Discurso de ódio espanta anunciantes do Facebook

Grupo de ativistas fez alerta sobre vínculo de conteúdo ofensivo com anúncios; Facebook diz que vai revisar diretrizes

Bloomberg News – O Estado de S.Paulo*

Depois de receber queixas sobre páginas que encorajavam a violência contra mulheres, o Facebook decidiu intensificar seus esforços para retirar os discursos de ódio da rede social – tipo de conteúdo que acabou fazendo algumas empresas suspenderem anúncios no site.

A unidade britânica da montadora Nissan e a financeira Nationwide Building Society, por exemplo, removeram alguns anúncios que podem ter aparecido perto de conteúdo ofensivo. As empresas tomaram essa atitude após o grupo ativista Women, Action & the Media dizer, em uma carta aberta na semana passada, que o Facebook tinha “grupos, páginas e imagens explicitamente coniventes com estupro ou violência doméstica ou que sugerem ser motivo de riso ou zombaria”. (mais…)

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Porões da ditadura na capital mineira são esquecidos

RESQUÍCIOS – Manchas de sangue ainda marcam as paredes do “Inferno da rua Uberaba”
RESQUÍCIOS – Manchas de sangue ainda marcam as paredes do “Inferno da rua Uberaba”

Fernando Zuba – Hoje em Dia

O resultado de uma pesquisa conduzida pela equipe da professora Heloísa Starling, coordenadora do Projeto República, da UFMG, e assessora da Comissão Nacional da Verdade (CNV), apontou que cinco centros de torturas, no período da ditadura, funcionavam de maneira efetiva em Minas. Dois na capital, um em Ribeirão das Neve e dois em Juiz de Fora, na Zona da Mata. (mais…)

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Cuba rechaça inclusão do país na lista de nações que patrocinam o terrorismo

Renata Giraldi* – Agência Brasil

Brasília – O governo do presidente Raúl Castro rejeitou a inclusão de Cuba, por mais um ano, na lista de países denominados patrocinadores do terrorismo, que é elaborada pelos Estados Unidos. Para as autoridades cubanas, a denominação é injusta e arbitrária e pretende justificar a manutenção do embargo econômico, imposto pelos norte-americanos há mais de meio século. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba condenou a inclusão e pediu providências para a retirada do país da lista.

“Essa vergonhosa decisão foi tomada faltando, de forma deliberada, com a verdade, ignorando o amplo consenso e a exigência explícita de inúmeros setores da sociedade norte-americana e da comunidade internacional para que se ponha fim a essa injustiça”, disse, em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

O comunicado acrescentou que Cuba rejeita energeticamente o uso, com fins políticos, de um assunto tão sensível como o terrorismo internacional. “[Cuba exige que] se ponha fim a esta designação vergonhosa que ofende o povo cubano, tendo como único objetivo tentar justificar o bloqueio anacrônico e cruel contra o país e que desacredita o próprio governo dos Estados Unidos”. (mais…)

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Chile deverá reabrir caso de desaparecimento de médicos durante governo Pinochet

Renata Giraldi* – Agência Brasil

Brasília – As autoridades do Chile deverão reabrir as investigações sobre o desaparecimento de dois ativistas políticos no período da ditadura do ex-presidente Augusto Pinochet (1973-1990). A reabertura será feita em decorrência de recursos impetrados por parentes e amigos. A Justiça chilena deverá investigar o desaparecimento dos médicos Hernán Henríquez e Alejandro Flores.

No governo Pinochet, segundo dados de organizações não governamentais, mais de 3.200 chilenos foram mortos, 37 mil pessoas foram vítimas de prisão forçada e torturas. Ainda estão abertas 1.104 ações sobre denúncias de violação de direitos humanos ocorridas no período. Há registros de 1.192 pessoas desaparecidas.

O caso de Henríquez e Flores deverá ser julgado pelo juiz Álvaro Mesa. Ele apura o desaparecimento de Henríquez e o envolvimento de 16 militares da Força Aérea de Chile. Os parentes contam com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo (que é alemã) e do grupo de advogados liderado por Roberto Garretón. A viúva do médico, Ruth Kries, disse que espera há 40 anos pela Justiça. (mais…)

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‘Programa de índio’: preconceito, sim senhor! (Excelente!)

Antônio Claret Fernandes* – Combate Racismo Ambiental

Jairo, dos Munduruku do Tapajós, fora incisivo em seu depoimento no simpósio promovido por equipe da Universidade Federal do Pará, no dia 17 de maio, em Altamira: ‘índio não quer ser peça de museu, quer ser um povo vivo!’.

Seu grito soa como uma profecia! Alguém que se move e esperneia frente à ameaça de extinção pela prepotência do Capital, materializado em nomes e endereços reais e concretos. O projeto neocolonial em implantação na Amazônia, com expansão intensiva do capitalismo a qualquer custo, é uma salada mista com vários ingredientes, entre os quais se destacam a força bruta, a pressão psicológica, a cooptação e o preconceito.

A Transamazônica fora aberta pela força bruta, no sentido literal, durante a Ditadura Militar. O slogan era ‘terra sem homem para homem sem terra’. Claro! Os indígenas, habitantes dessas florestas, não eram considerados ‘homens’ nem gente.

Um morador de Altamira, orgulhoso de ter sido caçador à época, levanta a camisa e mostra as marcas da flechada, que lhe perfurara a barriga, deixando aquela horrível cicatriz. Quem eram esses tais caçadores? O que exatamente eles faziam? Eram ‘profissionais’ conhecedores dos segredos da floresta, em geral amigos dos indígenas, contratados pelos militares aparentemente para lhes garantir a ‘mistura’ com carne de caça. Só aparentemente, pois a verdadeira função deles, e aí está a força brutal, era caçar indígenas, tangê-los – como se faz com gado – e matá-los, sem dó nem piedade, ao menor sinal de resistência. Assim, abriam caminho para a estrada em meio à floresta, quebrando a resistência da flecha com o peso da bala. (mais…)

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Nota do PSTU-MS sobre o Assassinato do indígena Oziel Gabriel na fazenda Buriti

Lamentavelmente assistimos, mais uma vez, a um ato de continuidade do genocídio contra os povos indígenas no Estado de Mato Grosso do Sul, fruto da política de inércia do governo Dilma Rousseff em relação às demarcações de suas terras.

Policiais Federais assassinaram na manhã de hoje, durante cumprimento de reintegração de posse que resultou em um confronto na Fazenda Buriti em Sidrolândia, o estudante indígena Terena Oziel Gabriel, em uma clara demonstração de repudio aos movimentos sociais, cuja ação tem apoio, além do Governo Estadual, dos fazendeiros e donos do agronegócio no Estado. Outros cinco indígenas foram feridos.

Trata-se de uma luta legítima de retomada de suas terras desde a década de 90 abrangendo 12 comunidades da região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, cujos laudos emitidos pelos antropólogos que atuam no processo de demarcação já consideraram essa região como território indígena.

No entanto, a justiça brasileira beneficia os verdadeiros invasores, demonstrando de que lado está, desconsiderando a dignidade de um povo originário. (mais…)

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