Olca e organizações entregam carta a embaixada do Peru pedindo fim da megamineração química

Natasha Pitts – Adital

O Observatório Latino-americano de Conflitos Ambientais (Olca) entregou na manhã de ontem (18) uma carta ao conselheiro da embaixada do Peru no Chile. O documento, assinado por 13 organizações que atuam contra a megamineração química, pede o fim da criminalização do protesto social no Peru e demanda que as comunidades sejam escutadas em seus reclamos por proteção aos bens comuns.

A carta, entregue por Lucio Cuenca Berger, diretor do Olca, também lembra a morte de quatro campesinos, assassinados recentemente no contexto das lutas por vida e água em seus territórios.

“As quatro novas vítimas de Espinar, somadas as de Bagua e às centenas de milhares de mortes lentas produto de projetos como Yanacocha, Tia Maria, Tintaya e outros, motivam a que, como comunidades que rechaçamos a megamineração em nosso território chileno, nos solidarizemos com o que sofre o mesmo flagelo em países vizinhos. Neste sentido, cremos que é urgente que sua embaixada manifeste público rechaço ao modo de operar das autoridades e da empresa mineira”, manifesta a carta. (mais…)

Ler Mais

Comissão da Verdade busca informações sobre desaparecidos da Operação Condor

Ana Graziela Aguiar – TV Brasil

BRASÍLIA – A dor de quem tem um parente desaparecido parece eterna. É o caso de Deni Peres, que não sabe o paradeiro do irmão Luiz Renato Pires, o único brasileiro que desapareceu na Bolívia, vítima da Operação Condor, ação conjunta entre seis países sul-americanos, inclusive o Brasil, contra opositores às ditaduras militares, no fim da década de 1970.

“É a falta de não ter enterrado um corpo, não ter um final”, desabafa Deni Peres. O governo do Brasil reconheceu, até hoje, o desaparecimento de 13 brasileiros fora do país durante a operação, sendo sete na Argentina, cinco no Chile e apenas um na Bolívia.

Na tentativa de esclarecer o que ocorreu com esses desaparecidos políticos, a Comissão Nacional da Verdade criou um grupo exclusivo para tratar da Operação Condor. A coordenadora do trabalho e conselheira da comissão, Rosa Maria Cardoso, diz que o grupo irá em busca de documentos e depoimentos para resgatar a história. “Nós vamos caracterizar essa operação, levantando questões factuais e evidências também. Vamos ver os antecedentes no caso brasileiro”, disse. (mais…)

Ler Mais

Pará: latifundiários cercam e ameaçam sem terra

Acampamento Frei Henri, do MST, à margem da rodovia PA-275, em Parauapebas, (PA), ameaçado por latifundiários

São 280 famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais mobilizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, que desde o ano de 2010 se encontram acampadas em uma área rural no município de Curionópolis, conhecida como acampamento Frei Henri, à margem da rodovia PA-275, a 16 quilômetros da cidade de Parauapebas, no Sudeste do Pará

Terra da União
Esta área, medindo 400 hectares, pertencente à União, conhecida como fazenda Fazendinha é de interesse de um fazendeiro conhecido como Dão Baiano, que já tentou regularizar a área em nome de uma de suas filhas, mas foi negado por representantes do programa Terra Legal, tendo em vista que a mesma já é assentada em um Projeto de Assentamento do INCRA. (mais…)

Ler Mais

El reto es preservar nuestro planeta, para conservar la vida

Delegados y delegadas de 91 organizaciones del campo y de la ciudad  de alrededor de 23 países del continente se dan cita en Managua Nicaragua para celebrar la I Asamblea continental de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo -CLOC- Vía Campesina

Luis Andrango de la región andina y  secretario operativo de la CLOC Vía Campesina dijo que es preocupante la ofensiva del capital y del imperio, que se expresa en el incremento del agronegocio cuyas repercusiones se ven reflejadas en el proceso sistemático de acaparamiento de tierra en pocas manos, señaló la contaminación y saqueo de los bienes naturales y la mercantilización y robo de las semillas criollas que realizan las empresas transnacionales en el continente  para convertirlas en mercancía, asimismo indicó que no se puede permitir que la alimentación se convierta en una mercancía más por parte de las grandes empresas, reiteró que alimentarse sanamente es un derecho fundamental de todo hombre y mujer, dijo que para combatir el hambre debe combatirse las causas estructurales que llevan a la pobreza al continente. (mais…)

Ler Mais

Los derechos a la alimentación constituyen ahora la base de la Política Marco de Seguridad Alimentaria

La Via Campesina saluda la adopción, el 17 de octubre de 2012, de la primera versión del Marco Estratégico Mundial para la Seguridad Alimentaria y la Nutrición (GSF) del Comité de Seguridad Alimentaria Mundial (CFS). El movimiento campesino internacional ha participado de forma intensiva en su elaboración junto con otras organizaciones del Mecanismo de la Sociedad Civil.

