Belo Monte: Trabalhadores acusam policiais de incitar operários à violência contra indígenas

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Policiais prendem trabalhador no canteiro ocupado pelos indígenas. Foto – Waro Munduruku. 30/05/2013

Por Ruy Sposati, em Xingu Vivo

Trabalhadores alojados no canteiro de obras da usina hidrelétrica Belo Monte, ocupado por indígenas desde segunda-feira, 27, acusam policiais de incitarem operários a entrarem em confronto com indígenas. Segundo relatos, alguns trabalhadores que tentavam diálogo com indígenas teriam sido perseguidos, espancados e demitidos.

Uma das vítimas desta violência afirma que policiais da Rotam fardados teriam ido ao alojamento dos trabalhadores do Sítio Belo Monte e estimulado um grupo de operários a beber e entrar em conflito com os indígenas. Outro operário confirmou as informações: “O policial disse que quer que nós entre em conflito com os indíos, pra não meter a Força Nacional e nem a patrimonial no meio”, afirmou o trabalhador. Ambos os depoimentos estão registrados em vídeo. (mais…)

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Ecuador: Indígenas se declaran “en resistencia” frente a reformas de Ley de Minería

Imagen APIServindi, 30 de mayo, 2013.- Organizaciones indígenas de Ecuador afirmaron que se declararán “en resistencia” contra la anunciada reforma a la Ley de Minería propuesta por el Poder Ejecutivo. Consideran que los cambios violentan sus derechos y exigen ser consultados.

Sin precisar qué medidas tomarán, la cuarta asamblea de la Confederación de Pueblos de la Nacionalidad Kichwa del Ecuador (Ecuarunari), se reunió en Quito y resolvió que ejercerá su “derecho a resistencia” ante la proyectada modificación de la norma. Ésta reduce drásticamente los permisos requeridos para iniciar exploraciones.

Las organizaciones exigen que se realice una consulta pre legislativa, tal como lo solicitaron –sin obtener respuesta- el pasado 23 de mayo, en un documento dirigido a la Asamblea Nacional. (mais…)

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Comissão Nacional da Verdade, MPF e Secretaria de Direitos Humanos conduzirão exumação de Jango

Da Agência Brasil

Brasília – A exumação dos restos mortais do presidente João Goulart, morto na Argentina em 6 de dezembro de 1976, será conduzida pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS) e a Secretaria de Direitos Humanos (SDH). Também participarão da exumação a Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) e o Instituto João Goulart.

A decisão foi tomada hoje (ontem, 29) em reunião ocorrida em Porto Alegre, com a participação da ministra Maria do Rosário; da coordenadora da CNV, Rosa Cardoso, e da procuradora da República Suzete Bragagnolo, responsável pelo inquérito.

Por imposição do regime militar brasileiro, Goulart foi sepultado apressadamente em São Borja, sem passar por uma autópsia. Desde então, existe a suspeita de que a morte de Jango poderia ter sido articulada pelas ditaduras do Brasil, da Argentina e do Uruguai.

Existem provas de que o ex-presidente foi monitorado durante todo o seu exílio. O ex-agente uruguaio Mario Neira Barreiro, preso no Brasil por outros crimes, deu entrevistas e depoimentos em que disse que existiu a Operação Escorpión, um plano para matar o presidente, que teria sido concluído por meio da adulteração dos remédios para o coração que Jango tomava. (mais…)

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Belo Monte: manifestantes temem que situação termine como no MS e exigem retirada da polícia

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Por Ruy Sposati, em Xingu Vivo

Os 170 indígenas acampados há quatro dias na Usina Hidrelétrica Belo Monte exigem a retirada imediata da polícia da ocupação do canteiro. Os manifestantes temem que aconteça o mesmo que no Mato Grosso do Sul, onde uma ação de reintegração de posse na Terra Indígena Buriti terminou com a morte de um indígena Terena na manhã desta quinta-feira, 30.

“Será que depois de um juiz ter derramado sangue no Mato Grosso do Sul, o juiz daqui vai decidir fazer o mesmo?”. Os manifestantes de Belo Monte aguardam uma proposta do governo federal sobre as reivindicações da ocupação.

“Enquanto a houver a presença dos policiais da Força Nacional, não podemos dialogar”, afirmaram os indígenas em carta escrita na manhã de quinta. A notícia do assassinato de um indígena Terena pela Polícia Federal dentro da Terra Indígena Buriti preocupou ainda mais os indígenas, que já temiam um ataque violento. (mais…)

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Íntegra do depoimento da historiadora Dulce Pandolfi à Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro

“Por acreditar que no Brasil de hoje a busca pelo “direito à verdade e à memória” é condição essencial para nos libertarmos de um passado que não podemos esquecer, aceitei o convite da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro para fazer hoje, aqui, esse depoimento. Mesmo sem nenhum mandato, quero falar em nome dos presos, torturados, assassinados e desaparecidos pela ditadura militar que vigorou no nosso país entre 1964 e 1985.

