memorável do Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, quando Jango anunciou as reformas de base, inclusive a tão “temida” pela elite brasileira: a reforma agrária. Alguns dias depois (dia 19 de março), em resposta ao sucesso do comício, as elites organizaram a “Marcha com Deus pela Família e pela Liberdade”, com a mobilização de mulheres das periferias, negras, pobres, dirigidas por uma elite branca da classe média: as “patroas”, integrantes da Igreja Católica, e da cúpula de militares.

Tiveram um amplo apoio das forças conservadoras e reuniram, em Belo Horizonte, cerca de 250 mil mulheres. A marcha ocupava uma extensão que unia as praças Sete de Setembro e Raul Soares (seria um quilômetro de mulheres?). Nesse dia, não me lembro por qual razão me encontrava no centro de Belo Horizonte e vi com meus próprios olhos a Marcha, o que me causou muito mal-estar: ver mulheres pobres sendo manipuladas para defender ideias e bandeiras contrárias a elas próprias e as suas comunidades. Que tristeza que eu senti. Pensei com os meus botões: “há algo errado no nosso trabalho”. (mais…)

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