Se trata de un logro importante del Comité de Seguridad Alimentaria Mundial (CFS). El marco del GSF será la primera referencia mundial para una coordinación y coherencia en la toma de decisiones sobre temas de alimentación y agricultura.
El GSF supone un paso adelante en la promoción de un nuevo modelo de gobernanza para alimentación, agricultura y nutrición. Este documento está basado en el enfoque de derechos humanos, derechos de las mujeres y en el reconocimiento del papel central de los pequeños agricultores, campesinos y campesinas, trabajadores rurales de la alimentación, pescadores artesanales, pastoralistas, pueblos indígenas, personas sin tierra, mujeres y jóvenes en la seguridad alimentaria y nutricional. (mais…)

Ler Mais

Florestas vetadas

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anuncia o desmonte final do Código Florestal. Foto: Agência Brasil

Dilma dá o último passo no processo do Código Florestal e, com vetos parciais, consolida legislação que tem pouco de proteção e muito de devastação. Sociedade civil se mobiliza por lei popular do desmatamento zero

No apagar das luzes desta quarta-feira, o governo federal anunciou o veto parcial à Medida Provisória do Código Florestal, encerrando mais um capítulo de desmonte da legislação ambiental brasileira e passando um claro recado àqueles que por anos desmatam nossas florestas e apostam na impunidade: o crime valeu a pena.

Mesmo com os vetos, a lei mantém a anistia. O perdão a quem desmatou ilegalmente permanece com o estabelecimento de limites menores de recuperação a quem derrubou floresta até 2008. Além disso, com a nova lei a insegurança jurídica no campo continuará. A norma tratará como desigual proprietários que tenham as mesmas condições, o que pode causar questionamentos na Justiça. Infelizmente, mesmo com vetos, o novo Código Florestal deixa de ser uma lei das florestas para ser uma legislação que consolida desmatamentos ilegais. (mais…)

Ler Mais

Índios fazem representantes da Funai reféns em duas cidades mineiras

Prédio do órgão foi ocupado por grupos de três tribos indígenas em Governador Valadares. Em Carmésia, representantes do órgão ficaram sob poder dos índios até a ocupação terminar

Daniel Silveira

João Henrique do Vale

Cerca de 50 índios, de etinias diferentes, ocuparam nesta quinta-feira a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Dois vigilantes do prédio foram mantidos reféns pelos indígenas, que exigem mudanças na coordenação da entidade na região. Em Carmésia, representantes do órgão também foram mantidos reféns enquanto ocorria a manifestação em Valadares. No fim da tarde todos foram libertados.

A ocupação teve início por volta das 9h. Dois vigilantes do prédio, localizado no Bairro Esplanada, foram rendidos e mantidos sob o poder dos índios. Assim que a Polícia Federal chegou no local os índios apresentaram uma pauta de reivindicações. A principal exigência é a mudança da chefia da Coordenação Regional de Governador Valadares, atualmente ocupada por Edelvira Tureta. Os índios alegam que não há diálogo com a responsável e que não é dado andamento nas solicitações feitas pelas tribos. (mais…)

Ler Mais

Falsos mitos sobre a agroecologia

Neste vídeo criado pela Campanha Cresça, da Oxfam, em parceria com a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), são esclarecidos três falsos mitos sobre a agroecologia que são amplamente disseminados. De maneira simples, as organizações conseguem mostrar como a agroecologia não produz alimentos mais caros, faz grande uso de tecnologia e tem uma produtividade tão boa ou melhor que a da agricultura convencional. Além disso, com os dados apresentados é provado que a agroecologia é a grande alternativa para um sistema agrícola que possa alimentar o mundo.

Falsos mitos sobre a agroecologia

Ler Mais

Mais usinas hidrelétricas na Amazônia

Telma Monteiro

Em várias oportunidades as autoridades do setor elétrico têm afirmado que as usinas a “fio d’água”[1]  que estão sujeitas aos regimes de cheias e secas cada vez mais acentuados das bacias hidrográficas, devido às mudanças do clima, podem ser um equívoco[2].  Essa mudança de enfoque por parte do governo pode significar uma espécie de antecipação de futuros projetos com reservatórios maiores. Na Amazônia, onde os rios são de planície, a catástrofe seria incalculável.

A moda das grandes hidrelétricas a “fio d’água”, no Brasil, começou no projeto da usina hidrelétrica Luiz Carlos Barreto de Carvalho, no rio Grande. Para enfiar goela abaixo da sociedade a insanidade do barramento do rio Madeira, o governo criou a teoria de que as usinas a “fio d’água” solucionariam os impactos ambientais, pois os reservatórios seriam menores. É tão evidente que a tese não se sustentou que, agora, claramente, está se tentando revertê-la. O resultado pode ser ainda mais desastroso, pois além do risco de se construir novas hidrelétricas na Amazônia, há o de que venham a ter reservatórios como os de Balbina e Tucuruí. (mais…)

Ler Mais