Como historiadora, sei que a memória não diz respeito apenas ao passado. Ela é presente e é futuro. Os testemunhos que estão sendo dados à Comissão da Verdade, embora sobre o passado, dizem respeito ao presente e apontam para o futuro, por isto mesmo espero que ajudem a construir um Brasil mais justo e solidário. Sei também que da memória – sempre seletiva – , fazem parte o silêncio e o esquecimento. Por isso, nessas minhas fortes lembranças, permeadas por ruídos, odores, cores e dores, estarão presentes ausências e esquecimentos.

Nascida e criada em Recife, fiz parte de uma geração que sonhou e lutou muito. Queríamos romper com as tradições, acabar com miséria e com as injustiças sociais, reformar a universidade, derrubar a ditadura, enfim, queríamos transformar o Brasil e o mundo.

Em 1968, um ano marcado por muitas paixões e fortes embates políticos e ideológicos, eu, cursando o segundo ano de Ciências Sociais, fui eleita secretária geral do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco, DCE, entidade que congregava todos os estudantes daquela universidade. Naquele ano o movimento estudantil explodiu por toda parte. (mais…)

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Cimi: Novo genocídio ameaça povos indígenas do país

De acordo com o relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sobre a violência que atinge os povos indígenas, somente entre 2003 e 2011 foram assassinados 503 índios, dos quais 273 são do povo Guarani Kaiowá

Dermi Azevedo

Carta Maior – O aumento dos casos de violência que envolvem, de um lado, latifundiários e grileiros e, de outro lado, lideranças e povos indígenas do Brasil, apontam para um novo genocídio. É o que denuncia o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), um órgão ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

De acordo com o relatório sobre a violência que atinge os povos indígenas, somente entre 2003 e 2011 foram assassinados 503 índios, dos quais 273 são do povo Guarani Kaiowá. Os índios Kaiowá chegaram a publicar uma carta que foi traduzida e divulgada em todo o mundo:

“Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos em ser mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção: esta é a ultima decisão unânime diante do despache da Justiça”. (mais…)

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Buriti: Índios Terena relatam desocupação violenta e com muitos feridos, diz deputado

Barreira da PF impediu a entrada de jornalistas. (Foto: João Garrigó)
Barreira da PF impediu a entrada de jornalistas. (Foto: João Garrigó)

Uma desocupação violenta e com muitos feridos. Segundo do deputado estadual Pedro Kemp (PT), ligado à questão indígena, estas duas informações lhe foram passadas por diversas pessoas, que desde às 10h30, ligam para o seu celular em busca de auxílio.

“Estou conversando com várias entidades, com o MPF [Ministério Público Federal]. Mas não temos muito o que fazer, é uma decisão judicial. Relataram que estão acontecendo excesso e abusos, que foi muito violenta”, afirma o parlamentar.

Marcada por confronto entre índios e policiais, a reintegração de posse deixou cinco terenas feridos e um morto. Oziel Gabriel, 35 anos, morreu no hospital beneficente Dona Elmira Silvério Barbosa.  (mais…)

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Índio terena morre em confronto com a polícia durante desocupação em Sidrolândia (MS)

Celso Bejarano, do UOL, em São Paulo

Um índio terena de 32 anos de idade morreu durante confronto com policiais militares e federais no final da manhã desta quinta-feira (30) na fazenda Buriti, em Sidrolândia (67 km de Campo Grande, ocupada pelos índios 15 dias atrás. Índios e policiais federais entraram em confronto durante ação de reintegração de posse de área da fazenda.

Agentes da Gigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) e da PF usaram bombas de efeito moral e balas de borracha. Os índios usaram pedaços de madeira e pedras. Ao menos quatro índios terena foram feridos. Eles foram levados para o hospital Dona Elmira Silvério Barbosa.

A Justiça Federal já havia determinado o despejo assim que a área foi invadida, em 15 de maio passado, mas a corte recuou dando prazo aos índios, vencido nesta quarta-feira (29). Ontem, contudo, durante audiência participada pelos terena e os fazendeiros da região, em Campo Grande, ficou definido que os índios deviam sair da área.

A fazenda pertence à família de Ricardo Bacha, ex-deputado estadual. Os índios brigam pela posse da área desde o início de 2000, quando a Funai, por meio de estudo antropológico, determinou que a área em questão é dos índios. (mais…)

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Índios e policiais de MS entram em confronto durante reintegração

Agentes da PF e Cigcoe usaram balas de borracha e bombas de efeito moral. Terenas se recusam a deixar área e revidam com pedras.

Tatiane Queiroz, do G1 MS, em Sidrolândia

Indígenas que ocupam a fazenda Buriti em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, entraram em confronto com a Polícia Federal e Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) nesta quinta-feira (30), durante o cumprimento da reintegração de posse. Mesmo com a determinação da Justiça, os terena se recusam a deixar o local.

Os agentes e militares usam balas de borracha e bombas de efeito moral para tentar controlar e retirar do local os índios, que estão armados com lanças e revidam atirando pedras. Alguns terenas estão feridos, a polícia nega essa informação.

A sede da fazenda chegou a ser incendiada pelos indígenas. O fogo foi controlado pela equipe do Corpo de Bombeiros que foi ao local dar apoio na operação.

Lideranças indígenas disseram ao G1 que foram surpreendidos pelas equipes da polícia. Já a Polícia Federal informa que tentou negociar a saída dos terena de dentro da fazenda antes do início do confronto. (mais…)

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